Pesquisa de Património Imóvel

DETALHES

Igreja Paroquial de Soutelinho da Raia e fonte medieval próxima
Designação
DesignaçãoIgreja Paroquial de Soutelinho da Raia e fonte medieval próxima
Outras Designações / PesquisasIgreja Paroquial de Soutelinho da Raia / Igreja de Santo António (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt)
Categoria / TipologiaArquitectura Religiosa / Igreja
TipologiaIgreja
CategoriaArquitectura Religiosa
Inventário Temático
Localização
Divisão AdministrativaVila Real/Chaves/Calvão e Soutelinho da Raia
Endereço / Local
RUA LOCAL ZIP REF
-- -Soutelinho da Raia Número de Polícia:
LATITUDE LONGITUDE
41.828777-7.575353
DistritoVila Real
ConcelhoChaves
FreguesiaCalvão e Soutelinho da Raia
Proteção
Situação ActualClassificado
Categoria de ProtecçãoClassificado como IIP - Imóvel de Interesse Público
CronologiaPortaria n.º 443/2006, DR, II Série, n.º 49, de 9-03-2006 (ver Portaria)
ZEP
Zona "non aedificandi"
CLASS_NAMEConjunto
Património Mundial
Património Mundial Designação
Cadastro
AFECTACAO12699926
Descrição Geral
Nota Histórico-ArtisticaConstituindo um dos seis concelhos da região do 'Alto Tâmega', Chaves testemunha origens muito remotas, conquanto predominem os correspondentes à Idade do Ferro (a exemplo dos povoados fortificados de altura) e do período romano, ao qual remontam diversas tipos construtivos, nomeadamente no que diz respeito ao sistema viário, numa evidência da da localização estratégica da região e da própria fertilidade dos solos, riqueza termal e abundância mineral dos subsolos.
Antiga e imponente Aqua Flaviae romana, pontuada de obras arquitectónicas características de uma urbe da sua importância, Chaves acumulou valências ao longo dos tempos, embora a sua imponência declinasse a partir do século III, mormente com as denominadas "invasões bárbaras", que ditaram a destruição quase total da cidade romana, agravada durante a presença moura, com as intermináveis incursões bélicas e a consequente fuga populacional para as montanhas, até que, já no século XI, D. Afonso III (848-912), o 'Magno', de Castela, a reconquistou, ordenando a sua reconstrução e repovoamento. Chaves, porém, integraria 'Portugal' apenas em 1160.
Este quadro de permanente instabilidade era, contudo, compreensível perante a sua condição fronteiriça, que justificou o levantamento, por ordem de D. Dinis (1261-1325), do extenso sistema defensivo ainda hoje parcialmente visível na cidade, fortalecido no reinado de D. Afonso III (1210-1279), com a doação do principal instrumento de autonomia concelhia - ao mesmo tempo que de incentivo ao repovoamento -, ou seja, o foral, confirmado no reinado de D. Afonso IV (1291-1357) e renovado por D. Manuel I (1469-1521), em 1514. Uma pacificação que permitiu conduzir um crescente número de campanhas de obras, do qual resultou a construção de múltiplos edifícios que renovaram a cidade e lhe reconcederam a voltaram a dotar a monumentalidade há muito perdida e/ou esquecida, ainda que as contendas militares acabassem por devastar pontualmente as suas terras até ao século XIX.
De entre as inúmeras freguesias que compõem, na actualidade, o concelho de Chaves, faz parte Soutelinho da Raia, que, como o próprio nome indica, se situa na zona fronteiriça, entre Portugal e Espanha, caracterizando-se pelos bosques densos e cerrados dos seus limites, integrando um dos caminhos portugueses de peregrinação a Santiago de Compostela.
Povoação de típicas e antigas construções graníticas, Soutelinho da Raia dispõe de alguns monumentos interessantes do ponto de vista, quer histórico, quer artístico. Disto é bem um exemplo a igreja paroquial, edifício consagrado a Santa Bárbara e erguido entre os séculos XVII e XVIII, inscrevendo-se, por conseguinte, na gramática construtitva e decorativa barroca.
O alçado principal é encimado por nicho com imagem granítica e torre sineira de dupla ventana. No interior, deste robusto templo de pequenas dimensões, de nave única, sobressaem os fragmentos dos frescos que cobririam as paredes (a relembrar a primitiva feição renascentista da igreja), assim como a talha policroma dos altares mor e laterais, como policromado é o seu tecto de madeira.
Associada à classificação da igreja, encontra-se a fonte medieval de cobertura de duas águas que se ergue nas suas proximidades, similar a outras denominadas "fontes de chafurdo" (ou "de mergulho") existentes nesta região do país.
[AMartins]
Processo
Abrangido em ZEP ou ZP
Outra Classificação
Nº de Imagens3
Nº de Bibliografias9

BIBLIOGRAFIA

TITULO AUTOR(ES) TIPO DATA LOCAL OBS.
Levantamento Arqueológico do Concelho de Chaves, relatórios anuais de actividadesTEIXEIRA, Ricardo Jorge Coelho Marques AbrantesEdição1992Chaves
Levantamento Arqueológico do Concelho de Chaves, relatórios anuais de actividadesAMARAL, PauloEdição1992Chaves
Visita a Castros nos arredores de ChavesMONTALVÃO, AntónioEdição1971Chavespp. 13-17
Os castros do concelho de ChavesMARTINS, João BaptistaEdição1993Chavesp. 40
"Vias romanas das regiões de Chaves e Bragança", Revista de GuimarãesBARRADAS, Lereno AntunesEdição1956Guimarãesvol. 66, n.ºs 1-2, pp.159-240
De Aquae Flaviae a Chaves. Povoamento e organização do território entre a Antiguidade e a Idade Média, Dissertação de Mestrado apresentada à Faculdade de Letras da Universidade do PortoTEIXEIRA, Ricardo Jorge Coelho Marques AbrantesEdição1996Porto
Inventário de sítios com interesse arqueológico do Concelho de ChavesMARTINS, João BaptistaEdição1984Chaves
Caminhos portugueses de peregrinação a Santiago - Itinerários portuguesesTÉRRON, Angêles GarciaEdição1995Galicia
Caminhos portugueses de peregrinação a Santiago - Itinerários portuguesesPORTUGAL, JoséEdição1995Galicia
"Chaves", Tesouros Artísticos de PortugalALMEIDA, José António Ferreira deEdição1976Lisboap. 198-199
Guia de Portugal, Trás-os-Montes e Alto Douro, I - Vila Real, Chaves e BarrosoObra

IMAGENS

Igreja Paroquial de Soutelinho da Raia - Interior: nave e capela-mor

Igreja Paroquial de Soutelinho da Raia - Fachada principal com portal de volta perfeita e campanário

Igreja Paroquial de Soutelinho da Raia - Fachada principal

MAPA

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