Pesquisa de Património Imóvel

DETALHES

Sé de Aveiro
Designação
DesignaçãoSé de Aveiro
Outras Designações / PesquisasSé Catedral de Aveiro / Igreja de São Domingos / Convento de São Domingos / Catedral de Aveiro / Sé de Aveiro / Igreja Paroquial de Nossa Senhora da Glória / Igreja de Nossa Senhora da Glória (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt)
Categoria / TipologiaArquitectura Religiosa / Sé, Catedral
TipologiaSé, Catedral
CategoriaArquitectura Religiosa
Inventário Temático
Localização
Divisão AdministrativaAveiro/Aveiro/Glória e Vera Cruz
Endereço / Local
RUA LOCAL ZIP REF
Largo da SéAveiro Número de Polícia:
LATITUDE LONGITUDE
40.63981-8.650021
DistritoAveiro
ConcelhoAveiro
FreguesiaGlória e Vera Cruz
Proteção
Situação ActualClassificado
Categoria de ProtecçãoClassificado como IIP - Imóvel de Interesse Público
CronologiaDeclaração de Rectificação n.º 10-E/96, DR, I Série-B, n.º 127, de 31-05-1996 (inclui a Sé de Aveiro, que ficara omissa no diploma) (ver Declaração)
Decreto n.º 2/96, DR, I Série-B, n.º 56, de 6-03-1996 (ver Decreto)
ZEP
Zona "non aedificandi"
CLASS_NAMEMonumento
Património Mundial
Património Mundial Designação
Cadastro
AFECTACAO12700426
Descrição Geral
Nota Histórico-ArtisticaA actual Sé de Aveiro foi, outrora, a igreja do Convento de São Domingos, a primeira instituição conventual implantada dentro do perímetro das muralhas de Aveiro (NEVES, 1996, p.14). Fundado em 1423, em consequência da aparição da Virgem a Afonso Domingos, o Velho, esta instituição de religiosos dominicanos recebeu desde logo a aprovação do Infante D. Pedro, então Duque de Aveiro (NEVES, SEMEDO, ARROTEIA, 1989, p. 63). Já no século XIX, o convento desapareceu quase por inteiro, depois de sofrer vários incêndios, um dos quais, em 1843, de maiores proporções (NEVES, SEMEDO, ARROTEIA, 1989, p.63), sobrevivendo apenas a igreja como testemunho desta casa conventual.
Do seu traçado quinhentista pouco ou nada resta, resultando a actual igreja da campanha arquitectónica dos séculos XVI e XVII, unificada pela intervenção decorativa barroca do século XVIII, responsável ainda pela abertura das janelas e da reestruturação do coro alto. Todavia, e tomando em consideração os cronistas da Ordem de São Domingos, até ao século XVII "a fábrica do Convento e Igreja assim era tosca, e apoucada, como de homens pobres, que mais olhavão para o que edificava o Povo no espiritual edifício, que no avultado das paredes (...)" (SOUSA, Frei Luís de, 1977, p.603; NEVES, 1996, p.15).
O traçado do templo, apresenta planta de cruz latina, com nave única e capelas laterais que comunicam entre si, sendo antecedida por uma galilé. O transepto e a capela-mor foram alvo de uma intervenção no século XX, sob projecto do arquitecto portuense Abrunhosa de Brito, que unificou este espaço, deixando visíveis testemunhos da construção original do século XV, nomeadamente do campanário, onde actualmente se exibe uma das peças mais interessantes deste conjunto - a virgem em alabastro, de Nottingham (REBELO, QUARESMA, 1979, p.44).
A fachada, de feição maneirista, deverá ter sido remodelada no século XVIII, dado que o portal, com a data de 1719, apresenta uma linguagem claramente barroca, tal como o remate do alçado. Desta composição sobressai a dupla colunata pseudosalomónica que ladeia o portal, o brasão da Ordem Dominicana, e ainda as figuras da Fé, Esperança e Caridade, sobre o referido pórtico. A torre sineira, onde se conserva o sino original, é obra do século XIX, tendo sido construída em 1860.
No interior, as capelas laterais remontam a épocas diferenciadas, integrando elementos decorativos de vários períodos, desde o século XVI, como é o caso do túmulo de D. Catarina de Ataíde, falecida em 1551, ou a capela funerária instituída em 1559 por João de Albuquerque, então Senhor de Angeja, e cujo túmulo se encontra actualmente no Museu de Aveiro. Entre os muitos exemplos que poderíamos citar, sobressai, numa das capelas laterais, o retábulo em calcário, do século XVI (1559) e de fabrico coimbrão, que representa a Visitação, os tectos com pinturas de gosto renascentista que ainda se observam nas capelas absidais, ou algumas imagens maneiristas, como a de Nossa Senhora do Rosário. Todavia, muitos dos retábulos apresentam uma linguagem da época barroca, remontando à campanha do século XVIII. Neste contexto, não poderíamos deixar de fazer referência ao denominado Cruzeiro de São Domingos, na primeira capela do lado da Epístola, datável do final do século XV. A sua réplica pode ser admirada o adro do templo desde 1978. Na nave da igreja existem dois púlpitos, de 1699 e 1745, em pedra de Ançã, bem como diversos painéis de azulejo setecentista, oriundos do ciclo coimbrão de Sousa Carvalho (SIMÕES, 1979, p.132). Por fim, o retábulo-mor de talha policromada e feição rococó, provém da demolida igreja de Vera Cruz. Do retábulo original apenas conhecemos a descrição de Frei Lucas de Santa Catarina, que nomeia uma série de esculturas que deverão corresponder às que ainda se observam, dispersas, pela igreja (NOGUEIRA, 1981). Ainda neste espaço inscreve-se o duplo cadeiral do século XVIII, com telas representativas de santos dominicanos nos espaldares. (RC)
Processo
Abrangido em ZEP ou ZPCruzeiro de Nossa Senhora da GlóriaMosteiro de Jesus, compreendendo o túmulo de Santa Joana
Outra ClassificaçãoCruzeiro de Nossa Senhora da Glória
Nº de Imagens29
Nº de Bibliografias5

