Pesquisa de Património Imóvel

DETALHES

Igreja de Santa Maria
Designação
DesignaçãoIgreja de Santa Maria
Outras Designações / PesquisasIgreja Paroquial de Santa Maria de Celorico da Beira / Igreja de Santa Maria (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt)
Categoria / TipologiaArquitectura Religiosa / Igreja
TipologiaIgreja
CategoriaArquitectura Religiosa
Inventário Temático
Localização
Divisão AdministrativaGuarda/Celorico da Beira/Celorico (São Pedro e Santa Maria) e Vila Boa do Mondego
Endereço / Local
RUA LOCAL ZIP REF
Largo 5 de OutubroCelorico da Beira Número de Polícia:
LATITUDE LONGITUDE
40.638233-7.390898
DistritoGuarda
ConcelhoCelorico da Beira
FreguesiaCelorico (São Pedro e Santa Maria) e Vila Boa do Mondego
Proteção
Situação ActualClassificado
Categoria de ProtecçãoClassificado como IIP - Imóvel de Interesse Público
CronologiaDecreto n.º 43 073, DG, I Série, n.º 162, de 14-07-1960 (ver Decreto)
ZEP
Zona "non aedificandi"
CLASS_NAMEMonumento
Património Mundial
Património Mundial Designação
Cadastro
AFECTACAO12707538
Descrição Geral
Nota Histórico-ArtisticaDesconhece-se a data de fundação da Colegiada de Santa Maria. No reinado de D. Afonso III, numa época em que a vila detinha já alguma importância, devido ao papel preponderante que detinha na defesa da fronteira, o templo de Santa Maria foi doado ao bispo da Guarda pelo monarca. Nos séculos XVI e XVII a colegiada pertenceu ao Padroado Real. Em 1614 foi construída a actual capela-mor e a sacristia, na mesma época em que foram pintados os tectos de caixotões. No ano de 1700 foram colocados os painéis de azulejos que revestem interiormente a igreja.
No final do século XVIII, em 1796, foi realizada uma grande campanha de obras, durante a qual foram reedificadas a fachada e as torres, o coro-alto foi ampliado, e foram executadas as estruturas retabulares. Durante a Guerra Peninsular, entre 1813 e 1821, a igreja de Santa Maria foi utilizada como hospital das tropas anglo-lusas. Em 1840 as pinturas dos tectos de caixotões seriam restauradas pelo pintor Francisco Madeira. Durante a década de 90 do século XX foram realizadas obras de reparação e consolidação da estrutura do templo, e executaram-se trabalhos de conservação dos retábulos de talha e dos tectos pintados.
A igreja de Santa Maria apresenta uma estrutura eclética, derivada das diversas campanhas de obras realizadas em épocas muito distintas. De planta longitudinal simples, de traços medievais, composta por nave e capela-mor, possui fachada principal barroca, em empena recortada com cornija borromínica, e portal com moldura em arco abatido, alinhado com janelão rasgado no registo superior, de moldura idêntica. A fachada é delimitada por dois contrafortes e ladeada pelas torres sineiras, rematadas por coruchéu e pináculos. Lateralmente, foi rasgado um portal de gosto classicista, possivelmente edificado na segunda metade do século XVI, enquadrado por duas colunas jónicas, caneladas, e encimado por frontão triangular.
O interior da igreja, de nave única, é revestido por painéis de azulejo azul e branco, de padrão seiscentista P-603, com barra B-45 (SIMÕES, J.M. Santos, 1979). À entrada da igreja, ladeando o sub-coro, foram abertas duas capelas com arco de volta perfeita e abóbada de berço. O coro-alto assenta sobre arco abatido, tendo guarda de balaustrada, e o espaço do sub-coro é coberto por abóbada de berço de cantaria. Nas paredes laterais da nave foram edificadas quatro capelas retabulares, envoltas por arco de cantaria de volta perfeita. As do lado do Evangelho são dedicadas ao Sagrado Coração de Jesus e a Nossa Senhora da Conceição, as do lado da Epístola a Nossa Senhora de Fátima e ao Santo Condestável. Junto à capela-mor, do lado do Evangelho, foi colocado o púlpito, de secção quadrangular com base de cantaria e guarda de madeira. Na zona do presbitério, foram colocados dois retábulos de talha dourada que ladeiam o arco triunfal de volta perfeita, encimado por estrutura de talha dourada. A capela-mor possui retábulo de planta recta com cinco eixos, divididos por colunas de fuste liso com capitel coríntio. A tribuna possui ao centro imagem da Virgem, ladeada por mísulas com imagens. O conjunto é rematado por duplo frontão interrompido, com espaldar ladeado por pilastras e remate em cornija. O espaço da nave e a capela-mor são cobertos por abóbadas de berço de madeira com caixotões pintados com motivos hagiológicos, da autoria do pintor local Isidoro de Faria.
Em 1939 Manuel Ramos de Oliveira refere a existência, na sacristia do templo, de uma tábua quinhentista representando a Circuncisão, cuja autoria está atribuída a Gaspar Dias, pintor maneirista formado em Roma. Actualmente o paradeiro desta pintura é desconhecido.
Catarina Oliveira
GIF/ IPPAR/ 2004
Processo
Abrangido em ZEP ou ZP
Outra Classificação
Nº de Imagens5
Nº de Bibliografias5

BIBLIOGRAFIA

TITULO AUTOR(ES) TIPO DATA LOCAL OBS.
Azulejaria em Portugal no século XVIIISIMÕES, J. M. dos SantosEdição1979Lisboa
Corografia Portuguesa e descripçam topographica do famoso Reyno de PortugalCOSTA, Pe. António Carvalho daEdição1712LisboaOff. de Valentim da Costa Deslandes, 1706 - 1712
Celorico da Beira e o seu concelhoOLIVEIRA, Manuel Ramos deEdição1939Celorico da Beira
"Igrejas e capelas de Celorico", Revista Beira AltaOLIVEIRA, Manuel Ramos deEdição1956Viseu
Celorico da Beira e LinharesRODRIGUES, Adriano VascoEdição1979Celorico da Beira

IMAGENS

Igreja de Santa Maria - Enquadramento geral da fachada principal
Autor: João Carvalho, em colaboração com Wiki Loves Monuments

Igreja de Santa Maria - Torres sineiras
Autor: João Carvalho, em colaboração com Wiki Loves Monuments

Igreja de Santa Maria - Fachada principal
Autor: João Carvalho, em colaboração com Wiki Loves Monuments

Igreja de Santa Maria - Fachada principal
Autor: Nmmacedo, em colaboração com Wiki Loves Monuments

Igreja de Santa Maria - Fachada principal: registo superior
Autor: Alegna13, em colaboração com Wiki Loves Monuments

MAPA

Abrir

Palácio Nacional da Ajuda
1349-021 Lisboa
T.: +351 21 361 42 00
NIF 600 084 914
dgpc@dgpc.pt