Pesquisa de Património Imóvel

DETALHES

Pelourinho de Porto de Mós
Designação
DesignaçãoPelourinho de Porto de Mós
Outras Designações / PesquisasPelourinho de Porto de Mós (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt)
Categoria / TipologiaArquitectura Civil / Pelourinho
TipologiaPelourinho
CategoriaArquitectura Civil
Inventário Temático
Localização
Divisão AdministrativaLeiria/Porto de Mós/Porto de Mós - São João Baptista e São Pedro
Endereço / Local
RUA LOCAL ZIP REF
Largo do RossioPorto de Mós Número de Polícia:
LATITUDE LONGITUDE
39.599545-8.820371
DistritoLeiria
ConcelhoPorto de Mós
FreguesiaPorto de Mós - São João Baptista e São Pedro
Proteção
Situação ActualClassificado
Categoria de ProtecçãoClassificado como IIP - Imóvel de Interesse Público
CronologiaDecreto n.º 23 122, DG, I Série, n.º 231, de 11-10-1933 (ver Decreto) Ver inventário elaborado pela ANBA
ZEP
Zona "non aedificandi"
CLASS_NAMEMonumento
Património Mundial
Património Mundial Designação
Cadastro
AFECTACAO12736627
Descrição Geral
Nota Histórico-ArtisticaImóvel
Assente sobre um soco de quatro degraus, o cruzeiro de Porto de Mós corresponde a uma coluna de fuste estrido com capitel compósito, encimada por remate superior composto por pináculo vegetalista com dois pequenos escudos e uma cruz.
História
Porto de Mós é um concelho muito antigo, tendo recebido primeiro foral da chancelaria de D. Dinis, em 1305, e foral novo de D. Manuel, em 1515. É um documento do Juiz de Porto de Mós datado de 1520 que fornece a primeira notícia da existência de um cruzeiro no Rossio da vila, citando uma sentença dada ao "pee da cruz" e assim denotando que este cruzeiro tinha as mesmas funções de um pelourinho (GOMES, Saul António, 2005, p. 646). Este cruzeiro, de "coluna chanfrada oitavada, lanternim de oito faces com edículas preenchidas por figuras hagiológicas e rematado por uma cruz trevada" (Informação n.º 545/DRCC/2019, p. 10) esteve implantado naquele espaço urbano desde, pelo menos, a década de 20 do século XVI e 1895, quando foi desmontado para que se construísse a Estrada de São Jorge à Chamusca. Segundo as actas da Câmara de Porto de Mós de 1895, este cruzeiro foi depois limpo e reconstruído, pagando-se em Março desse ano "ao Canteiro José Alberto desta Vila a quantia de 8$000 reis pelo seu trabalho de limpar e reconstruir o Cruzeiro de S. Pedro e mudá-lo para o roçio da vila o que ainda se lhe resta" (Informação n.º 545/DRCC/2019, p. 17), tendo sido nessa altura que se mudou o lanternim de remate original por um "capitel de volutas, um remate de bolbo vegetalista e armoriado encimado por uma cruz de braços em duplo bisel" que se manteve em frente da Igreja de São Pedro até cerca de 1940 (Informação n.º 545/DRCC/2019, p. 12).
Em meados do século XX, este renovado cruzeiro também não estava já no local, em virtude dos novos traçados viários de Porto de Mós. O remate original do cruzeiro quinhentista, "de forma oitavada, com arcaturas góticas que abrigam ainda restos de imagens", era identificado em 1955 por Gustavo de Matos Sequeira, no decorrer do Inventário da Academia Nacional das Belas Artes, como estando depositado na Igreja de São Pedro (SEQUEIRA, Gustavo de Matos, 1955).
Em 1969 iniciou-se um movimento cívico a favor da reposição do antigo cruzeiro do Rossio de Porto de Mós. Baseando-se numa gravura integrada na obra Portugal de Ferdinand Denis, de 1846, o semanário O Mensageiro propunha à Comissão Regional de Turismo de Leiria que promovesse novamente a montagem do cruzeiro. Em sequência, alguns estudos regionais estudaram as gravuras onde era representado o cruzeiro na sua forma original, concluindo-se que a sua estrutura era efectivamente quinhentista, sendo o remate com escudos de quinas semelhante aos que a Casa de Bragança utilizava no período pós-Restauração (RAMOS, Luciano Justo, 1971, p. 64).
Porém, a estrutura subsistente, que correspondia à remontagem executada em finais do século XIX com o capitel de volutas, permanecia desmontado na Igreja de São Pedro.
No início da década de 1980 a Câmara de Porto de Mós intenta "(re)erguer o monumento no rossio", considerando que este cruzeiro de volutas correspondia ao pelourinho original de Porto de Mós. No ano de 1985 a edilidade optava por executar uma réplica do pelourinho primitivo, embora novos estudos locais feitos à época reafirmassem que nunca havia existido um pelourinho - e sim um cruzeiro, cujos vestígios estavam guardados na Igreja de São Pedro - e tanto o IPPC como a DGEMN se pronunciassem contra a reconstrução de um pelourinho que nunca havia existido.
Depois desta data a Câmara terá então procedido à remontagem do cruzeiro de capitel de volutas, sendo este que se encontra, até ao presente, erigido no Rossio de Porto de Mós, e que está classificado como de interesse público.
Catarina Oliveira
DGPC, 2021
Processo
Abrangido em ZEP ou ZP
Outra Classificação
Nº de Imagens1
Nº de Bibliografias4

BIBLIOGRAFIA

TITULO AUTOR(ES) TIPO DATA LOCAL OBS.
Inventário Artístico de Portugal, vol. V (Distrito de Leiria)SEQUEIRA, Gustavo de MatosEdição1955Lisboa
Pelourinhos Portugueses, Tentâmen de Inventário GeralMALAFAIA, E. B. de AtaídeEdição1997Lisboa
Castelo de Porto de Mós. Estudo HistóricoRAMOS, Luciano JustoEdição1971Porto de Mós
Porto de Mós. Colectânea Histórica e Documental. Séculos XII a XIXObra

IMAGENS

Pelourinho de Porto de Mós - Vista geral

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