Pesquisa de Património Imóvel

DETALHES

Estela Menir da Caparrosa
Designação
DesignaçãoEstela Menir da Caparrosa
Outras Designações / PesquisasMarco de Anta / Estela-Menir de Caparrosa (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt) / (Ver Ficha em www.arqueologia.patrimoniocultural.pt)
Categoria / TipologiaArqueologia / Menir
TipologiaMenir
CategoriaArqueologia
Inventário Temático
Localização
Divisão AdministrativaViseu/Tondela/Caparrosa e Silvares
Endereço / Local
RUA LOCAL ZIP REF
-- -Caparrosa Número de Polícia:
LATITUDE LONGITUDE
40.633137-8.085508
DistritoViseu
ConcelhoTondela
FreguesiaCaparrosa e Silvares
Proteção
Situação ActualEm Vias de Classificação
Categoria de ProtecçãoEm Vias de Classificação (Homologado como IIP - Imóvel de Interesse Público)
CronologiaDespacho de 18-03-1997
ZEP
Zona "non aedificandi"
CLASS_NAMEMonumento
Património Mundial
Património Mundial Designação
Cadastro
AFECTACAO12707538
Descrição Geral
Nota Histórico-ArtisticaSítio
A Estela Menir da Caparrosa encontra-se em Marco da Anta, no lugar do Pendão, na União das Freguesias de Caparrosa e Silvares, no concelho de Tondela. Implanta-se no lado poente da estrada nacional 228, sensivelmente a 1,2 km a noroeste da povoação da Caparrosa, a uma altitude de 484 metros, na extrema dos concelhos de Viseu e Tondela. Mantém-se no seu local de origem.
Monólito talhado em granito, de forma subparalelepipédica, com o topo arredondado, ostenta decorações em todas as faces. Tem cerca de 2,8m de altura visível, e 3,50 de altura total, 0,90 metros de largura máxima, na base e 0,45 metros de espessura. As faces são ligeiramente oblíquas, alisadas, e as que apresentam a maior superfície estão viradas a norte e a sul, sendo a última a que detém mais motivos insculpidos.
O registo iconográfico é diversificado, obtido por picotagem com recurso a utensílios líticos e metálicos, abrangendo uma longa diacronia que se estende desde Neolítico Final ou Calcolítico até ao século XIX. De acordo com Mário Varela Gomes, num estudo publicado sobre este monumento, as representações mais antigas correspondem aos escutiformes inscritos na face sul e à cadeia de três losangos unidos pelos vértices presente na face poente. As formas circulares existentes na face sul integram-se no período seguinte. Estão colocadas no topo, junto à extremidade arredondada conferindo uma dimensão antropomórfica ao monólito. Do círculo à direita partem duas linhas onduladas paralelas no sentido da base. O referido investigador relaciona-os com alterações de caracter religioso verificadas desde o Neolítico Final, mas com maior expressão já no Calcolítico. Podem ainda pertencer a esta fase as cinco covinhas que lhe estão sobrepostas. Um pouco mais tardias são as restantes covinhas distribuídas pelas diversas faces do monumento, com exceção da nascente. A representação de uma cabeça humana com olhos, nariz e boca, também na face sul constitui um testemunho que poderá ser atribuído à Idade do Ferro a que não deverá ser estranha a proximidade de um povoado fortificado na Caparrosa. Da Época Medieval é a gravura de uma cruz de Cristo colocada na face norte e dos finais da Idade Média ou da Época Moderna são os dos "T" fixados nas faces nascente e sul, que indicavam os limites do concelho de Tondela. Finalmente, as datas de 1801 e 1804, colocadas sob a cruz de Cristo, completam as sete fases de gravação conhecidas.
Junto à estela-menir foi identificado um alinhamento, parcialmente afetado pela construção de uma casa e do caminho, composto por oito monólitos orientados noroeste-sudeste aplicados num terreno inclinado. Os mais altos atingem cerca de 1,20 metros. Podem, eventualmente, constituir parte de um recinto associado ao monumento.
A escavação realizada em 1989 por Mário Varela Gomes revelou que a estela-menir se mantém colocada na fossa de implantação original escavada no substrato geológico. O alvéolo de fixação do monólito foi depois preenchido com blocos de granito e terra de forma a assegurar a sua estabilidade.
História
O conhecimento da Estela Menir da Caparrosa deve-se a uma informação transmitida, em 1975, por Fernando Patrício Courado, topógrafo, aos investigadores Mário Varela Gomes e Jorge Pinho Monteiro, que publicaram, dois anos depois, a notícia da sua descoberta. Em 1989, foi realizada a única intervenção arqueológica que incidiu no alvéolo de fixação.
Ana Vale
DGPC, 2019
Processo
Abrangido em ZEP ou ZP
Outra Classificação
Nº de Imagens0
Nº de Bibliografias4

BIBLIOGRAFIA

TITULO AUTOR(ES) TIPO DATA LOCAL OBS.
"A Estela-Menir decorada da Caparrosa. Beira Alta, Nota de descoberta", O Arqueólogo PortuguêsMONTEIRO, Jorge PinhoEdição1977Lisboa3.ª série, vols. 7-9, pp. 89-93
Roteiro Arqueológico da Região de Turismo Dão LafõesVAZ, João Luís da InêsEdição1994Viseup. 206
"A Estela-Menir decorada da Caparrosa. Beira Alta, Nota de descoberta", O Arqueólogo PortuguêsGOMES, Mário VarelaEdição1977Lisboa3.ª série, vols. 7-9, pp. 89-93
"O Marco de Anta ou Estela-Menir de Caparrosa (Tondela-Viseu)", Estudos Pré-HistóricosGOMES, Mário VarelaEdição1993Viseuvol. 1, pp. 7-28
"300 Sítios arqueológicos visitáveis em Portugal", Al-madanRAPOSO, JorgeEdição2001Almada2.ª série, n. º10, pp.100-157
Roteiro Arqueológico da Região de Turismo Dão LafõesPEDRO, Ivone dos Santos da SilvaEdição1994Viseup. 206
Roteiro Arqueológico da Região de Turismo Dão LafõesADOLFO, JorgeEdição1994Viseup. 206

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