Igreja de São Domingos | |||||||||||||
Designação | |||||||||||||
Designação | Igreja de São Domingos | ||||||||||||
Outras Designações / Pesquisas | Convento de São Domingos de Guimarães / Igreja Paroquial de São Paio / Museu Martins Sarmento (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt) | ||||||||||||
Categoria / Tipologia | Arquitectura Religiosa / Igreja | ||||||||||||
Tipologia | Igreja | ||||||||||||
Categoria | Arquitectura Religiosa | ||||||||||||
Inventário Temático | |||||||||||||
Localização | |||||||||||||
Divisão Administrativa | Braga/Guimarães/Oliveira, São Paio e São Sebastião | ||||||||||||
Endereço / Local |
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Distrito | Braga | ||||||||||||
Concelho | Guimarães | ||||||||||||
Freguesia | Oliveira, São Paio e São Sebastião | ||||||||||||
Proteção | |||||||||||||
Situação Actual | Classificado | ||||||||||||
Categoria de Protecção | Classificado como IIP - Imóvel de Interesse Público | ||||||||||||
Cronologia | Decreto n.º 42 255, DG, I Série n.º 105, de 8-05-1959 (ver Decreto) | ||||||||||||
ZEP | Portaria de 16-08-1960, publicada no DG, II Série, n.º 195, de 22-08-1960 (com ZNA) | ||||||||||||
Zona "non aedificandi" | Portaria de 16-08-1960, publicada no DG, II Série, n.º 195, de 22-08-1960 | ||||||||||||
CLASS_NAME | Monumento | ||||||||||||
Património Mundial | |||||||||||||
Património Mundial Designação | |||||||||||||
Cadastro | |||||||||||||
AFECTACAO | 12737527 | ||||||||||||
Descrição Geral | |||||||||||||
Nota Histórico-Artistica | Tal como aconteceu com o primitivo convento de São Francisco de Guimarães, também o de São Domingos foi demolido por ordem de D. Dinis, por se encontrar demasiado próximo das muralhas e de, por isso, prejudicar a defesa da cidade. Por essa altura, o convento contava com poucas décadas de vida, sendo a sua origem apontada por volta de 1271, na sequência do estabelecimento de uma pequena comunidade dominicana, oriunda da casa mendicante do Porto. Infelizmente, nada dessa primeira edificação chegou até hoje. A reedificação do convento, em local muito próximo ao original, revelou-se bastante demorada. Durante os reinados de D. Dinis e de D. Afonso IV as obras arrastaram-se, sem grandes progressos, e foi necessário esperar pelo final do século XIV para que se desse o verdadeiro impulso construtivo. Por empenho pessoal de D. Lourenço Vicente, arcebispo de Braga e um dos principais nomes da nova ordem dinástica, de Avis, o convento pôde dispor, finalmente, das verbas necessárias, assim como da influência política de alguns nobres que acompanharam o projecto do arcebispo, caso de D. João Afonso de Briteiros, que custeou a construção de uma das naves. Em termos artísticos, não obstante a sua datação tardia, o convento de São Domingos de Guimarães segue a tipologia mendicante, ensaiada na esmagadora maioria das casas conventuais de dominicanos e franciscanos, desde o século XIII. Três naves, seccionadas em quatro tramos, com transepto ligeiramente saliente e cabeceira tripartida, com grande probabilidade escalonada, definem a planta geral do templo. A iluminação mantém-se relativamente escassa, independentemente da ampla rosácea da fachada principal, graças às altas e estreitas frestas sobre as naves laterais e as grandes massas pétreas, desprovidas de aberturas, que caracterizam o interior. Alguns elementos técnicos, ou decorativos, apontam claramente para a arquitectura do Gótico final, quatrocentista, como "o chanfro das arcadas longitudinais (...) e os capitéis de cestas lisas" (DIAS, 1994, p.133). O produto final, contudo, caracteriza-se por uma grande austeridade, a que a feição cruciforme dos suportes internos, por exemplo, ajuda