Capela de São João Baptista | |||||||||||||
Designação | |||||||||||||
Designação | Capela de São João Baptista | ||||||||||||
Outras Designações / Pesquisas | Ermida de São João Baptista / Capela de São João Baptista (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt) | ||||||||||||
Categoria / Tipologia | Arquitectura Religiosa / Capela | ||||||||||||
Tipologia | Capela | ||||||||||||
Categoria | Arquitectura Religiosa | ||||||||||||
Inventário Temático | |||||||||||||
Localização | |||||||||||||
Divisão Administrativa | Faro/Lagos/São Gonçalo de Lagos | ||||||||||||
Endereço / Local |
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Distrito | Faro | ||||||||||||
Concelho | Lagos | ||||||||||||
Freguesia | São Gonçalo de Lagos | ||||||||||||
Proteção | |||||||||||||
Situação Actual | Procedimento encerrado / arquivado - sem protecção legal | ||||||||||||
Categoria de Protecção | Não aplicável | ||||||||||||
Cronologia | Despacho de revogação de 7-10-2010 do director do IGESPAR, I.P. Proposta de arquivamento de 17-09-2010 da DRC do Algarve, por não ter valor nacional Parecer de 20-02-2003 do Conselho Consultivo do IPPAR a propor a classificação como VC Despacho de abertura de 5-12-1991 do presidente do IPPC Processo iniciado em 9-03-1984 pela Assessoria Técnica do IPPC | ||||||||||||
ZEP | |||||||||||||
Zona "non aedificandi" | |||||||||||||
CLASS_NAME | Monumento | ||||||||||||
Património Mundial | |||||||||||||
Património Mundial Designação | |||||||||||||
Cadastro | |||||||||||||
AFECTACAO | 12699926 | ||||||||||||
Descrição Geral | |||||||||||||
Nota Histórico-Artistica | Na origem uma ermida, na estrada que contornava a ria de Lagos e ligava a cidade a Silves, e hoje uma capela integrada em plena área de expansão urbana, este pequeno templo é um dos mais antigos de toda a região. Algumas informações, mais ou menos lendárias, dão conta de uma primeira edificação em 1174 (anos antes, portanto, da primeira conquista de Silves), data que constava de uma inscrição, colocada sobre o portal principal, mas que se presume desaparecida, não sendo possível, por agora, confirmar esta indicação. Dois séculos depois, em 1325, ano da morte de D. Dinis, há uma referência documental à ermida, facto que comprova a sua existência nesta época. Fosse como fosse, o certo é que o templo que hoje observamos data do século XVI, mais propriamente da sua primeira metade. Na década de 30, uma ordem de D. João III intimava a Câmara de Lagos e toda a Nobreza a assistir à missa que aqui se celebrava a 24 de Junho, devendo então contribuir com esmolas. Por este facto, presume-se que a ermida estaria em obras, ou que estas tivessem terminadas há relativamente pouco tempo. A capela-mor, o único elemento que resta dessa campanha renascentista, é uma peça de arquitectura bastante relevante no contexto algarvio do século XVI. De planta centralizada, oitavada, com pináculos sobre as pilastras que definem os ângulos e cúpula, constitui um excelente exemplo de pequenas capelas devocionais, normalmente erguidas em solo rural, que adoptam um formulário renascentista algo erudito. Simultaneamente, esta solução, num templo perfeitamente integrado no território de Lagos, é mais uma que prova a acção de uma escola renascentista, especificamente estabelecida em Lagos, e que conta com outros exemplos na cidade, como a igreja de São Sebastião, o Compromisso Marítimo ou a igreja da Mexilhoeira Grande (CORREIA, 1987, pp.57-58). Com o passar dos séculos, o corpo da capela haveria de ser bastante transformado. Consta que uma primeira reformulação aconteceu nos finais do século XVI, altura em que o governador da Província, D. Diogo de Menezes, patrocinou uma campanha construtiva, hoje integralmente desconhecida. O facto de a ermida se situar praticamente no leito da ribeira, zona de grandes inundações e densa humidade (como ainda hoje acontece), fez com que as obras fossem uma constante da vida deste monumento. Já no século XVIII promoveu-se a construção do retábulo-mor barroco (LAMEIRA, 2000, p.168), que actualmente se conserva em ruinoso estado, com inúmeras partes em falha (já apodrecidas), mas revelando ter possuído boa dimensão e dois pares de colunas pseudo-salomónicas. Em 1755, deu-se a derrocada de grande parte da ermida, arrastada pelas águas. A reconstrução ocorreu apenas meio século depois, já nos inícios do século XIX. Foi, acima de tudo, uma campanha modesta, essencialmente utilitária, para reerguer um edifício que jazia em ruínas desde o grande terramoto. A fachada principal, com amplo portal recto sobrepujado por um janelão disposto verticalmente, ladeada por duas discretas torres sineiras, é o elemento que melhor testemunha a dimensão desta derradeira construção, a que falta a decoração contemporânea, neo-clássica ou ainda rococó. Nesta mesma campanha, altearam-se as paredes da nave e construíram-se as sacristias, dependências que, no século XX, foram adaptadas a residências particulares. Durante os dois séculos seguintes a ermida permaneceu em estado de semi-ruína. As romarias que anteriormente aqui se efectuavam caíram em desuso e todo este complexo foi adaptado a outras funções, como a de taberna. Constantemente a necessitar de obras, o assoreamento de grande parte da ria, verificado na segunda metade do século XX, permitiu o ajardinamento das imediações, em particular de um conjunto de tanques, situados nas traseiras do edifício. O projecto, actualmente em implementação pela autarquia, dotará, finalmente, este edifício de um arranjo urbanístico coerente, ficando a faltar o seu integral restauro. PAF | ||||||||||||
Processo | |||||||||||||
Abrangido em ZEP ou ZP | |||||||||||||
Outra Classificação | |||||||||||||
Nº de Imagens | 6 | ||||||||||||
Nº de Bibliografias | 3 |
TITULO | AUTOR(ES) | TIPO | DATA | LOCAL | OBS. |
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A arquitectura religiosa do Algarve de 1520 a 1600 | CORREIA, José Eduardo Horta | Edição | 1987 | Lisboa | |
A talha no Algarve durante o Antigo Regime | LAMEIRA, Francisco | Edição | 2000 | Faro | |
Lagos, Evolução Urbana e Património | PAULA, Rui Mendes | Edição | 1992 | Lagos |
Fachada principal
Planta de localização
Vista lateral
Pormenor altar mor
Vista geral
Fachada lateral