Castelo de Pirescoxe (ruínas) | |||||||||||||
Designação | |||||||||||||
Designação | Castelo de Pirescoxe (ruínas) | ||||||||||||
Outras Designações / Pesquisas | Castelo de Pirescouxe (ruínas) / Galeria Municipal do Castelo de Pirescoxe / Castelo de Pirescoxe / Quinta do Castelo (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt) | ||||||||||||
Categoria / Tipologia | Arquitectura Militar / Castelo | ||||||||||||
Tipologia | Castelo | ||||||||||||
Categoria | Arquitectura Militar | ||||||||||||
Inventário Temático | |||||||||||||
Localização | |||||||||||||
Divisão Administrativa | Lisboa/Loures/Santa Iria de Azoia, São João da Talha e Bobadela | ||||||||||||
Endereço / Local |
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Distrito | Lisboa | ||||||||||||
Concelho | Loures | ||||||||||||
Freguesia | Santa Iria de Azoia, São João da Talha e Bobadela | ||||||||||||
Proteção | |||||||||||||
Situação Actual | Classificado | ||||||||||||
Categoria de Protecção | Classificado como IIP - Imóvel de Interesse Público | ||||||||||||
Cronologia | Decreto n.º 44 075, DG, I Série, n.º 281, de 5-12-1961 (ver Decreto) | ||||||||||||
ZEP | |||||||||||||
Zona "non aedificandi" | |||||||||||||
CLASS_NAME | Monumento | ||||||||||||
Património Mundial | |||||||||||||
Património Mundial Designação | |||||||||||||
Cadastro | |||||||||||||
AFECTACAO | 181502 | ||||||||||||
Descrição Geral | |||||||||||||
Nota Histórico-Artistica | O castelo de Pirescoxe tem as suas origens no século XV, mais precisamente no ano de 1442, altura em que Nuno Vasques de Castelo Branco e sua mulher, D. Joana Zuzarte, titulares do viscondado de Castelo Branco, instituíram um morgadio neste local, então uma quinta da família. Terá sido a partir dessa data que se edificou o actual conjunto monumental, que chegou até aos nossos dias sem grandes alterações na fisionomia exterior. Ele é, assim, um típico paço senhorial da nobreza portuguesa dos finais da Idade Média e tal estatuto está bem expresso na dualidade estética e funcional entre a imagem de força e de poder que os seus promotores pretendiam que o monumento transmitisse, e a comodidade de uma residência adaptada a uma cada vez mais exigente nobreza. Apesar de desconhecermos, em grande parte, a estrutura interna do conjunto, possuímos ainda suficientes elementos do plano original que ajudam a caracterizá-lo no contexto das casas nobres senhoriais quatrocentistas. Planimetricamente, existiu uma deliberada busca pela simetria e racionalidade, visível na planta quadrangular da sua estrutura geral, apenas interrompida por um anacrónico prolongamento da torre e muralha que delimitam o conjunto pelo lado esquerdo. A imagem militar (veiculadora da tal sensação de poder tão característica da arquitectura civil nobre de finais da Idade Média) é a primeira característica fundamental a retirar do imóvel. Três torres quadrangulares, de apenas dois andares, reforçam a muralha que corre a toda a volta do conjunto, uniformemente rematada por ameias, sendo as torres flanqueadas por matacães sobre modilhões. Interiormente, porém, a imagem de castelo ameniza-se e a organização dos espaços obedecia a critérios mais funcionais. Assim, o centro do conjunto funcionava como pátio, a partir do qual se acedia às várias áreas. Para o lado da fachada principal localizava-se o corpo residencial, onde ainda existe a grande chaminé do salão nobre, ligado lateralmente a dois outros corpos onde existiam quartos, áreas de apoio e a capela (de que ainda restavam importantes vestígios em 1939, como o espaço e a abóbada originais). Para as traseiras estavam reservadas as dependências domésticas e destinadas à criadagem, como cozinhas, arrecadações e demais espaços de armazenagem e funcionamento do paço. Esta descrição sumária revela bem o carácter racional do conjunto, mas a verdade é que estamos perante uma obra secundária e relativamente modesta no quadro da actividade construtiva civil da poderosa nobreza quatrocentista. Ao contrário dos paços reais de Leiria, ou dos senhoriais de Barcelos, por exemplo, estamos diante de um monumento algo atarracado, com muralhas e torres baixas, e detentor de uma preocupação racional não totalmente conseguida, uma vez que as torres não estão simetricamente dispostas entre si nem em relação com o conjunto. Parcialmente adulterado ao que tudo indica no século XVII, altura em que se terão reformulado parcelas importantes do interior, com vista a uma actualização funcional do espaço, o século seguinte trouxe a ausência de vida ao monumento, uma vez que D. Pedro Castelo Branco, capitão da Guarda do Príncipe D. Teodósio, um dos filhos de D. João V, foi o último da linhagem dos Castelo Branco e derradeiro proprietário do paço. Praticamente em ruínas até aos finais do século XX, coube à Câmara Municipal de Loures definir um ambicioso projecto de revitalização do conjunto. A adaptação a espaço cultural, com auditório, galeria municipal e cafetaria, entre outros espaços e valências, foi precedida por uma intervenção arqueológica, que logrou identificar uma série de alterações ao edifício original, a maior parte das quais destruída pela posterior obra de reconversão, mas não revelou estratos de povoamento anterior ao século XV. PAF | ||||||||||||
