Torre de D. Chama | |||||||||||||
Designação | |||||||||||||
Designação | Torre de D. Chama | ||||||||||||
Outras Designações / Pesquisas | Castro de São Brás / Povoado de Torre de Dona Chama / Povoado fortificado de São Brás (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt) | ||||||||||||
Categoria / Tipologia | Arqueologia / Povoado Fortificado | ||||||||||||
Tipologia | Povoado Fortificado | ||||||||||||
Categoria | Arqueologia | ||||||||||||
Inventário Temático | |||||||||||||
Localização | |||||||||||||
Divisão Administrativa | Bragança/Mirandela/Torre de Dona Chama | ||||||||||||
Endereço / Local |
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Distrito | Bragança | ||||||||||||
Concelho | Mirandela | ||||||||||||
Freguesia | Torre de Dona Chama | ||||||||||||
Proteção | |||||||||||||
Situação Actual | Classificado | ||||||||||||
Categoria de Protecção | Classificado como IIP - Imóvel de Interesse Público | ||||||||||||
Cronologia | Decreto n.º 40 361, DG, I Série, n.º 228, de 20-10-1955 (ver Decreto) | ||||||||||||
ZEP | |||||||||||||
Zona "non aedificandi" | |||||||||||||
CLASS_NAME | Sítio | ||||||||||||
Património Mundial | |||||||||||||
Património Mundial Designação | |||||||||||||
Cadastro | |||||||||||||
AFECTACAO | 12707538 | ||||||||||||
Descrição Geral | |||||||||||||
Nota Histórico-Artistica | Conhecida pelas estações arqueológicas que possui, atestando a procura do seu termo nos primórdios da Humanidade, embora com maior incidência a partir do Neolítico, a exemplo dos abrigos rupestres que ostenta, o território correspondente na actualidade ao município de Mirandela acolhe exemplares integrados no universo da denominada "cultura castreja", amplamente representada nos concelhos circunvizinhos, como, ademais, em toda esta parte da vasta região do Noroeste peninsular.
Uma característica que dificilmente passaria despercebida a alguns pioneiros dos estudos arqueológicos conduzidos em Portugal, especialmente ao longo da segunda metade do século XIX, na esteira de uma tradição já enraizada nas principais capitais europeias, onde a temática arqueológica e, sobretudo, pré-histórica, assumia uma importância crescente e renovada à medida que as suas conclusões contribuíam para o reforçar de agendas políticas muito específicas, fossem de ordem regional, nacional ou, até mesmo, transnacional (Cf. MARTINS, A. C.). Apesar das dificuldades inerentes a uma prospecção agravada pela precariedade de parte significativa das vias e meios de comunicação existentes à época, a verdade é que o interesse pelo entendimento do passado e a procura de uma maior valência social através da identificação, estudo e recolha de artefactos ilustrativos da singularidade e/ou comunhão do arcaísmo de certas áreas do Portugal contemporâneo concorreram para o despertar de consciências para a necessidade de os preservar, divulgando-os nas páginas da imprensa regional e nacional, como forma de transbordar os seus próprios nomes para lá das malhas estreitas das sociedades locais. Não surpreenderá, por conseguinte, que uma figura, como a do coronel Albino dos Santos Pereira Lopo (1860-?) (inspector dos monumentos militares da circunscrição militar do Norte e fundador do Museu Municipal de Bragança), certamente inspirado no exemplo do sacerdote secular, arqueólogo e historiador, de seu nome Francisco Manuel Alves, mais comummente conhecido por Abade Baçal (1865-1947), se embrenhasse no passado brigantino, estudando, entre outros, o caso específico do "Castro de São Brás", já em finais de oitocentos (Cf. LOPO, A. dos S. P., 1900). Localmente mais conhecido por "Torre de D. Chama", em razão da existência lendária, no local, de uma torre habitada durante a medievalidade por D. Chama, o povoado foi construído durante a 2.ª Idade do Ferro no topo de um outeiro sobranceiro à vila do mesmo nome - Torre de D. Chama -, eventualmente sobre um povoado anterior, datado da Idade do Bronze (Cf. SAVORY, H. N., 1951), a comprovar a sua excelente localização, do ponto de vista geoestratégico, porquanto, além de permitir um bom domínio sobre a paisagem circundante, encontra-se numa região particularmente fértil em recursos naturais essenciais à sobrevivência e manutenção de comunidades humanas ao longo dos tempos, a exemplo das potencialidades agrícolas dos terrenos que o circundam, excelentes, ademais, para a actividade do pastoreio. Um posicionamento privilegiado reutilizado a posteriori durante o período da romanização (ademais confirmado pela existência, nas imediações, da "Ponte de Pedra sobre o Rio Tuela"), ao qual não terão sido estranhas as potencialidades da região em termos de extracção de azeite e de vinho. [AMartins] | ||||||||||||
Processo | |||||||||||||
Abrangido em ZEP ou ZP | |||||||||||||
Outra Classificação | |||||||||||||
Nº de Imagens | 2 | ||||||||||||
Nº de Bibliografias | 5 |
TITULO | AUTOR(ES) | TIPO | DATA | LOCAL | OBS. |
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"Noticiário arqueológico 1982", Conímbriga | ENCARNAÇÃO, José d' | Edição | 1982 | Coimbra | n.º 21, pp. 169-204 |
"A Idade do Bronze atlântico no Sudoeste da Europa", Revista de Guimarães | SAVORY, H. N. | Edição | 1951 | Guimarães | vol. 61, pp. 3-4, pp. 323-377 |
"Torre Dona Chama. Ruínas de S. Braz", O Arqueólogo Português | LOPO, Albino dos Santos Pereira | Edição | 1900 | Lisboa | 1.ª série, vol. 5, pp. 279-280 |
A Associação dos Arqueólogos Portugueses na senda da salvaguarda patrimonial. Cem anos de transformação (1863-1963). Texto policopiado. Tese de Doutoramento em Letras. | MARTINS, Ana Cristina | Edição | 2005 | Lisboa | Tese de Doutoramento defendida na Reitoria da Universidade de Lisboa em Junho de 2006. Tese impressa em dois volumes: - I - aparato crítico; - II - aparato iconográfico. |
"Excursão a Torre D. Chama", O Archeologo Portuguez | LOPO, Joaquim de Castro | Edição | 1985 | Lisboa | vol. 9 |
Torre de D. Chama - Vestígios de muralha (DGEMN)
Torre de D. Chama - Vestígios de muralha (DGEMN)