a reforçar. São Domingos de Guimarães é um dos últimos exemplos góticos de como o modelo tipológico, inaugurado quase dois séculos antes, era ainda o modelo de sucesso e praticamente oficial das ordens mendicantes em Portugal. Mas São Domingos de Guimarães é, igualmente, um dos mais importantes testemunhos de como a tradição construtiva de sabor românico, tão vincada no Entre-Douro-e-Minho, parece ter continuado para lá da (inevitável) substituição deste estilo. A evolução estilística da arquitectura determinou uma grande campanha barroca neste convento, que privilegiou a alteração de dois dos principais elementos simbólicos do templo: o portal principal e a capela-mor. O portal, custeado por D. Rodrigo de Sousa Alcoforado, passou a estar organizado como um verdadeiro pórtico-retábulo, enquadrado por colunas e por um amplo coroamento cenográfico, que se desenvolve até à parte inferior da rosácea. A capela-mor foi integralmente modificada em 1774, altura em que se construiu um corpo rectangular bastante profundo, profusamente iluminado por amplos janelões e enriquecido com um retábulo-mor e um cadeiral, elemento que veio ocultar o arcossólio gótico onde está o túmulo da fundadora do convento, D. Branca de Vilhena. O século XIX dotou o antigo convento de novas e inesperadas funcionalidades. Depois de extintas as ordens religiosas, o espaço foi ocupado pelo 18º Regimento de Infantaria e, algumas décadas depois, parte do convento foi cedido à Sociedade Martins Sarmento, que aqui instalou um núcleo do seu museu. Já no século XX procederam-se às principais obras de restauro que, tal como no Convento de São Francisco de Guimarães, privilegiaram a consolidação estrutural, em detrimento das soluções inventivas, que tanto caracterizam a actividade da DGEMN nas suas primeiras décadas. PAF | ||||||||||||
Processo | |||||||||||||
Abrangido em ZEP ou ZP | Centro Histórico de Guimarães e Zona de Couros | ||||||||||||
Outra Classificação | Rua de D. João I | ||||||||||||
Nº de Imagens | 12 | ||||||||||||
Nº de Bibliografias | 5 |
TITULO | AUTOR(ES) | TIPO | DATA | LOCAL | OBS. |
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A arquitectura gótica portuguesa | DIAS, Pedro | Edição | 1994 | Lisboa | |
História da Arte em Portugal - o Gótico | ALMEIDA, Carlos Alberto Ferreira de | Edição | 2002 | Lisboa | |
Guimarães - roteiro turístico | FONTE, Barroso da | Edição | 1995 | Guimarães | Fotografias de José Bastos |
História da Arte em Portugal - o Gótico | BARROCA, Mário Jorge | Edição | 2002 | Lisboa | |
As mais belas igrejas de Portugal, vol. I | GIL, Júlio | Edição | 1988 | Lisboa | |
Igreja de São Domingos, Boletim da D.G.E.M.N., nº 108 | Edição | 1962 | Lisboa |
Igreja de São Domingos (Guimarães) - Fachada principal. Carlota Cunha, 2006.
Igreja de São Domingos (Guimarães) - Portaria publicada no DG, II Série, n.º 195, de 22-08-1960 - Texto e planta do diploma
Igreja de São Domingos (Guimarães) - Fachada principal: portal e rosácea. João Paiva, 1982.
Igreja de São Domingos (Guimarães) - Vista geral: fachadas principal e lateral direita (DGESBA, 1957)
Igreja de São Domingos (Guimarães) - Fachada principal (DGESBA, 1975)
Igreja de São Domingos (Guimarães) - Fachada principal: registo superior (DGESBA, 1956)
Igreja de São Domingos (Guimarães) - Interior: arcaria das naves (DGESBA, 1957)
Igreja de São Domingos (Guimarães) - Interior da capela-mor: retábulo-mor (DGEMN, 1957)
Igreja de São Domingos (Guimarães). Maria Ramalho, 2017.
Igreja de São Domingos (Guimarães). Maria Ramalho, 2017.
Igreja de São Domingos (Guimarães). Maria Ramalho, 2017.
Igreja de São Domingos (Guimarães). Maria Ramalho, 2017.
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