Pesquisa de Património Imóvel

DETALHES

Anta do Alcogulo III
Designação
DesignaçãoAnta do Alcogulo III
Outras Designações / PesquisasAnta 3 do Alcogulo / Anta do Alcogulo III / Anta do Milhar do Cabeço V (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt) / (Ver Ficha em www.arqueologia.patrimoniocultural.pt) / (Ver Ficha em www.matriznet.dgpc.pt )
Categoria / TipologiaArqueologia / Anta
TipologiaAnta
CategoriaArqueologia
Inventário Temático
Localização
Divisão AdministrativaPortalegre/Castelo de Vide/São João Baptista
Endereço / Local
RUA LOCAL ZIP REF
Coutada de AlcoguloAlcogulo / Marrada Número de Polícia:
LATITUDE LONGITUDE
39.409008-7.527096
DistritoPortalegre
ConcelhoCastelo de Vide
FreguesiaSão João Baptista
Proteção
Situação ActualClassificado
Categoria de ProtecçãoClassificado como IIP - Imóvel de Interesse Público
CronologiaDecreto n.º 67/97, DR, I Série-B, n.º 301, de 31-12-1997 (ver Decreto)
ZEP
Zona "non aedificandi"
CLASS_NAMESítio
Património Mundial
Património Mundial Designação
Cadastro
AFECTACAO22051577
Descrição Geral
Nota Histórico-ArtisticaSítio
A Anta do Alcogulo III localiza-se na Coutada do Alcogulo, freguesia de São João Baptista, concelho de Castelo de Vide. Encontra-se sensivelmente a 6,5 km a oeste da sede do concelho. Implanta-se em vale, a cerca de 340 da margem direita da Ribeira de Nisa.
Integra a designada Necrópole Megalítica do Alcogulo constituída por três monumentos (ver Antas da Coutada do Alcogulo e Alcogulo II), mas que, no século XIX, ainda conservava um conjunto de cinco antas. O elevado grau de destruição impede o reconhecimento seguro da sua tipologia, podendo apenas afirmar-se que possui uma câmara sepulcral bastante grande, possivelmente poligonal, com cerca de 4 metros de diâmetro. O número de esteios que a delimitam também não é claro mas, provavelmente, perfazeriam sete. Seis estão tombados e fraturados no espaço da câmara. A laje de cobertura está ausente, se bem que uma intervenção no final do século passado, dirigida por Joaquim Carvalho tenha detetado uma com atributos passiveis de desempenhar essa função. O corredor de acesso não foi identificado, mas persistem alguns indícios da mamoa ou tumulus. As dimensões da câmara e dos ortóstatos indicam que consistiria um dos monumentos mais expressivos da região.
História
A edificação da Anta do Alcogulo III baliza-se genericamente entre o último quartel do 4º milénio e meados do 3º milénio a.n.e. (Neolítico Final, Calcolítico), embora o espólio exumado indique uma longa diacronia que atinge a Idade do Bronze, certamente num episódio de revisitação. Destaca-se a recolha de enxós, uma placa de xisto e um báculo, assim como, fragmentos de vasos carenados de tipo Atalaia.
São conhecidas referências documentais a monumentos megalíticos na bacia hidrográfica do Rio Sever desde 1489, constando nas Ordenanzas del Concejo de Valencia de Alcantara onde assumem a função de marcos territoriais. No entanto, torna-se quase impossível reconhecer as mencionadas.
A primeira menção publicada relativa à Anta em apreciação deve-se a Pereira da Costa no estudo Noções sobre o estado pré-histórico da terra e do homem seguidas da descripção de alguns dolmins ou antas de Portugal, que a escavou, em1868. O conjunto artefactual reunido nesta ação, composto por três machados e uma pedra de afiar está, atualmente, desaparecido. Em 1924 regista-se outra menção na monografia Terras de Odiana da autoria de Possidónio Coelho. Mereceu, igualmente, a atenção de George e Vera Leisner, sendo aludida na publicação de 1959, Die Megalithgraber der Iberischen Halbinsel: der Westen. Foram realizadas escavações, em 1981, pelo Grupo de Arqueologia de Castelo de Vide, e em 1997, Joaquim Carvalho procede a uma intervenção arqueológica que se concentrou essencialmente em trabalhos de limpeza.
Ana Vale
DGPC, 2020
Processo
Abrangido em ZEP ou ZP
Outra Classificação
Nº de Imagens0
Nº de Bibliografias8

BIBLIOGRAFIA

TITULO AUTOR(ES) TIPO DATA LOCAL OBS.
Carta Arqueológica do Concelho de Castelo de VideRODRIGUES, Maria da Conceição MonteiroEdição1975Lisboa130 est. + 1 mapa, il. Publicado a 1975
"Die Megalithgraber der Iberischen Halbinsel: der Westen", Madrider ForschungenLEISNER, Georg KlausEdição1959Berlim
"Die Megalithgraber der Iberischen Halbinsel: der Westen", Madrider ForschungenLEISNER, VeraEdição1959Berlim
"Monumentos megalíticos da bacia hidrográfica do Rio Sever", IBN MARUÁNOLIVEIRA, Jorge deEdição1997Marvãon.º 7, p. 774
Noções sobre o estado préhistórico da terra e do homem seguidas da descripção de alguns dolmins ou antas de PortugalCOSTA, Francisco A. Pereira daEdição1868Lisboap. 90
Portugal, 1001 sights an archaeological an historical guide (University of Calgary, Alberta, Canadá)ANDERSON, James M.Edição1994London
Portugal, 1001 sights an archaeological an historical guide (University of Calgary, Alberta, Canadá)LEA, M. SheridenEdição1994London
"O megalitismo no concelho de Castelo de Vide ", Actas das 1ªs Jornadas de Arqueologia do Nordeste Alentejano-Edição1987Coimbra
Sobre os pequenos vasos carenados do Megalitismo alto-alentejano: questões morfológicas e cronologia. In VIII Jornadas de Jovens em Investigação Arqueológica ¿ JIA 2015. Entre a Ciência e a Cultura: da Interdisciplinaridade à Transversalidade da ArquANDRADE, Marco AntónioEdição2016Lisboa
Estudo dos Recipientes Cerâmicos dos Monumentos MegalíticosPAROLEIRO, Ana Emília BarrosEdição2016Dissertação realizada no âmbito do Mestrado em Pré-história, Faculdade de letras da Universidade do Porto

IMAGENS

MAPA

Abrir

Palácio Nacional da Ajuda
1349-021 Lisboa
T.: +351 21 361 42 00
NIF 600 084 914
dgpc@dgpc.pt