Pesquisa de Património Imóvel

DETALHES

Igreja paroquial de Santiago do Bougado
Designação
DesignaçãoIgreja paroquial de Santiago do Bougado
Outras Designações / PesquisasIgreja de Santiago do Bougado, paroquial / Igreja Paroquial de Santiago de Bougado / Igreja de São Tiago (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt)
Categoria / TipologiaArquitectura Religiosa / Igreja
TipologiaIgreja
CategoriaArquitectura Religiosa
Inventário Temático
Localização
Divisão AdministrativaPorto/Trofa/Bougado (São Martinho e Santiago)
Endereço / Local
RUA LOCAL ZIP REF
-- -- Número de Polícia:
LATITUDE LONGITUDE
41.339207-8.574435
DistritoPorto
ConcelhoTrofa
FreguesiaBougado (São Martinho e Santiago)
Proteção
Situação ActualClassificado
Categoria de ProtecçãoClassificado como IIP - Imóvel de Interesse Público
CronologiaDecreto n.º 29/84, DR, I Série, n.º 145, de 25-06-1984 (ver Decreto)
ZEP
Zona "non aedificandi"
CLASS_NAMEMonumento
Património Mundial
Património Mundial Designação
Cadastro
AFECTACAO12707538
Descrição Geral
Nota Histórico-ArtisticaSantiago do Bougado havia sido doada ao Cabido da Sé do Porto por D. Afonso II, e o seu rendimento era, no século XVIII, bastante avultado, o que demonstra a importância da freguesia e o significativo montante de que o seu abade usufruía, e que, em última análise, acabou por beneficiar a própria localidade, uma vez que estes rendimentos custearam a nova igreja que veio substituir a original, de reduzidas dimensões (CRUZ, 1939, p. 172).
O novo templo deve-se à iniciativa do abade, e depois Bispo de Miranda, D. Diogo Marques Mourato que, pouco antes de morrer, e por procuração datada de 1 de Agosto de 1748, encarregou o deão da Sé do Porto, D. Jerónimo de Távora e Noronha, de fazer reverter os seus bens a favor da construção de um novo templo em Santiago do Bougado (SMITH, 1966, p. 133).
A escolha do arquitecto, da responsabilidade do deão, recaiu, naturalmente, sobre Nicolau Nasoni que, de imediato, desenhou as primeiras plantas do templo. A documentação consultada por António Cruz e que se encontrava no arquivo paroquial da igreja, comprovam a autoria de Nasoni, que surge muito claramente nos aponstamentos do escrivão, de 1754 (CRUZ, 1939, pp. 174-175). Na verdade, a 28 de Agosto de 1748, o mestre pedreiro António Rodrigues assinou um contracto em que se obrigava a edificar a igreja num espaço de quatro anos. Tal não veio, no entanto, a acontecer e há notícia de um outro documento, com data de 18 de Junho de 1754, celebrado em casa de D. Jerónimo de Távora e Noronha, com o mesmo mestre pedreiro, em que este alude às novas plantas que foi necessário fazer.
Nesta data, encontrava-se Nicolau Nasoni a trabalhar na finalização dos Clérigos, e a aprovação do projecto da torre que remata este complexo arquitectónico havia ocorrido poucos meses antes. Tal proximidade cronológica poderá explicar as semelhanças que se verificam entre as fachadas da célebre torre da cidade do Porto e a da igreja do Bougado. O enquadramento da porta e do janelão que se lhe sobrepõe é bastante análogo, num desenvolvimento linear e plano, que se afasta das composições mais escultóricas de Nasoni, mas que não deixa de revelar grande similitude com a Torre dos Clérigos. O mesmo acontece em relação ao medalhão superior, sobre ambas as portas, mas no caso do Bougado alusivo a D. Diogo Marques Mourato e à edificação do templo, em 1754, referindo ainda a reforma patrocinada pelo abade Gaspar Barbosa Pimenta e Sol, em 1817.
Não sabemos a que se reporta esta última intervenção, uma vez que o revestimento azulejar da fachada data já de 1868, conforme se pode ler nos azulejos sobre a porta principal.
De planta longitudinal, a igreja articula nave única e capela-mor, ambas pouco decoradas e cobertas por abóbada de madeira. A fachada, com o portal envolto pelo jogo de linhas planas já referido, revela algumas características mais arcaicas, como as torres que ladeiam o frontispício, com cúpulas piramidais de gosto seiscentista (SMITH, 1966, p. 134). Na verdade, a igreja parece não ter respeitado, na totalidade, os desenhos de Nasoni, substituindo-se a cúpula de cantaria das torres, pelo remate que hoje conhecemos. Tal facto deve-se, muito possivelmente, a um erro de cálculo por parte do mestre pedreiro que se viu "obrigado a abandonar a obra, depois de nela haver gasto os seus próprios haveres" (CRUZ, 1939, p. 176).
(Rosário Carvalho)
Processo
Abrangido em ZEP ou ZP
Outra Classificação
Nº de Imagens0
Nº de Bibliografias3

BIBLIOGRAFIA

TITULO AUTOR(ES) TIPO DATA LOCAL OBS.
Nicolau Nasoni, arquitecto do PortoSMITH, Robert C.Edição1966
Santo Thyrso de Riba d'AvePIMENTEL, A.Edição1902Santo Tirso
"Uma obra de Nasoni desconhecida", Prisma, n.º 3, pp. 171-176CRUZ, AntónioEdição1939Porto

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