Pesquisa de Património Imóvel

DETALHES

Igreja Paroquial de São Paulo de Frades
Designação
DesignaçãoIgreja Paroquial de São Paulo de Frades
Outras Designações / PesquisasMosteiro de São Paulo / Igreja Paroquial de São Paulo de Frades / Igreja de Nossa Senhora do Rosário (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt)
Categoria / TipologiaArquitectura Religiosa / Igreja
TipologiaIgreja
CategoriaArquitectura Religiosa
Inventário Temático
Localização
Divisão AdministrativaCoimbra/Coimbra/Eiras e São Paulo de Frades
Endereço / Local
RUA LOCAL ZIP REF
Largo da IgrejaSão Paulo de Frades Número de Polícia:
LATITUDE LONGITUDE
40.245208-8.395239
DistritoCoimbra
ConcelhoCoimbra
FreguesiaEiras e São Paulo de Frades
Proteção
Situação ActualClassificado
Categoria de ProtecçãoClassificado como IIP - Imóvel de Interesse Público
CronologiaDecreto n.º 5/2002, DR, I Série-B. n.º 42, de 19-02-2002 (ver Decreto)
ZEP
Zona "non aedificandi"
CLASS_NAMEMonumento
Património Mundial
Património Mundial Designação
Cadastro
AFECTACAO12700426
Descrição Geral
Nota Histórico-ArtisticaO mosteiro de São Paulo de Frades, ou de Almaziva, albergava desde o século XII uma pequena comunidade religiosa, possivelmente beneditina. Cerca de 1220 Fernando Peres, notário da chancelaria de D. Sancho I e chantre da Sé de Lisboa, doou à Ordem de Cister o lugar e a capela de São Paulo. Assim, por bula do Papa Honório III, datada de 1221, a comunidade monástica de São Paulo de Almaziva tornava-se o 17º mosteiro cisterciense português. Na centúria de Trezentos a estrutura do mosteiro teve reformas, e no século XVI, sob o governo do abade Frei Jorge, foram feitas novas obras em Almaziva. Depois de 1514 foi construída a nave principal, com abóbada de madeira, e no ano de 1539 ficava edificado o coro alto do templo. Em 1552 o monarca D. João III pedia ao papa Júlio III que transferisse os bens de São Paulo de Almaziva para o novo colégio cisterciense de Coimbra, e desta forma, no ano de 1555, o mosteiro era anexado ao Colégio do Espírito Santo. A partir do século XVII tornava-se a igreja paroquial de São Paulo.
Desta forma, o edifício de São Paulo de Frades apresenta uma estrutura indicadora de construções de diferentes épocas. Da área monacal construída no século XIV, como a torre do mosteiro, ou a sala do capítulo, celas e dormitório, nada resta actualmente, uma vez que os edifícios do mosteiro foram reconstruídos no final do século XVI, como indica a data 1595 gravada no brasão de Cister que foi colocado no topo do corpo principal. A igreja possuí uma estrutura chã, estando a fachada, dividida em três registos. No primeiro, antecedido por escadaria, está aberto o portal rectangular, enquadrado por pilastras e encimado por frontão interrompido. O segundo registo encontra-se composto por três panos, sendo o central delimitado por pilastras e enquadrando um nicho com a imagem de São Bernardo, fundador da ordem. Os panos laterais são rasgados por janelas quadrangulares e rematados por beiral. O último registo apresenta a torre sineira delimitada por pilastras angulares. As fachadas laterais e da cabeceira são compostas por contrafortes, tendo a última uma cornija com modilhões.
No interior a igreja é de nave única, coberta por tecto de madeira dividido em caixotões, antecedida por coro alto com abóbada de combados, iluminada por quatro janelões em arco de volta perfeita e tendo do lado do Evangelho um púlpito de pedra e do lado da Epístola um nicho com uma imagem da Virgem e o Menino, mandada fazer por um dos monges da comunidade de Almaziva cerca de 1448. O arco triunfal da capela-mor é ladeado por altares colaterais de talha, erigidos na primeira metade do século XVIII. A capela-mor está dividida em dois tramos, cobertos por abóbada de berço, com janelões no segundo tramo e um retábulo seiscentista de talha dourada e policroma com trono, com imagens de São Bernardo e São Paulo. É revestida por azulejos sevilhanos do século XVI, num programa decorativo que podemos considerar um reflexo da encomenda de D. Jorge de Almeida para a Sé Velha de Coimbra, que com a introdução de azulejos no espaço da capela-mor "abre caminho a uma das constantes mais significativas do período barroco" (MOURA, Carlos A. Louzeiro, 1998, p. 330).
Catarina Oliveira
Processo
Abrangido em ZEP ou ZP
Outra Classificação
Nº de Imagens2
Nº de Bibliografias4

BIBLIOGRAFIA

TITULO AUTOR(ES) TIPO DATA LOCAL OBS.
Inventário Artístico de Portugal: distrito de CoimbraGONCALVES, António NogueiraEdição1952Lisboa
Vida e morte de um mosteiro cisterciense - São Paulo de Almaziva, séculos XIII-XVISANTOS, Maria José AzevedoEdição1998Lisboa
Inventário Artístico de Portugal: distrito de CoimbraCORREIA, VergílioEdição1952Lisboa
"Da figuração à decoração. O percurso artístico dos mosteiros cistercienses em Portugal entre os séculos XVI e XVIII"MOURA, CarlosEdição1998Lisboa
Património Edificado com Interesse Cultural - Concelho de CoimbraCâmara Municipal de Coimbra - Departamento de CulturaEdição2009Coimbra

IMAGENS

Igreja Paroquial de São Paulo de Frades - Fachada principal: remate com sineira

Igreja Paroquial de São Paulo de Frades - Vista geral

MAPA

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