Pesquisa de Património Imóvel

DETALHES

Quinta das Maduras (primitiva Quinta das Tinhozeiras)
Designação
DesignaçãoQuinta das Maduras (primitiva Quinta das Tinhozeiras)
Outras Designações / PesquisasQuinta das Maduras / Quinta das Tinhozeiras (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt)
Categoria / TipologiaArquitectura Civil / Quinta
TipologiaQuinta
CategoriaArquitectura Civil
Inventário Temático
Localização
Divisão AdministrativaLisboa/Loures; Vila Franca de Xira/Santo Antão e São Julião do Tojal; Vialonga
Endereço / Local
RUA LOCAL ZIP REF
- -Quintanilho Número de Polícia:
LATITUDE LONGITUDE
38.86536-9.099405
DistritoLisboa
ConcelhoLoures; Vila Franca de Xira
FreguesiaSanto Antão e São Julião do Tojal; Vialonga
Proteção
Situação ActualClassificado
Categoria de ProtecçãoClassificado como IIP - Imóvel de Interesse Público
CronologiaDecreto n.º 67/97, DR, I Série-B, n.º 301, de 31-12-1997 (ver Decreto)
Edital N.º 59/97 de 28-02-1997 da CM de Vila Franca de Xira
Edital de 25-09-2996 da CM de Loures
Despacho de autorização de 12-08-1996 do Ministro da Cultura
Parecer de 18-06-1996 do Conselho Consultivo do IPPAR a propor a classificação como IIP
Despacho de 27-04-1995 do presidente do IPPAR a determinar a abertura da instrução do processo de classificação
Proposta de classificação de Maio de 1994 das proprietárias
ZEP
Zona "non aedificandi"
CLASS_NAMEConjunto
Património Mundial
Património Mundial Designação
Cadastro
AFECTACAO9914630
Descrição Geral
Nota Histórico-ArtisticaA Quinta das Maduras, que inclui uma zona residencial, uma capela, instalações de cariz utilitário, uma área de lazer e zonas agrícolas, deve o seu nome a José Gonçalves Maduro, detentor da propriedade no século XVIII. A esta centúria deverá remontar, também, o edifício habitacional e a capela, encontrando-se inscrita no lintel do portal de entrada a data de 1767.
A fachada que confina com a rua é seccionada por pilastras que a dividem em três secções: uma primeira com um nicho de volta perfeita a ocupar a totalidade do pano murário, com uma cruz no interior; a segunda aberta por uma janela rectangular com avental de azulejos, e a terceira igualmente aberta por quatro janelas idênticas à anterior. Sobre a cornija e apenas na correspondência deste último pano, ergue-se um outro piso, mais recuado, com três janelas e cornija a formar um frontão triangular sobre o vão central.
Dos lados deste alçado encontra-se uma janela e um portão, este último, de acesso ao pátio interno, com remate de grande dinamismo que contrastam vivamente com a depuração da casa: de verga em arco abatido, é encimado por frontão de aletas de lanços contracurvados, exibindo no tímpano trabalhos de estuque que enquadram um painel de azulejos alusivo a Nossa Senhora do Rosário e, na cartela inferior, a data de 1767. Dois vasos coroam as pilastras laterais. Do lado oposto, que acompanha o declive da rua, observa-se uma varanda gradeada sobre um portão e uma janela inscrita num pano murário encimado por frontão triangular de aletas, enquadrado pelos fogaréus que rematam as pilastras.
A varanda, de acesso pelo interior da casa, é revestida por painéis cerâmicos azuis e brancos, rococós (historiados na parede que confina com a casa e de vasos nas restantes), tal como os bancos que aqui se encontram, também eles com azulejos diversos.
A capela, cuja fachada é profusamente decorada por estuques ao nível do segundo registo, enquadrando a janela central, exibe no seu interior um altar indo-europeu, e no retábulo uma tela alusiva à entrega do Rosário a São Domingos de Gusmão por parte de Nossa Senhora do Rosário. O tecto, em trompe l'oeil, com arquitecturas fingidas, enquadra uma outra representação de Nossa Senhora do Rosário, a quem a capela era dedicada. A mesma iconografia está presente nos azulejos policromados rococó. A sacristia apresenta ainda um interessante altar em talha dourada.
Na casa, ganham especial interesse os vários conjuntos azulejares rococó, azuis e brancos, principalmente os que revestem o hall de entrada, atribuídos a Leopoldo Battistini. Este pintor italiano, que trabalhou na Fábrica Constância, vindo a falecer em 1936, inscreve-se numa corrente historicista e nacionalista, da qual resultou uma obra bastante ecléctica que visava responder às encomendas de uma clientela mais conservadora (MECO, 1985, p. 247).
(Rosário Carvalho)
Processo
Abrangido em ZEP ou ZP
Outra Classificação
Nº de Imagens7
Nº de Bibliografias2

BIBLIOGRAFIA

TITULO AUTOR(ES) TIPO DATA LOCAL OBS.
Azulejos de Lisboa (catálogo da exposição)MECO, JoséEdição1984Lisboa
Azulejaria PortuguesaMECO, JoséEdição1986LisboaLisboa Data do Editor : 1985

IMAGENS

Quinta das Maduras (primitiva Quinta das Tinhozeiras) - Vista geral

Quinta das Maduras (primitiva Quinta das Tinhozeiras) - Portão principal

Quinta das Maduras (primitiva Quinta das Tinhozeiras) - Portão principal: remate com registo de azulejos

Quinta das Maduras (primitiva Quinta das Tinhozeiras) - Nicho com cruzeiro integrado no muro principal da quinta

Quinta das Maduras (primitiva Quinta das Tinhozeiras) - Fachada lateral (voltado à via pública) do edifício principal

Quinta das Maduras (primitiva Quinta das Tinhozeiras) - Planta com a delimitação e a ZGP em vigor

Quinta das Maduras (primitiva Quinta das Tinhozeiras) - Fachada lateral (voltada à via pública) do edifício residencial

MAPA

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