Troço de Calçada Romana em Celorico da Beira | |||||||||||||
Designação | |||||||||||||
Designação | Troço de Calçada Romana em Celorico da Beira | ||||||||||||
Outras Designações / Pesquisas | Troço de Calçada Romana em Celorico da Beira (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt) | ||||||||||||
Categoria / Tipologia | Arqueologia / Via | ||||||||||||
Tipologia | Via | ||||||||||||
Categoria | Arqueologia | ||||||||||||
Inventário Temático | |||||||||||||
Localização | |||||||||||||
Divisão Administrativa | Guarda/Celorico da Beira/Celorico (São Pedro e Santa Maria) e Vila Boa do Mondego | ||||||||||||
Endereço / Local |
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Distrito | Guarda | ||||||||||||
Concelho | Celorico da Beira | ||||||||||||
Freguesia | Celorico (São Pedro e Santa Maria) e Vila Boa do Mondego | ||||||||||||
Proteção | |||||||||||||
Situação Actual | Procedimento caducado - sem protecção legal | ||||||||||||
Categoria de Protecção | Não aplicável | ||||||||||||
Cronologia | Procedimento caducado nos termos do artigo 78.º do Decreto-Lei n.º 309/2009, DR, 1.ª série, N.º 206 de 23-10-2009 (ver Diploma) Parecer de 17-02-1992 do Conselho Consultivo do IPPC, após reclamações apresentadas, a propor a manutenção do processo de classificação Despacho de homologação de 20-01-1988 da Secretária de Estado da Cultura Parecer favorável de 11-01-1988 do Conselho Consultivo do IPPC Proposta de 31-10-1986 do Serviço Regional de Arqueologia da Zona Centro para a classificação como IIP | ||||||||||||
ZEP | |||||||||||||
Zona "non aedificandi" | |||||||||||||
CLASS_NAME | Sítio | ||||||||||||
Património Mundial | |||||||||||||
Património Mundial Designação | |||||||||||||
Cadastro | |||||||||||||
AFECTACAO | 9914629 | ||||||||||||
Descrição Geral | |||||||||||||
Nota Histórico-Artistica | A presença romana adquiriu em Celorico da Beira um certo relevo, até por constituir zona de passagem - ao mesmo tempo que de ligação - entre diferentes aglomerados populacionais, ainda que "No caso específico da região de Celorico da Beira a romanização foi tardia, correspondendo aos séculos da decadência do Império [...]." (RODRIGUES, 1979, p. P. 23). Aquele facto integraria, no fundo, a (aparente) alteração registada na estratégia de ocupação da região com o advento do domínio romano, a ponto de transformar Viseu em capital de civitas (ALARCÃO, J. de, 1990, p. 379), enquanto a romanização da região de Celorico da Beira ter-se-á iniciado pela mineração do estanho e aproveitamento das valências agrícolas, já numa segunda fase.
Com efeito, não devemos esquecer que, à semelhança do que ocorria nos restantes territórios dominados pelo Império romano, a rede viária concebida durante a Antiguidade ao longo das actuais fronteiras físicas portuguesas integrava um sistema de (a)firmação política (ao mesmo tempo que económica) traçado pelo novo poder, fundindo-se com a própria estratégia de ordenamento territorial. Fazia, assim, parte da implementação de uma política administrativa assente em duas traves mestras cruciais para a sua cimentação: por um lado, na definição de unidades político-administrativas e, por outro, no traçado de vias que assegurasse a ligação contínua entre os principais centros populacionais. O primeiro destes dois vectores fundamentou-se na definição territorial de civitates, as costumadas unidades político-administrativas romanas, e que, em termos de extensão, se aproximariam aos actuais distritos (e não tanto aos concelhos), com a respectiva cidade capital, à qual se subordinavam outras unidades urbanas, assim como a correspondente população rural. Uma estrutura desta envergadura impunha a concepção de um sistema viário bem arquitectado, por ser indispensável circulação de bens e pessoas, nomeadamente das entidades às quais era cometida a manutenção da ordem nos territórios conquistados. E, "Ainda que certas vias tenham seguido anteriores caminhos pré-romanos, mesmo que muitas delas não tenham sido pavimentadas e que as pontes construídas sobre os rios tenham sido, por vezes, de madeira ou de barcas, o investimento feito na instalação da rede viária deve ter sido considerável." (Id., 1990, p. 373). O troço de calçada romana em epígrafe totalizaria, assim, "[...] uma via vinda da Guarda [que] contornava a serra da Estrela pelo lado setentrional e, tocando em Celorico da Beira e Infias (Fornos de Algodres), descia para Mangualde, onde entroncava na estrada inferior." (Ibid. Sublinhado nosso), talvez comum à via "Viseu-Linhares", facilitando a penetração no alto Vale do Mondego, bem patente, aliás, no facto de ainda servirem as populações locais, especialmente as rurais. E apesar de os vestígios recolhidos no perímetro da localidade não serem propriamente assinaláveis, é possível que ostentasse um castro romanizado, com a eventual designação de Caieloricum (Ibid.). Pavimentado com blocos de pedra lateralmente alinhados, com sulcos formados pelo rodado dos carros, o troço classificado encontra-se actualmente tripartido: embutido entre várias habitações; parcialmente coberto de asfalto e delimitado por propriedades rústicas. O de maiores dimensões apresenta uma extensão de trezentos e cinquenta metros por quatro de largura, com início na própria área urbanizada de Celorico da Beira, descendo até Lavandeira através de um percurso algo sinuoso, embora pouco acentuado, a denunciar, no fundo, a forma como as vias romanas acompanhavam e aproveitavam as características do terreno. Quanto ao segundo troço, distado daquela em cerca de oitenta metros, exibe aproximadamente noventa metros de extensão e três e meio de largura, enquanto o último, com aproximadamente setenta metros, situa-se sobre a ponte de Lavandeira. [AMartins] | ||||||||||||
Processo | |||||||||||||
Abrangido em ZEP ou ZP | |||||||||||||
Outra Classificação | |||||||||||||
Nº de Imagens | 2 | ||||||||||||
Nº de Bibliografias | 2 |
TITULO | AUTOR(ES) | TIPO | DATA | LOCAL | OBS. |
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"O Reordenamento Territorial", Nova História de Portugal: Portugal das origens à romanização | ALARCÃO, Jorge Manuel N. L. | Edição | 1990 | Lisboa | Nova Historia de Portugal, 1, pp. 352-382 |
Celorico da Beira e Linhares | RODRIGUES, Adriano Vasco | Edição | 1979 | Celorico da Beira |
Troço de Calçada Romana em Celorico da Beira
Planta de localização