Processo | |||||||||||||
Abrangido em ZEP ou ZP | |||||||||||||
Outra Classificação | |||||||||||||
Nº de Imagens | 20 | ||||||||||||
Nº de Bibliografias | 7 |
TITULO | AUTOR(ES) | TIPO | DATA | LOCAL | OBS. |
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Castelo de Periscouxe | BARBOSA, Pedro | Edição | 2001 | Loures | |
"Património arqueológico: uma gestão integrada", Loures. Um território com História, catálogo de exposição, pp.21-32 | SILVA, Ana Raquel | Edição | 2000 | Loures | |
Castelo de Periscouxe | SILVA, Ana Raquel | Edição | 2001 | Loures | |
Brasões da Sala de Sintra | FREIRE, Anselmo Braancamp | Edição | 1930 | Lisboa | |
Solares Portugueses - Introdução ao Estudo da Casa Nobre | AZEVEDO, Carlos de | Edição | 1969 | Lisboa | |
Monumentos e Edifícios Notáveis do Distrito de Lisboa, vol. III (Mafra, Loures e Vila Franca de Xira) | AZEVEDO, Carlos de | Edição | 1963 | Lisboa | |
"300 Sítios arqueológicos visitáveis em Portugal", Al-madan | RAPOSO, Jorge | Edição | 2001 | Almada | 2.ª série, n. º10, pp.100-157 |
Quintas e palácios nos arredores de Lisboa | STOOP, Anne de | Edição | 1986 | Lisboa | |
"Património arqueológico: uma gestão integrada", Loures. Um território com História, catálogo de exposição, pp.21-32 | ESTÊVÃO, Florbela | Edição | 2000 | Loures | |
Monumentos e Edifícios Notáveis do Distrito de Lisboa, vol. III (Mafra, Loures e Vila Franca de Xira) | FERRÃO, Julieta | Edição | 1963 | Lisboa | |
Monumentos e Edifícios Notáveis do Distrito de Lisboa, vol. III (Mafra, Loures e Vila Franca de Xira) | GUSMÃO, Adriano de | Edição | 1963 | Lisboa | |
Castelo de Periscouxe | MATALOTO, Rui | Edição | 2001 | Loures | |
"Património arqueológico: uma gestão integrada", Loures. Um território com História, catálogo de exposição, pp.21-32 | OLIVEIRA, Ana Cristina Correia Farinha Bernardino de | Edição | 2000 | Loures |
Castelo de Pirescoxe (ruínas) - Troço das muralhas do castelo vistas do exterior
Autor: Paciencia, em colaboração com Wiki Loves Monuments
Castelo de Pirescoxe (ruínas) - Arco de entrada para o antigo espaço do forno
Autor: Paciencia, em colaboração com Wiki Loves Monuments
Castelo de Pirescoxe (ruínas) - Vista da torre de menagem do castelo e da porta principal original
Autor: Paciencia, em colaboração com Wiki Loves Monuments
Castelo de Pirescoxe (ruínas) - Vista geral da torre
Autor: Paciencia, em colaboração com Wiki Loves Monuments
Castelo de Pirescoxe (ruínas) - Vista parcial das ruínas do lagar
Autor: Paciencia, em colaboração com Wiki Loves Monuments
Castelo de Pirescoxe (ruínas) - Mó (ruínas do lagar)
Autor: Paciencia, em colaboração com Wiki Loves Monuments
Castelo de Pirescoxe (ruínas) - Vista geral do castelo
Autor: Paciencia, em colaboração com Wiki Loves Monuments
Castelo de Pirescoxe (ruínas) - Interior do castelo
Autor: Paciencia, em colaboração com Wiki Loves Monuments
Castelo de Pirescoxe (ruínas) - Espaço interior do espaço residencial (actual sala de exposições) e porta ogival
Autor: Paciencia, em colaboração com Wiki Loves Monuments
Castelo de Pirescoxe (ruínas) - Pormenor das muralhas
Autor: Paciencia, em colaboração com Wiki Loves Monuments
Castelo de Pirescoxe (ruínas) - Mós do primitivo lagar
Autor: Paciencia, em colaboração com Wiki Loves Monuments
Castelo de Pirescoxe (ruínas) - Vista geral da fachada da torre do castelo
Autor: Paciencia, em colaboração com Wiki Loves Monuments
Castelo de Pirescoxe (ruínas) - Vista parcial da fachada da torre
Autor: Ana Godinho, em colaboração com Wiki Loves Monuments
Castelo de Pirescoxe (ruínas) - Vista geral da entrada do castelo, com a antiga zona residencial (actual galeria de exposições) e a chaminé do castelo
Autor: Paciencia, em colaboração com Wiki Loves Monuments
Castelo de Pirescoxe (ruínas) - Vista parcial da muralha
Autor: Paciencia, em colaboração com Wiki Loves Monuments
Castelo de Pirescoxe (Loures).C. M. Loures, 2016.
Castelo de Pirescoxe (Loures).C. M. Loures, 2016.
Castelo de Pirescoxe (Loures).C. M. Loures, 2016.
Castelo de Pirescoxe (Loures).C. M. Loures, 2016.
Castelo de Pirescoxe (Loures).C. M. Loures, 2016.
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