Pesquisa de Património Imóvel

DETALHES

Muralha seiscentista de Faro (troços)
Designação
DesignaçãoMuralha seiscentista de Faro (troços)
Outras Designações / PesquisasCerca seiscentista de Faro (troços) / Cerca Seiscentista / Muralha Seiscentista / Frente Fortificada de Faro (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt)
Categoria / TipologiaArquitectura Militar / Cerca
TipologiaCerca
CategoriaArquitectura Militar
Inventário Temático
Localização
Divisão AdministrativaFaro/Faro/Faro (Sé e São Pedro)
Endereço / Local
RUA LOCAL ZIP REF
Rua de LouléFaro Número de Polícia: 2-4
Rua Dr. Pereira de SousaFaro Número de Polícia:
Largo do Pé da CruzFaro Número de Polícia:
LATITUDE LONGITUDE
37.01476-7.929776
DistritoFaro
ConcelhoFaro
FreguesiaFaro (Sé e São Pedro)
Proteção
Situação ActualClassificado
Categoria de ProtecçãoClassificado como IIP - Imóvel de Interesse Público
CronologiaDecreto n.º 67/97, DR, I Série-B, n.º 301, de 31-12-1997 (ver Decreto)
ZEP
Zona "non aedificandi"
CLASS_NAMEConjunto
Património Mundial
Património Mundial Designação
Cadastro
AFECTACAO12707538
Descrição Geral
Nota Histórico-ArtisticaFoi em 1660, nos últimos anos da Guerra da Restauração, que o Governador Militar do Algarve, Martim Correia da Silva, ordenou que se edificasse uma cerca muralhada em torno de Faro, para proteger a cidade de eventuais ataques do exército espanhol pelo lado de terra.
Composta por "seis fachadas que integravam cinco baluartes e dois meios-baluartes com extensas linhas de tiro", a cerca abrangia um perímetro com mais de 2800 metros, protegendo "os conventos e edifícios notáveis da cidade" (LOBO, 2006, p. 47).
Na realidade, e embora a Coroa portuguesa tivesse investido numa renovação da defesa costeira no período pós-Restauração, o Algarve e as suas fortalezas foram "esquecidos", sendo "verdadeiramente lamentável o estado em que encontravam durante a Guerra da Restauração as defesas costeiras desta região" (C.P.Calisto, in MOREIRA, 1986, p. 80).
Por isso, a cerca muralha de Faro é um dos poucos exemplares da arquitectura militar da Restauração em território algarvio. Devido à urgência da necessidade de defesa da cidade, que os militares locais defendiam ser da maior importância, e talvez também à escassez de meios financeiros, "o muro, com pelo menos quatro metros de altura, e provavelmente, a estrutura interior em terra - o reparo, nunca foi concluído" (LOBO, 2006, p. 47), pelo que em meados da centúria seguinte, e com os estragos provocados pelo terramoto de 1755, os baluartes estavam já muito deteriorados, conforme confirmam as Memórias Paroquiais de 1758. Durante as Guerras Liberais a estrutura da cerca foi reforçada, o que não impediu que voltasse a danificar-se.
Actualmente, subsistem metade das estruturas de três baluartes, e alguns vestígios arqueológicos de outro baluarte, assim como um troço do pano de muralhas, ao qual o crescimento da cidade durante os séculos XIX e XX trouxe alterações profundas que destruíram irremediavelmente a sua linha de implantação, com a abertura de vias e a edificação de casas adossadas à cortina.
Catarina Oliveira
DIDA/IGESPAR,I.P./ Junho de 2008
Processo
Abrangido em ZEP ou ZPCeleiro na cerca do Convento de São Francisco
Outra Classificação
Nº de Imagens2
Nº de Bibliografias7

BIBLIOGRAFIA

TITULO AUTOR(ES) TIPO DATA LOCAL OBS.
Faro. Edificações NotáveisLAMEIRA, FranciscoEdição1995Faro
"Do rigor teórico à urgência prática: a arquitectura militar", História da Arte em Portugal, vol. 8MOREIRA, RafaelEdição1986Lisboa
Faro, evolução urbana e patrimónioPAULA, Rui MendesEdição1993Faro
Faro, evolução urbana e patrimónioPAULA, Frederico MendesEdição1993Faro
Algarve - Castelos, Cercas e FortalezasMAGALHÃES, NatérciaEdição2008Faro
"O sistema defensivo da cidade", Monumentos, nº 24LOBO, Francisco de SousaEdição2006Lisboa
Cartas dos governadores do Algarve (1638-1663)IRIA, AlbertoEdição1978Lisboa
A cerca seiscentistaLAMEIRA, FranciscoEdição1996FaroDesdobrável

IMAGENS

Muralha seiscentista de Faro - Vista parcial de um dos troços

Muralha seiscentista de Faro - Vista geral de um dos troços conservados

MAPA

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