Edifício da antiga Fábrica dos Tecidos de Seda | |||||||||||||||||
Designação | |||||||||||||||||
Designação | Edifício da antiga Fábrica dos Tecidos de Seda | ||||||||||||||||
Outras Designações / Pesquisas | Fundação Arpad Szenes-Vieira da Silva / Fábrica dos Tecidos de Seda / Museu Arpad Szenes - Vieira da Silva (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt) | ||||||||||||||||
Categoria / Tipologia | Património Industrial / | ||||||||||||||||
Tipologia | |||||||||||||||||
Categoria | Património Industrial | ||||||||||||||||
Inventário Temático | |||||||||||||||||
Localização | |||||||||||||||||
Divisão Administrativa | Lisboa/Lisboa/Santo António | ||||||||||||||||
Endereço / Local |
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Distrito | Lisboa | ||||||||||||||||
Concelho | Lisboa | ||||||||||||||||
Freguesia | Santo António | ||||||||||||||||
Proteção | |||||||||||||||||
Situação Actual | Classificado | ||||||||||||||||
Categoria de Protecção | Classificado como IIP - Imóvel de Interesse Público | ||||||||||||||||
Cronologia | Decreto n.º 29/84, DR, I Série, n.º 145, de 25-06-1984 (ver Decreto) Edital N.º 94/82 de 22-07-1982 da CM de Lisboa Despacho de concordância de 1-12-1981 do Secretário de Estado da Cultura Parecer de 27-11-1981 da Assessoria Técnica do IPPC a propor a classificação como IIP Proposta de classificação de 4-11-1981 do IPPC | ||||||||||||||||
ZEP | Portaria n.º 1099/95, DR, I Série-B, n.º 207, de 7-09-1995 (sem restrições) (ZEP da Mãe-d'Água e Aqueduto das Águas Livres (troço das Amoreiras), da Fábrica das Sedas e do edifício da Travessa da Fábrica das Sedas, 34-79) (ver Portaria) | ||||||||||||||||
Zona "non aedificandi" | |||||||||||||||||
CLASS_NAME | Monumento | ||||||||||||||||
Património Mundial | |||||||||||||||||
Património Mundial Designação | |||||||||||||||||
Cadastro | |||||||||||||||||
AFECTACAO | 181505 | ||||||||||||||||
Descrição Geral | |||||||||||||||||
Nota Histórico-Artistica | Embora a lavra de seda se fizessem no país desde o reinado de D. Sancho II, a primeira fábrica de sedas nacional estabeleceu-se no país em 1677, numa época em que a Coroa determinou uma política de apoio às manufacturas, implementada pelo Conde da Ericeira. Em 1734, D. João V concedeu um alvará a Rober Godin que lhe permitia estabelecer uma nova fábrica de produção de seda. Sediado provisoriamente na Fonte Santa, o complexo fabril foi edificado em definitivo no subúrbio do Rato, estando concluído em 1741. Depois do terramoto de 1755, verificou-se que a freguesia de Santa Isabel, onde se integrava a zona do Rato, pouco sofreu com o abalo sísmico e consequente incêndio, o que "veio catalisar o crescimento da cidade sobre o eixo onde fora implantado o núcleo joanino da Fábrica das Sedas" (ROSSA, 1998, p. 117). Foi desta forma que surgiu o projecto do Bairro das Águas Livres, até então a "única criação urbanística de grande escala em campo aberto desde a realização quinhentista do Bairro Alto e a primeira de iniciativa estatal" (idem, ibidem, p. 118). Aproveitando a implantação da mãe-de-água do grande aqueduto que abastecia Lisboa, sobranceira ao Rato, foi edificado o novo bairro, uma malha quadrada com quatro quarteirões de blocos de casas, disposta em torno de uma praça, denominada Praça das Amoreiras, segundo o plano desenhado em 1759 pelo arquitecto Carlos Mardel, cuja traça valoriza "o conjunto final e monumental do Aqueduto", também da sua autoria (idem, ibidem, p. 121). A edificação deste bairro esteve directamente ligada à restruturação da Fábrica das Sedas joanina, tornada propriedade da Coroa pelo Marquês de Pombal. Os edifícios foram propositadamente construídos para albergar o Real Colégio das Manufacturas, que na realidade era constituído por pequenas unidades industriais. Ou seja, cada uma das casas do bairro acomodava um artesão, providenciando-lhe espaço para habitar e para instalar uma oficina, com aprendizes. Da edificação original subsistem três quarteirões, que mantêm a estrutura pombalina dos edifícios, blocos de planta rectangular divididos em dois andares, com tectos baixos em madeira. Numa destas habitações, situada num dos extremos da Praça das Amoreiras, foi instalada a Fábrica de Tecidos de Seda. A fachada, ritmada pela disposição de janelas a espaços regulares em ambos os registos, ostentou até à década de 90 do século XX um grande letreiro indicativo do nome da unidade fabril. Criada em 1990, a Fundação Arpad Szenes-Vieira da Silva adquiriu o edifício da fábrica, procedendo a obras de recuperação. Em 1994 foi inaugurado neste espaço o Museu, que alberga, a título permanente, um importante e emblemático espólio da colecção dos dois artistas, bem como diversas exposições temporárias de pintura do século XX, e ainda um Centro de Documentação e Investigação. Catarina Oliveira DIDA/IGESPAR, I.P./ 11 de Outubro de 2007 | ||||||||||||||||
Processo | |||||||||||||||||
Abrangido em ZEP ou ZP | Aqueduto das Águas Livres, seus aferentes e correlacionados (Concelhos de Lisboa, Amadora, Odivelas, Oeiras e Sintra) | ||||||||||||||||
Outra Classificação | |||||||||||||||||
Nº de Imagens | 2 | ||||||||||||||||
Nº de Bibliografias | 2 |
TITULO | AUTOR(ES) | TIPO | DATA | LOCAL | OBS. |
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Além da Baixa. Indícios de Planeamento Urbano na Lisboa Setecentista | ROSSA, Walter | Edição | 1998 | Lisboa | Tipo : Colecção - Arte e Património Olhar privilegiadamente arquitectónico centrado topograficamente nas zonas urbanas que transcendem os limites da Baixa. Abordagem original pelo relevo dado a Manuel da Maia e pela problematização da tradição técnica e científica da engenharia portuguesa. |
Monumentos e edifícios notáveis do distrito de Lisboa, vol. V (2º tomo) | ALMEIDA, D. Fernando de | Edição | 1975 | Lisboa |
Edifício da antiga Fábrica dos Tecidos de Seda - Fachada
Antiga Fábrica dos Tecidos de Seda - Fachada voltada ao Jardim das Amoreiras