Pesquisa de Património Imóvel

DETALHES

Povoado castrejo de Álvora
Designação
DesignaçãoPovoado castrejo de Álvora
Outras Designações / PesquisasPovoado castrejo de Alvora / Povoado castrejo de Álvora (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt)
Categoria / TipologiaArqueologia / Povoado
TipologiaPovoado
CategoriaArqueologia
Inventário Temático
Localização
Divisão AdministrativaViana do Castelo/Arcos de Valdevez/Alvora e Loureda
Endereço / Local
RUA LOCAL ZIP REF
- -Alvora Número de Polícia:
LATITUDE LONGITUDE
41.938639-8.450391
DistritoViana do Castelo
ConcelhoArcos de Valdevez
FreguesiaAlvora e Loureda
Proteção
Situação ActualClassificado
Categoria de ProtecçãoClassificado como IIP - Imóvel de Interesse Público
CronologiaDecreto n.º 29/90, DR, I Série, n.º 163, de 17-07-1990 (ver Decreto)
ZEP
Zona "non aedificandi"
CLASS_NAMESítio
Património Mundial
Património Mundial Designação
Cadastro
AFECTACAO12707538
Descrição Geral
Nota Histórico-ArtisticaOs dados bibliográficos coligidos até ao momento permitem afirmar que a primeira indicação sobre a presença de um povoado fortificado no topo de um maciço granítico com quase trezentos metros de altura, sobranceiro ao vale de Vez, reporta-se aos primeiros anos da década de noventa do século XIX, numa altura em que a temática castreja ganhava grande popularidade entre os investigadores locais, inspirados que estariam nas primeiras explorações de carácter sistemático conduzidas pelo conhecido estudioso vimarenense, Francisco Martins de G. M. Sarmento (1833-1899), que tanto se embrenhou nas questões da celticidade e pré-celticidade dos seus testemunhos.
Com efeito, foi graças à iniciativa do "correspondente efectivo" da (então ainda) Real Associação dos Architectos Civis e Archeologos Portuguezes, Félix Alves Pereira (?-1915), que o "Povoado castrejo de Alvora" foi identificado e preservado mediante a sua classificação como "monumento nacional", integrando, desde logo, a primeira grande lista de classificações decretada em 1910 com base nos pareceres emitidos pelo Conselho Superior de Monumentos Nacionaes, o que revelava bem a importância da qual se iam revestindo os estudos arqueológicos entre nós, mesmo que tardiamente, quando os comparamos ao cenário europeu que predominava nas principais capitais europeias de então.
Inicialmente erguido no Bronze Final, a maior parte dos vestígios visíveis reporta-se ao segundo nível de ocupação do sítio, correspondente à Idade do Ferro, da qual data o complexo sistema defensivo que o dotava.
Aproveitando, como sucede noutros povoados congéneres do Noroeste peninsular, as condições naturais de defesa proporcionadas pelo próprio terreno em que se encontra implantado, estabeleceu-se uma malha defensável constituída, basicamente, por uma muralha intercalada por duas escarpas (algumas superfícies das quais exibindo "fossetes") e um socalco. E, tal como ocorre noutros arqueossítios da mesma tipologia, é no topo da zona delimitada pelo recinto muralhado que se reconheceu a presença de estruturas domésticas de planta predominantemente circular. Não obstante as múltiplas explorações clandestinas a que foi sujeito durante largo tempo o seu perímetro, certamente em busca de "tesouros" escondidos, ainda foi possível recolher algum material datável destes dois primeiros momentos, dos quais constam alguns líticos, artefactos metálicos e, sobretudo, abundantes fragmentos de cerâmica.
Também neste povoado se exumaram materiais que comprovam a ocorrência de uma terceira ocupação, já durante o período de ocupação romana do actual território português, ainda que a sua localização não fosse propriamente privilegiada em termos de domínio visual sobre a paisagem envolvente. Esta terceira conjuntura encontra-se bem documentada por fragmentos de cerâmica fina e de numerosos exemplares numismáticos, embora não sejam abundantes os vestígios de material de construção romano, bastante presentes noutros povoados de altura da região, como tegulae e imbrices, dada, possivelmente, as dimensões, algo limitadas, do povoado, quando equiparado a outros da mesma região.
[AMartins]
Processo
Abrangido em ZEP ou ZP
Outra Classificação
Nº de Imagens0
Nº de Bibliografias10

BIBLIOGRAFIA

TITULO AUTOR(ES) TIPO DATA LOCAL OBS.
"Rascunho de velharias de Entre Lima e Minho", O Arqueólogo PortuguêsPEREIRA, Félix AlvesEdição1924Lisboa1.ª série: 26, pp. 251-282
"Uma fíbula do Castro de Álvora (Arcos de Valdevez)", Actas do 6º Colóquio Portuense de ArqueologiaPONTE, Salete daEdição1987Porto
A Cultura Castreja no Noroeste de PortugalSILVA, Armando Coelho Ferreira daEdição1986Paços de Ferreira
"O molde de foice de talão do Castro de Álvora", Cadernos de ArqueologiaBETTENCOURT, Ana Maria dos SantosEdição1988Braga2.ª série: 5, pp. 155-162
"Adenda à notícia explicativa da Carta Geológica de Portugal, folha 1-D (Arcos de Valdevez)", Terra de Val de VezBAPTISTA, António MartinhoEdição1986Arcos de Valdevez9, pp. 97-106
"Justificação de um cadastro de monumentos arqueológicos para o estudo da Arqueologia do Alto Minho", Anuário do Distrito de Viana do CasteloVIANA, AbelEdição1932Viana do Castelo1, pp. 154-167
"O castro de Álvora II (subsídios para o seu estudo)", Terra de Val de VezGOMES, Carlos de AguiarEdição1980Arcos de Valdevez1, pp. 84-102.
"O castro de Álvora III - (subsídio para o seu estudo)", Terra de Val de VezGOMES, Carlos de AguiarEdição1981Arcos de Valdevez2, pp. 47-51
"O castro de Alvora (subsídios para o seu estudo)", Cadernos VianensesGOMES, Carlos de AguiarEdição1979Viana do Castelo3, pp. 161-175
"Aspectos da Cultura Castreja no Alto Minho", Sep. Rev. CaminianaALVES, LourençoEdição1980Caminhan.º 3

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