Zona Antiga de Ponte de Lima | |||||||||||||
Designação | |||||||||||||
Designação | Zona Antiga de Ponte de Lima | ||||||||||||
Outras Designações / Pesquisas | Núcleo urbano da vila de Ponte de Lima / Zona antiga de Ponte de Lima (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt) | ||||||||||||
Categoria / Tipologia | / | ||||||||||||
Tipologia | |||||||||||||
Categoria | |||||||||||||
Inventário Temático | |||||||||||||
Localização | |||||||||||||
Divisão Administrativa | Viana do Castelo/Ponte de Lima/Arca e Ponte de Lima | ||||||||||||
Endereço / Local |
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Distrito | Viana do Castelo | ||||||||||||
Concelho | Ponte de Lima | ||||||||||||
Freguesia | Arca e Ponte de Lima | ||||||||||||
Proteção | |||||||||||||
Situação Actual | Procedimento encerrado / arquivado - sem protecção legal | ||||||||||||
Categoria de Protecção | Não aplicável | ||||||||||||
Cronologia | Despacho de arquivamento de 8-06-2012 do diretor-geral da DGPC Proposta de arquivamento de 31-05-2012 da DRC do Norte por não se tratar de processo de classificação Procedimento prorrogado até 31-12-2012 pelo Decreto-Lei n.º 115/2011, DR, 1.ª série, n.º 232, de 5-12-2011 (ver Diploma) Procedimento prorrogado pelo Despacho n.º 19338/2010, DR, 2.ª série, n.º 252, de 30-12-2010 (ver Despacho) | ||||||||||||
ZEP | |||||||||||||
Zona "non aedificandi" | |||||||||||||
CLASS_NAME | Conjunto | ||||||||||||
Património Mundial | |||||||||||||
Património Mundial Designação | |||||||||||||
Cadastro | |||||||||||||
AFECTACAO | 12707538 | ||||||||||||
Descrição Geral | |||||||||||||
Nota Histórico-Artistica | A área urbana histórica da vila de Ponte de Lima corresponde, genericamente, à configuração citadina dos séculos XIV e XV, altura em que se construíram as muralhas e a actual igreja matriz e em que se reformulou grandemente a velha ponte de origem romana. No entanto, a relação do espaço urbano com as margens do rio é anterior e, ainda que não possuamos vestígios materiais claros de épocas mais recuadas, não parecem restar muitas dúvidas de que os grandes melhoramentos da Baixa Idade Média aproveitaram uma parte significativa das estruturas anteriormente existentes. Virada ao rio, dotada de uma praça central de forte conteúdo simbólico - aí se construiu a igreja matriz - e com dois eixos viários cruzados, o urbanismo medieval da vila "pressupõe uma povoação já desenvolvida não só antes da construção das muralhas como também anteriormente à conclusão da ponte" (ALMEIDA, 1987, p.101; cf. ANDRADE, 1990, p.17), restando, ainda, a dúvida acerca de um eventual sistema defensivo prévio às actuais muralhas (ANDRADE, 1990, p.56, nota 22). A área envolvente à igreja matriz constituía "o núcleo mais densamente ocupado e certamente o mais antigo" (ALMEIDA, 1987, p.102). Sintomaticamente, foi aqui que, a partir de inícios do século XVI, se construiu a igreja da Misericórdia. À volta do templo tutelar da localidade, as ruas da Ferraria, da Ribeira e da Ante-Igreja polarizavam as principais actividades comerciais e artesãs da vila. A igreja matriz "era o mais belo e imponente edifício existente intramuros" (ANDRADE, 1990, p.75). Presumivelmente, aqui existiu um anterior templo, de características românicas, substituído pela actual construção. Ela é uma obra estilisticamente recuada (com portal simples de arquivoltas decoradas com meias esferas), mas onde as evidências do Gótico são notórias, como se demonstra pela ampla rosácea da fachada principal. Paralela ao rio e ligando as portas do Souto e de São João, existia um eixo viário primordial, a Rua Direita, que era constituída por vários "troços diferenciados toponimicamente - ruas do Souto / Detrás da Igreja / Mercadores / Direita da Sapataria e São João da Ponte", mas que se assemelhava à "Grande Rue que atravessava tantas das pequenas cidades e vilas francesas" (IDEM, p.17). Desta artéria, partia a Rua de Carazido que, continuando pela de Braga, ligava à porta do mesmo nome e à estrada que conduzia a esta cidade. Em torno deste último eixo viário cresceu o "segundo grande pólo de desenvolvimento, e por certo contemporâneo cronologicamente do núcleo de origem" (IDEM, p.18). Finalmente, a Rua da Ribeira colocava em contacto a área mais densamente ocupada com a margem do rio e com as áreas de aproveitamento económico do Lima, enquanto que, praticamente no extremo ocidental do burgo, a Porta da Ponte ligava à estrutura de passagem sobre o rio e à zona de Além-Ponte. No interior da vila, diversos edifícios pontuavam a paisagem edificada e marcavam, de forma vincada, o espaço urbano. "A sua importância é tão evidente que, excepto a casa do concelho, todos eles condicionaram a designação toponímica das artérias em que se inseriam, se é que não estiveram na sua origem" (IDEM, p.21). Já falámos da igreja matriz, e obras tão importantes como os açougues, o chafariz (referido em 1444) e a Casa da Câmara fizeram parte do projecto quatrocentista da localidade. Estas estruturas localizaram-se, preferenciamente, na área central do burgo, relativamente desviadas do eixo viário dominante, mas perfeitamente integradas na malha urbana intra-muros. A zona antiga de Ponte Lima, não obstante as múltiplas transformações sofridas (quer com o arroteamento de largas áreas junto ao rio, quer com a destruição quase sistemática do seu sistema defensivo), mantém as características essenciais de um projecto coerente levado a cabo a partir da segunda metade do século XIV, onde a ponte, as muralhas, o urbanismo e os marcos públicos da comunidade são, ainda, bem identificados. PAF | ||||||||||||
Processo | |||||||||||||
Abrangido em ZEP ou ZP | |||||||||||||
Outra Classificação | |||||||||||||
Nº de Imagens | 6 | ||||||||||||
Nº de Bibliografias | 11 |
TITULO | AUTOR(ES) | TIPO | DATA | LOCAL | OBS. |
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"Arqueologia no Largo Camões", Boletim Municipal de Ponte de Lima, ano IV, nº11 | ALMEIDA, Carlos Alberto Brochado de | Edição | 2000 | Ponte de Lima | |
Alto Minho | ALMEIDA, Carlos Alberto Ferreira de | Edição | 1987 | Lisboa | |
Monografia do concelho de Ponte de Lima | AURORA, Conde de | Edição | 1946 | Porto | |
Epigrafia medieval portuguesa (862-1422) | BARROCA, Mário Jorge | Edição | 2000 | Lisboa | |
Anais Municipais de Ponte de Lima | LEMOS, Miguel Roque dos Reis | Edição | 1977 | Ponte de Lima | |
"Ponte de Lima na Alta Idade Média", Arquivo do Alto Minho, vol. 9 | FERNANDES, A. de Almeida | Edição | 1960 | Viana do Castelo | |
A Santa Casa da Misericórdia de Ponte de Lima, 1530-1980 | REIS, António Matos | Edição | 1979 | Ponte de Lima | |
Anais Municipais de Ponte de Lima | REIS, António Matos | Edição | 1977 | Ponte de Lima | |
Itinerários de Ponte de Lima | REIS, António Matos | Edição | 1973 | Ponte de Lima | |
Pontes Antigas Classificadas | RIBEIRO, Aníbal Soares | Edição | 1998 | Lisboa | |
Um espaço urbano medieval: Ponte de Lima | ANDRADE, Amélia Aguiar | Edição | 1990 | Lisboa | |
Inventário Artístico da Região Norte - III (Concelho de Ponte de Lima) | Edição | 1974 | Porto | série «Estudos Regionais» - n.º 10 |
Igreja Matriz de Ponte de Lima - Vista geral
Igreja Matriz de Ponte de Lima - Fachada principal, vista do adro lateral da igreja da Misericórdia
Igreja Matriz de Ponte de Lima - Pormenor da rosácea da fachada principal
Chafariz de Ponte de Lima - Vista geral
Chafariz de Ponte de Lima - Remate
Chafariz de Ponte de Lima - Pormenor da taça