Pesquisa de Património Imóvel

DETALHES

Estação arqueológica do Lago
Designação
DesignaçãoEstação arqueológica do Lago
Outras Designações / PesquisasPovoado do Lago / Estação arqueológica de Lago (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt) / (Ver Ficha em www.arqueologia.patrimoniocultural.pt)
Categoria / TipologiaArqueologia / Povoado Fortificado
TipologiaPovoado Fortificado
CategoriaArqueologia
Inventário Temático
Localização
Divisão AdministrativaBraga/Amares/Lago
Endereço / Local
RUA LOCAL ZIP REF
- -Lugar da Ponte Número de Polícia:
LATITUDE LONGITUDE
41.611105-8.410794
DistritoBraga
ConcelhoAmares
FreguesiaLago
Proteção
Situação ActualClassificado
Categoria de ProtecçãoClassificado como IIP - Imóvel de Interesse Público
CronologiaDecreto n.º 29/84, DR, I Série, n.º 145, de 25-06-1984 (ver Decreto)
ZEP
Zona "non aedificandi"
CLASS_NAMESítio
Património Mundial
Património Mundial Designação
Cadastro
AFECTACAO12707538
Descrição Geral
Nota Histórico-ArtisticaSítio
A Estação arqueológica do Lago localiza-se na povoação do Lago, freguesia de Lago, concelho de Amares, acessível através da travessa da Casa do Povo. Implanta-se numa zona de vale, junto à margem direita do rio Cávado, num cabeço aplanado, com uma cota máxima de 65,30 metros.
A região dispõe de abundantes recursos hídricos e de solos com aptidão agrícola. Apesar da sua altitude baixa quando comparada com outros povoados coetâneos, disfrutava de um amplo controle da envolvente.
Trata-se de um pequeno povoado fortificado da II Idade do Ferro, tipologicamente enquadrado nos designados castros agrícolas, com quatro fases de ocupação. A mais antiga remonta ao século III a.C. e o abandono não ultrapassa os meados do século I d.C., não tendo perdurado na época Romana.
O recinto, com uma área de 1 hectare, estava parcialmente circunscrito por uma muralha com 2,30 metros de largura, complementada por um fosso escavado na rocha. Defendia a área a oeste onde as condições naturais de defesa são mais reduzidas. A altura preservada não excedia os 2 metros, mas não deve espelhar a sua dimensão original. A linha defensiva, com paramentos em pedra irregular e miolo de pedra de diversas dimensões e terra, apresentava dois reforços internos. O primeiro aparenta ser coevo da edificação da estrutura, de inícios a meados do sec. II a.C., igualmente de aparelho irregular, e com 1,20 de altura máxima. O segundo, por sua vez, em alvenaria de pedra aparelhada corresponde a um trabalho mais tardio. É possível que esta solução tivesse sido antecedida, no século III a.C., por uma muralha em terra batida.
Assinalam-se ténues vestígios de estruturas habitacionais formadas por alguns alinhamentos em pedra pouco preservados, buracos de postes, fossas e lareiras, denunciando construções com recurso a materiais perecíveis.
O espólio exumado é fundamentalmente composto por fragmentos cerâmicos atribuíveis à Idade do Ferro, e escassos testemunhos de sigillata itálica e de ânforas. Não foram detetados elementos metálicos e foi apenas recolhido um lítico, uma lâmina de sílex retocada, associada a fragmentos cerâmicos enquadráveis na Idade do Bronze.

História
A Estação arqueológica do Lago foi identificada nos anos 30 do século passado por Manuel Braga da Cruz e divulgada em 1955 por Carlos Teixeira. Contudo, o estudo deste monumento funda-se nos trabalhos arqueológicos realizados entre 1980 e 1982, sob a direção de Maria Manuela dos Reis Martins, no âmbito do projetos de investigação O Povoamento proto-histórico e a Romanização da bacia do curso médio do rio Cávado e amplamente documentados na monografia O povoado fortificado do Lago, Amares, publicado em 1988.
Ana Vale
DGPC, 2020
Processo
Abrangido em ZEP ou ZP
Outra Classificação
Nº de Imagens0
Nº de Bibliografias3

BIBLIOGRAFIA

TITULO AUTOR(ES) TIPO DATA LOCAL OBS.
"O povoado proto-histórico do Lago (Amares). Sistemas de defesa e fases de ocupação", O Arqueólogo PortuguêsMARTINS, Maria Manuela dos ReisEdição1986Lisboa
"O povoado fortificado do Lago, Amares", Cadernos de Arqueologia - MonografiasMARTINS, Maria Manuela dos ReisEdição1988Braga
O povoamento proto-histórico e a romanização da bacia do médio CávadoEdição1990

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