Quinta do Campo, antiga Granja do Valado | |||||||||||||
Designação | |||||||||||||
Designação | Quinta do Campo, antiga Granja do Valado | ||||||||||||
Outras Designações / Pesquisas | Quinta do Campo / Granja do Campo (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt) | ||||||||||||
Categoria / Tipologia | Arquitectura Civil / Quinta | ||||||||||||
Tipologia | Quinta | ||||||||||||
Categoria | Arquitectura Civil | ||||||||||||
Inventário Temático | |||||||||||||
Localização | |||||||||||||
Divisão Administrativa | Leiria/Nazaré/Valado dos Frades | ||||||||||||
Endereço / Local |
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Distrito | Leiria | ||||||||||||
Concelho | Nazaré | ||||||||||||
Freguesia | Valado dos Frades | ||||||||||||
Proteção | |||||||||||||
Situação Actual | Classificado | ||||||||||||
Categoria de Protecção | Classificado como IIP - Imóvel de Interesse Público | ||||||||||||
Cronologia | Portaria n.º 1276/2005, DR, II Série, n.º 243, de 21-12-2005 (ver Portaria) Edital N.º 145/2003 de 28-10-2003 da CM da Nazaré Despacho de homologação de 26-05-2003 do Ministro da Cultura Parecer favorável de 7-05-2003 do Conselho Consultivo do IPPAR Proposta de 23-10-2001 da DR de Lisboa do IPPAR para a classificação como IIP Edital N.º 123/99 de 26-11-1999 da CM da Nazaré Despacho de abertura de 13-08-1998 do vice-presidente do IPPAR Proposta de 10-07-1998 da DR de Lisboa do IPPAR para a abertura da instrução de processo de classificação Nova proposta de classificação, de 16-06-1998 da proprietário Proposta de classificação de 2-04-1993 da proprietária | ||||||||||||
ZEP | |||||||||||||
Zona "non aedificandi" | |||||||||||||
CLASS_NAME | Conjunto | ||||||||||||
Património Mundial | |||||||||||||
Património Mundial Designação | |||||||||||||
Cadastro | |||||||||||||
AFECTACAO | 181504 | ||||||||||||
Descrição Geral | |||||||||||||
Nota Histórico-Artistica | Embora muito alterada ao longo dos séculos, devido às necessárias actualizações técnicas, a Quinta do Campo é a única granja do Mosteiro de Alcobaça que perdurou, conservando-se até aos nossos dias (cf. Paulo Martins, Proc. de Class., IPPAR/DRL). As construções que hoje aí se observam remontam a períodos distintos, mas à excepção da casa de habitação e de outras edificações mais recentes, o conjunto de cariz utilitário é o que servia os monges em 1834, apenas tendo sido objecto de intervenções de restauro. As origens desta vasta área cultivável conhecida como Granja do Valado está documentada desde o século XIII, fazendo-se recuar a instalação dos religiosos cistercienses ao final da centúria anterior (PEDRO; JOSÉ; SOUSA, 1988). A presença dos monges brancos, com os seus consideráveis conhecimentos agrícolas e de hidráulica, permitiu desenvolver toda esta vasta propriedade. Para tal, foi drenado o paúl do Valado, e mais tarde, já no âmbito das reformas pombalinas, o trabalho foi continuado por Frei Manuel de Mendonça, o que possibilitou o aumento da área a cultivar, facto que, muito possivelmente, estava na origem da alteração do nome de Granja do Valado para Quinta do Campo (NATIVIDADE, 1944, p. 50; Paulo Martins, Proc. de Class., IPPAR/DRL). No século XIV a Quinta funcionava já como Escola de Hidráulica Agrícola, e os colonos que trabalhavam nos coutos eram instruídos sobre a melhor forma de o fazerem, sendo-lhes fornecidos os equipamentos e sementes necessários. Assim se manteria até à extinção dos conventos, embora dos edifícios medievais pouco ou nada reste, uma vez que a intervenção pombalina veio melhorar os anteriores equipamentos. Desta vertente agrícola da Quinta são testemunho os edifícios que formam o pátio, desenhando um U fechado pela actual casa de habitação. Trata-se da adega, dos celeiros e das cavalariças, que