Pesquisa de Património Imóvel

DETALHES

Quinta do Morais
Designação
DesignaçãoQuinta do Morais
Outras Designações / PesquisasQuinta dos Morais
Quinta Manuelina / Quinta do Morais / Quinta Manuelina (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt)
Categoria / TipologiaArquitectura Civil / Quinta
TipologiaQuinta
CategoriaArquitectura Civil
Inventário Temático
Localização
Divisão AdministrativaFaro/Portimão/Portimão
Endereço / Local
RUA LOCAL ZIP REF
Quinta do MoraisPortimão Número de Polícia:
LATITUDE LONGITUDE
DistritoFaro
ConcelhoPortimão
FreguesiaPortimão
Proteção
Situação ActualProcedimento caducado - sem protecção legal
Categoria de ProtecçãoNão aplicável
CronologiaProcedimento caducado nos termos do artigo 78.º do Decreto-Lei n.º 309/2009, DR, 1.ª série, N.º 206 de 23-10-2009 (ver Diploma)
ZEP
Zona "non aedificandi"
CLASS_NAMEConjunto
Património Mundial
Património Mundial Designação
Cadastro
AFECTACAO12707538
Descrição Geral
Nota Histórico-ArtisticaVila Nova de Portimão teve foral manuelino, dado em 1504, e plenamente justificado pelo nível de desenvolvimento económico então atingido pela povoação, de evidente vocação marítima. No mesmo ano, o monarca faz de Portimão terra condal, outorgando o título de primeiro conde a D. Martinho de Castelo Branco.
O novo município quinhentista, cuja expansão urbana ainda hoje se adivinha no traçado da zona mais antiga, não se notabilizaria pela grandiosidade da sua arquitectura. Porém, a cidade actual revela ainda alguns vestígios de singelas construções da primeira metade do século XVI, aqui e ali enobrecidas por uma moldura ou pormenor de cantaria lavrada.
Assim acontece com a casa da Quinta do Morais (ou dos Morais), também conhecida por Quinta Manuelina, ainda que o actual estado de ruína do imóvel mal permita imaginar a sua feição original. A quinta, hoje urbanizada, ficava muito próxima do núcleo quinhentista de Portimão. Da primitiva casa de habitação resta essencialmente o corpo principal, totalmente devoluto. É composto por uma estrutura térrea de planta rectangular, do tipo dos tradicionais montes dos Sul do país, com cobertura de telha, acrescentada de dois corpos mais elevados. Um destes, de planta quadrada, e adossado a Norte, configurava um torreão alto, coberto por telhado de quatro águas e com proporções que permitiam evocar a suposta datação quinhentista. Porém, este torreão foi demolido em 2000, perdendo-se assim um dos mais interessantes elementos estéticos do conjunto.
O último corpo levanta-se no centro da estrutura principal, e era ligeiramente avançado em relação ao torreão. Possui cobertura em telhado de duas águas, e sob a empena triangular destaca-se a janela, de verga trilobada, e pintada de azul, que parece constituir o mais característico elemento manuelino do imóvel (e o único ainda reconhecível). No vão interior existem ainda dois bancos-conversadeiras, com assentos de cantaria, certamente contemporâneos da ombreira. Os vãos do corpo térreo são de verga recta, sem qualquer elemento decorativo, mas os perdidos janelões do torreão teriam igualmente cantarias quinhentistas, pintadas no mesmo azul.
Embora em avançado estado de degradação, no final da década de noventa do século XX era ainda possível encontrar nesta casa algumas das suas características originais, que justificavam a tentativa de lhe conceder protecção legal. A perda do torreão soma-se ao acentuar do estado de ruína, hoje quase total, e ainda ao avanço das urbanizações contíguas, que nos últimos anos cercaram o imóvel, ocasionando a perda de qualquer vestígio da primitiva ambiência rural, e prejudicando imensamente a leitura do conjunto. SML
Processo
Abrangido em ZEP ou ZP
Outra Classificação
Nº de Imagens0
Nº de Bibliografias2

BIBLIOGRAFIA

TITULO AUTOR(ES) TIPO DATA LOCAL OBS.
PortimãoVENTURA, Maria da Graça MateusEdição1993Lisboa
PortimãoMARQUES, Maria da Graça MaiaEdição1993Lisboa
"Decoração arquitectónica manuelina na região de Silves (séculos XV-XVI)", Revista Xelb, nº3, 1996, pp.79-142RAMOS, Manuel Francisco CasteloEdição1996Silves

IMAGENS

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