BIBLIOGRAFIA

TITULO AUTOR(ES) TIPO DATA LOCAL OBS.
Aveiro e sua regiãoREBELO, FernandoEdição1979Aveiro
Aveiro e sua regiãoROSA, A. QuaresmaEdição1979Aveiro
Dois retábulos maneiristas na Sé de AveiroNEVES, AmaroEdição1996Aveiro
História de S. DomingosSOUSA, Frei Luís deEdição1977Porto
Aveiro - do Vouga ao BuçacoNEVES, AmaroEdição1989Lisboa
Aveiro - do Vouga ao BuçacoSEMEDO, EnioEdição1989Lisboa
Aveiro - do Vouga ao BuçacoARROTEIA, Jorge CarvalhoEdição1989Lisboa
Inventário Artístico de Portugal - Aveiro, Beja, Coimbra, Évora, Leiria, Portalegre, Porto e SantarémSEQUEIRA, Gustavo de MatosEdição2000LisboaAcademia Nacional de Belas Artes 3 CD ROM Tipo : Multimédia - CD Rom

IMAGENS

Sé Catedral de Aveiro - Fachada principal e torre sineira

Sé Catedral de Aveiro - Fachada principal: portal principal

Sé Catedral de Aveiro - Fachada principal: pormenor do portal

Sé Catedral de Aveiro - Fachada principal: registo superior e torre sineira

Sé Catedral de Aveiro - Torre sineira

Sé Catedral de Aveiro - Interior: nave e capela-mor

Sé Catedral de Aveiro - Interior: capelas laterais do lado da Epístola

Sé Catedral de Aveiro - Interior: capelas laterais do lado do Evangelho e coro-alto

Sé Catedral de Aveiro - Interior: retábulo de capela lateral dedicado a Santa Joana Princesa

Sé Catedral de Aveiro - Interior: painel de azulejos entre capelas laterais

Sé Catedral de Aveiro - Interior: retábulo de capela lateral do lado da Epístola dedicado à Visitação da Virgem a Santa Isabel

Sé Catedral de Aveiro - Interior: capela lateral do lado da Epístola (Senhor dos Passos)

Sé Catedral de Aveiro - Interior: capela colateral do lado do Evangelho

Sé Catedral de Aveiro - Interior: retábulo da capela colateral do lado do Evangelho

Sé Catedral de Aveiro - Interior da capela colateral do lado do Evangelho: painel de azulejos seiscentistas

Sé Catedral de Aveiro - Interior: retábulo da capela colateral do lado da Epístola dedicada ao Santíssimo Sacramento

Sé Catedral de Aveiro - Interior: retábulo-mor

Sé Catedral de Aveiro - Interior: cadeiral do lado da Epístola

Sé Catedral de Aveiro - Interior: órgão de tubos na parede do lado da Epístola

Sé Catedral de Aveiro - Interior: transepto e arco triunfal

Sé Catedral de Aveiro - Interior: órgão de tubos e nichos no transepto (lado da Epístola)

Sé Catedral de Aveiro - Fachada principal

Sé Catedral de Aveiro - Fachada lateral e colunata

Sé Catedral de Aveiro - Interior: retábulo-mor

Sé Catedral de Aveiro - Interior: cadeiral do lado do Evangelho

Sé Catedral de Aveiro - Interior: órgão de tubos no lado da Epístola

Sé Catedral de Aveiro - Interior: cúpula do cruzeiro

Sé Catedral de Aveiro - Interior: capela colateral do lado do Evangelho

Sé Catedral de Aveiro - Interior: coro-alto

MAPA

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