se pautam por uma arquitectura depurada, com fachadas marcadas pela abertura de janelas de linhas rectas e portas de verga curva, sem qualquer decoração, e acesso ao andar superior por escadas externas. Os monges que permaneciam na Quinta viviam, certamente, no convento de reduzidas dimensões que se erguia onde hoje está a casa, dispondo ainda de uma pequena capela. Pouco se sabe sobre a ocupação destes dois espaços, a não ser que, em meados do século XIX se encontravam em ruínas. Ou pelo menos assim o terá entendido o proprietário, o espanhol Manuel Yglésias que, depois da extinção das ordens religiosas, mandou demolir o edifício conventual e o templo. Em sua substituição ergueu, cerca de 1850/60, a casa de habitação, sob a orientação de um técnico francês sobre o qual não se conhecem mais dados (Paulo Martins, Proc. de Class., IPPAR/DRL). De planta rectangular, a casa apresenta uma longa fachada caracterizada pela simetria na abertura dos vãos de ambos os pisos - janelas de linhas rectas que alternam com três portas no piso térreo e apenas janelas no andar superior. Ao centro, e a marcar o eixo, uma mansarda. No alçado posterior, mantém-se a mesma simetria, abrindo-se para um jardim onde se encontra uma construção circular que é um miradouro com vista sobre a várzea. Actualmente a funcionar como Turismo de Habitação, foi necessário acrescentar e remodelar, a Sul, algumas dependências da Quinta para melhor cumprir as suas novas funções. Procurou-se, no entanto, conservar a estrutura espacial, orgânica e funcional cisterciense, sendo que o sistema hidráulico de controlo das marés e da salubridade das águas se mantém em aparente bom estado (IDEM). (Rosário Carvalho) | ||||||||||||
Processo | |||||||||||||
Abrangido em ZEP ou ZP | |||||||||||||
Outra Classificação | |||||||||||||
Nº de Imagens | 17 | ||||||||||||
Nº de Bibliografias | 4 |
TITULO | AUTOR(ES) | TIPO | DATA | LOCAL | OBS. |
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Mosteiro e coutos de Alcobaça | NATIVIDADE, M. Vieira | Edição | 1960 | Alcobaça | |
Valado dos Frades do séc. XII ao séc. XX | JOSÉ, Aurélio | Edição | 1988 | Valado dos Frades | |
Valado dos Frades do séc. XII ao séc. XX | SOUSA, Rodrigues de | Edição | 1988 | Valado dos Frades | |
Valado dos Frades do séc. XII ao séc. XX | PEDRO, Sérgio Leal | Edição | 1988 | Valado dos Frades | |
"As Granjas do Mosteiro de Alcobaça", Boletim da Junta de Província da Estremadura, série II, n.º 5 | NATIVIDADE, J. Vieira | Edição | 1944 | ||
O património do Mosteiro de Alcobaça nos séculos XIV e XV | GONÇALVES, Iria | Edição | 1989 | Lisboa |
Quinta do Campo - Planta de localização do imóvel e respectiva zona de protecção / IPPAR-DRL
Quinta do Campo - Edifícios da ala poente, recuperados para novas funcionalidades
Quinta do Campo - Vista da várzea do Valado (terrenos drenados pelos frades que ocupavam a Granja do Valado)
Quinta do Campo - Interior da casa de habitação: pormenor de uma lareira
Quinta do Campo - Edifícios agrícolas, dispostos em "U" em torno do pátio
Quinta do Campo - Portão de acesso
Quinta do Campo - Interior da adega
Quinta do Campo - Fachada principal da casa de habitação (voltada ao pátio central
Quinta do Campo - Fachada posterior da casa de habitação e jardim
Quinta do Campo - Edifício de habitação visto de leste
Quinta do Campo - Vista aérea
Quinta do Campo - Canto de ligação entre as alas ocidental e norte, viradas ao pátio central
Quinta do Campo - Fachada da ala ocidental, virada ao pátio central
Quinta do Campo - Fachada da ala oriental virada para o pátio central
Quinta do Campo - Edifício de habitação visto de ocidente (fachada posterior)
Quinta do Campo - Fachada do edifício de habitação, virada para o pátio central
Quinta do Campo - Vista áerea