Capela de São Lázaro | |||||||||||||
Designação | |||||||||||||
Designação | Capela de São Lázaro | ||||||||||||
Outras Designações / Pesquisas | Capela de São Lázaro (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt) | ||||||||||||
Categoria / Tipologia | Arquitectura Religiosa / Capela | ||||||||||||
Tipologia | Capela | ||||||||||||
Categoria | Arquitectura Religiosa | ||||||||||||
Inventário Temático | |||||||||||||
Localização | |||||||||||||
Divisão Administrativa | Lisboa/Sintra/Sintra (Santa Maria e São Miguel, São Martinho e São Pedro de Penaferrim) | ||||||||||||
Endereço / Local |
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Distrito | Lisboa | ||||||||||||
Concelho | Sintra | ||||||||||||
Freguesia | Sintra (Santa Maria e São Miguel, São Martinho e São Pedro de Penaferrim) | ||||||||||||
Proteção | |||||||||||||
Situação Actual | Classificado | ||||||||||||
Categoria de Protecção | Classificado como IIP - Imóvel de Interesse Público | ||||||||||||
Cronologia | Decreto n.º 22 617, DG, I Série, n.º 122, de 2-06-1933 (ver Decreto) | ||||||||||||
ZEP | Portaria de 23-01-1951, publicada no DG, II Série, n.º 37, de 15-02-1951 (com ZNA) | ||||||||||||
Zona "non aedificandi" | Portaria de 23-01-1951, publicada no DG, II Série, n.º 37, de 15-02-1951 | ||||||||||||
CLASS_NAME | Monumento | ||||||||||||
Património Mundial | Abrangido pela Zona Tampão da "Paisagem Cultural e Natural de Sintra", incluída na Lista de Património Mundial - ZEP (nº 2 do art.º 72.º do Decreto-Lei n.º 309/2009, de 23 de Outubro) | ||||||||||||
Património Mundial Designação | |||||||||||||
Cadastro | |||||||||||||
AFECTACAO | 12737527 | ||||||||||||
Descrição Geral | |||||||||||||
Nota Histórico-Artistica | Desconhece-se a época de fundação da capela de São Lázaro e da Gafaria que lhe estava associada. José Alfredo Azevedo cita as conclusões do Visconde de Juromenha a partir de um documento de 1409, sustentando que, por esta data, "já excedia a memória dos homens a fundação do Hospital e Gafaria" (cf. AZEVEDO, 1984, p.9). Certo é que nos finais do século XV, altura em que o conjunto monumental foi objecto de grandes obras, a capela já existia. Deve-se à rainha D. Leonor o aspecto geral actual da capela, assim como um Tombo dos Bens do Hospital e Gafaria da vila de Sintra, que AZEVEDO, 1984, p.11, admite poder pertencer já à década de 20 do século XVI. As parcelas mais antigas que se conservam no monumento inserem-se perfeitamente no vocabulário artístico da altura, genericamente designado por Manuelino. O portal principal é o elemento exterior que melhor evidencia esse momento artístico e, presumivelmente, datará de uma data já relativamente tardia, dado o carácter atípico da sua forma: "em arco deprimido emoldurado por toro torso" (NOÉ, 1991 e MARQUES, 2004, DGEMN on-line), assentando, por sua vez, em bases facetadas típicas do Manuelino. Ainda na frontaria, encimando a janela quadrangular gradeada do segundo registo, existe um escudo de D. Leonor que, pela sua posição dominante, tutela a fachada principal e é o derradeiro ponto de olhar para quem observa o alçado. No interior, as alusões directas à rainha encontram-se nos três bocetes da abóbada da capela-mor, em cujas faces se representou o pelicano (emblema de D. João II), o escudo bipartido do reinado deste monarca e, finalmente, o camaroeiro (emblema da rainha) (AZEVEDO, 1984, p.16). Esta abóbada, a mais complexa do conjunto, cobre dois tramos e é de perfil estrelado, com cadeia central interrompida pelos bocetes, solução que contrasta com o esquematismo e simplicidade da obra arquitectónica. Com efeito, se para a construção contribuiu o casal régio (ou apenas D. Leonor), o resultado final foi um templo de linhas depuradas e de planta modesta, articulando nave única, de dois tramos abobadados em cruzaria de ogivas e capela-mor de menores dimensões e volumetria. A reforçar esta simplicidade deliberada, está a fachada principal, cujos elementos divisores foram resumidos ao essencial (um portal e uma janela, em relação axial entre si), sendo a empena triangular, como é comum acontecer nas igrejas modestas tardo-medievais e modernas. Para além disso, quase não existem janelas laterais (à excepção de duas, quadrangulares e gradeadas, colocadas no início da nave, por onde os leprosos podiam assistir à missa e que, por isso, não deveriam dar directamente para o exterior). A falta de iluminação é flagrante na pequena capela-mor e contribui para o aspecto soturno de todo o interior do templo, onde apenas o frontal de altar de azulejos hispano-árabes parece atenuar a austeridade do espaço. Na posse da Misericórdia local a partir de 1545, não consta que tenham existido grandes melhoramentos no conjunto ao longo da época moderna (IDEM, 1984, p.18). Sabemos que, a seguir ao Terramoto de 1755, a capela desempenhou funções de paroquial de São Miguel, por esta ter praticamente ruído com o sismo. Só no século XX voltamos a conhecer algumas obras importantes. Em 1932, porque a capela ameaçava cair, a DGEMN promoveu trabalhos de restauro, que visaram reconstituir a obra original manuelina. Assim, a par da natural consolidação estrutural, verificou-se um processo de reinvenção de algumas partes em falta, como a "reconstituição de artesões mutilados e consolidação dos fechos ornamentados" ou a "substituição de cantarias mutiladas no arco triunfal e porta principal", entre outros (NOÉ 1991 e MARQUES, 2004, DGEMN on-line). Apesar destas opções restauradoras, a pequena capela de São Lázaro conserva-se como um dos mais importantes conjuntos manuelinos da vila, importância que é reforçada pela ainda obscura gafaria que lhe deu primeira razão de existência. PAF | ||||||||||||
Processo | |||||||||||||
Abrangido em ZEP ou ZP | |||||||||||||
Outra Classificação | |||||||||||||
Nº de Imagens | 4 | ||||||||||||
Nº de Bibliografias | 3 |
TITULO | AUTOR(ES) | TIPO | DATA | LOCAL | OBS. |
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Sintra do pretérito | PEREIRA, Félix Alves | Edição | 1957 | Sintra | p. 218. |
Monumentos e Edifícios Notáveis do Distrito de Lisboa | AZEVEDO, Carlos de | Edição | 1963 | Lisboa | Lisboa Data do Editor : 1973 |
Velharias de Sintra, vol. V | AZEVEDO, José Alfredo da Costa | Edição | 1984 | Sintra | |
Monumentos e Edifícios Notáveis do Distrito de Lisboa | FERRÃO, Julieta | Edição | 1963 | Lisboa | Lisboa Data do Editor : 1973 |
Monumentos e Edifícios Notáveis do Distrito de Lisboa | GUSMÃO, Adriano de | Edição | 1963 | Lisboa | Lisboa Data do Editor : 1973 |
Capela de São Lázaro - Fachada principal
Capela de São Lázaro - Fachada principal: portal
Capela de São Lázaro - Fachada principal: pormenor da base do portal
Capela de São Lázaro - Fachada principal: pedra de armas no registo superior
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