Pesquisa de Património Imóvel

DETALHES

Capela da Misericórdia de Colares (antiga Capela da Família Melo e Castro)
Designação
DesignaçãoCapela da Misericórdia de Colares (antiga Capela da Família Melo e Castro)
Outras Designações / PesquisasCapela da Família Melo e Castro / Capela da Santa Casa da Misericórdia de Colares (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt)
Categoria / TipologiaArquitectura Religiosa / Capela
TipologiaCapela
CategoriaArquitectura Religiosa
Inventário Temático
Localização
Divisão AdministrativaLisboa/Sintra/Colares
Endereço / Local
RUA LOCAL ZIP REF
Rua 16 de InfantariaColares Número de Polícia:
Largo da MisericórdiaColares Número de Polícia:
LATITUDE LONGITUDE
38.798997-9.448471
DistritoLisboa
ConcelhoSintra
FreguesiaColares
Proteção
Situação ActualClassificado
Categoria de ProtecçãoClassificado como IIP - Imóvel de Interesse Público
CronologiaDeclaração de Rectificação n.º 10-E/96, DR, I Série-B, n.º 127, de 31-05-1996 (rectificou o nome da rua) (ver Declaração)
Decreto n.º 2/96, DR, I Série-B, n.º 56, de 6-03-1996 (ver Decreto)
Edital n.º 129 de 21-07-1986 da CM de Sintra
Despacho de homologação de 6-09-1984 do Ministro da Cultura
Parecer de 31-08-1984 da Assessoria Técnica do IPPC a propor a classificação como IIP
Proposta de classificação de 25-07-1984 da SCM de Sintra
ZEP
Zona "non aedificandi"
CLASS_NAMEMonumento
Património MundialAbrangido pela Zona Tampão da "Paisagem Cultural e Natural de Sintra", incluída na Lista de Património Mundial - ZEP (nº 2 do art.º 72.º do Decreto-Lei n.º 309/2009, de 23 de Outubro)
Património Mundial Designação
Cadastro
AFECTACAO22051577
Descrição Geral
Nota Histórico-ArtisticaA Misericórdia de Colares foi fundada em 1623 por D. Dinis de Melo e Castro, bispo de Leiria, de Viseu e da Guarda, na época em que o eclesiástico estabeleceu a sua residência na vila. A igreja da irmandade ficaria sediada numa capela pertencente à família Melo e Castro, possivelmente edificada nos últimos anos do século XVI.
A capela possui uma estrutura marcada pela sobriedade, não se filiando no modelo das igrejas de misericórdia edificadas a partir da segunda metade do século XVI. É um pequeno templo familiar, de planta longitudinal de nave única que integra a capela-mor.
A fachada da capela apresenta uma estrutura simples, sem elementos decorativos. Terminada em empena, apresenta no primeiro registo duas portas de moldura rectangular, à direita a da capela, encimada por óculo, à esquerda a da casa do consistório, encimada por janela de sacada com guarda de ferro. Na cornija do portal da capela foi inscrita a data de 1623, numa alusão à fundação da irmandade.
O interior do templo possui coro-alto de madeira e púlpito quadrado do lado do Evangelho, fronteiro ao cadeiral dos irmãos da Misericórdia. O espaço é coberto por abóbada de berço. Na capela-mor, mais elevada e com tribuna, destaca-se o retábulo de talha maneirista, que se desenvolve em dois registos, de colunas dóricas estriadas o primeiro, de colunas coríntias o superior, que apesar da linguagem erudita do programa decorativo, é "mais tradicionalista no seu grafismo de superfícies planas e jogo de contrastes pouco acentuado" que outros retábulos da mesma época (SERRÃO, Vítor,1979,p.24); a linguagem de contrastes tipicamente maneirista é sobretudo transmitida pelas pinturas.
Executadas pelo pintor Cristóvão Vaz (idem, ibidem) para a família Melo e Castro quando ainda seriam os proprietários da igreja, na década de 90 do século XVI, constituem um conjunto de cinco pinturas, "Visitação", "Nossa Senhora da Misericórdia", "Cristo carregando a cruz", "Cristo na cruz", "Descida da cruz", que se mantém inalterado na sua disposição original. O retábulo, embora não seja um exemplar erudito da pintura maneirista portuguesa, demonstra através da composição e da cor, das figuras e dos panejamentos, como este pintor, discípulo de Diogo Teixeira, "se movia bem dentro do processo maneirista do "serpentinato" e da ambiguidade de efeitos" (SERRÃO, Vítor,1989,p.57).
Em meados do século XX a Capela da Misericórdia encontrava-se votada ao abandono, em estado ruinoso. No entanto em 1959 o retábulo foi restaurado, sendo a igreja reaberta ao culto.
Catarina Oliveira
GIF/IPPAR/ 27 de Abril de 2005
Processo
Abrangido em ZEP ou ZPIgreja de Nossa Senhora da Assunção, matriz de Colares, incluindo o adroPelourinho de Colares
Outra Classificação
Nº de Imagens5
Nº de Bibliografias3

BIBLIOGRAFIA

TITULO AUTOR(ES) TIPO DATA LOCAL OBS.
Cintra pituresca, ou memoria descriptiva da Villa de Cintra, Collares, e seus arredores...LACERDA, João António de Lemos Pereira (Visconde de Juromenha)Edição1838Lisboa
Monumentos e Edifícios Notáveis do Distrito de LisboaAZEVEDO, Carlos deEdição1963LisboaLisboa Data do Editor : 1973
Monumentos e Edifícios Notáveis do Distrito de LisboaGUSMÃO, Adriano deEdição1963LisboaLisboa Data do Editor : 1973
Monumentos e Edifícios Notáveis do Distrito de LisboaFERRÃO, JulietaEdição1963LisboaLisboa Data do Editor : 1973
"O pintor Cristovão Vaz mestre dos retábulos da Igreja da Misericórdia de Sintra (1581-1584)", Boletim Cultural da Assembleia Distrital de Lisboa, 3 série, 85SERRÃO, VítorEdição1981Lisboa

IMAGENS

Capela da Misericórdia de Colares - Fachada lateral direita (Maria Ramalho, 2016)

Capela da Misericórdia de Colares - Fachada principal (Maria Ramalho, 2016)

Capela da Misericórdia de Colares - Fachada principal: lintel do portal com inscrição (Maria Ramalho, 2016)

Capela da Misericórdia de Colares - Fachada posterior (Maria Ramalho, 2016)

Capela da Misericórdia de Colares - Fachada lateral direita (Maria Ramalho, 2016)

MAPA

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