Vila Berta | |||||||||||||||||||||
Designação | |||||||||||||||||||||
Designação | Vila Berta | ||||||||||||||||||||
Outras Designações / Pesquisas | Vila Berta (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt) | ||||||||||||||||||||
Categoria / Tipologia | Arquitectura Civil / Vila | ||||||||||||||||||||
Tipologia | Vila | ||||||||||||||||||||
Categoria | Arquitectura Civil | ||||||||||||||||||||
Inventário Temático | |||||||||||||||||||||
Localização | |||||||||||||||||||||
Divisão Administrativa | Lisboa/Lisboa/São Vicente | ||||||||||||||||||||
Endereço / Local |
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Distrito | Lisboa | ||||||||||||||||||||
Concelho | Lisboa | ||||||||||||||||||||
Freguesia | São Vicente | ||||||||||||||||||||
Proteção | |||||||||||||||||||||
Situação Actual | Classificado | ||||||||||||||||||||
Categoria de Protecção | Classificado como CIP - Conjunto de Interesse Público | ||||||||||||||||||||
Cronologia | Portaria n.º 196/2021, DR, 2.ª série, n.º 94, de 14-05-2021 (classificou como CIP) (com restrições) (ver Portaria) Relatório final do procedimento aprovado por despacho de 23-10-2020 do subdiretor-geral da DGPC Anúncio n.º 218/2019, DR, 2.ª série, n.º 243, de 18-12-2019 (ver Anúncio) Despacho de concordância de 13-11-2018 da diretora-geral da DGPC Parecer favorável de 10-10-2018 da SPAA do Conselho Nacional de Cultura Proposta de 4-07-2017 da Divisão do Património Imóvel, Móvel e Imaterial da DGPC para a revisão da classificação para CIP Decreto n.º 2/96, DR, I Série-B, n.º 56, de 6-03-1996 (classificou como IIP) (ver Decreto) Edital N.º 80/85 de 12-07-1985 da CM de Lisboa Despacho de homologação de 30-09-1983 do Ministro da Cultura Parecer de 23-09-1983 da Assessoria Técnica do IPPC a propor a classificação como IIP Proposta de classificação de 7-06-1983 do Arq. Carlos Tojal | ||||||||||||||||||||
ZEP | Portaria n.º 196/2021, DR, 2.ª série, n.º 94, de 14-05-2021 (com restrições) (ver Portaria) Relatório final do procedimento aprovado por despacho de 23-10-2020 do subdiretor-geral da DGPC Anúncio n.º 218/2019, DR, 2.ª série, n.º 243, de 18-12-2019 (ver Anúncio) Despacho de concordância de 13-11-2018 da diretora-geral da DGPC Parecer favorável de 10-10-2018 da SPAA do Conselho Nacional de Cultura Proposta de 4-07-2017 da Divisão do Património Imóvel, Móvel e Imaterial da DGPC Despacho de 18-10-2011 do diretor do IGESPAR, I.P. a concordar com o parecer e a devolver o processo à DRC de Lisboa e Vale do Tejo para apresentar propostas de ZEP individuais, ou conjuntas nos casos em que tal se justifique Parecer de 10-10-2011 da SPA do Conselho Nacional de Cultura a propor o arquivamento Proposta de 22-08-2006 da DR de Lisboa para a ZEP conjunta do Castelo de São Jorge e restos das cercas de Lisboa, Baixa Pombalina e imóveis classificados na sua área envolvente | ||||||||||||||||||||
Zona "non aedificandi" | |||||||||||||||||||||
CLASS_NAME | Conjunto | ||||||||||||||||||||
Património Mundial | |||||||||||||||||||||
Património Mundial Designação | |||||||||||||||||||||
Cadastro | |||||||||||||||||||||
AFECTACAO | 9914630 | ||||||||||||||||||||
Descrição Geral | |||||||||||||||||||||
Nota Histórico-Artistica | Imóvel Implantada num espaço de topografia pouco acidentada, a Vila Berta na Graça foi projetada por Joaquim Tojal e erigida no início do século XX. Esta vila operária, que foi denominada com o nome da filha do arquiteto, apresenta-se como um conjunto habitacional interclassista, composto por duas linhas paralelas de edifícios retangulares voltados para uma rua interior que os atravessa. Os edifícios apresentam duas tipologias diferentes. Do lado oeste, encontram-se as habitações de maior dimensão (três pisos) separadas por pátios ajardinados, sendo que ao nível do segundo piso estão varandas de planta quadrada (com balaustrada em ferro forjado) assentes em pilares de ferro fundido. O lado este é também constituído por habitações, contudo, de apenas dois pisos e com varandas de menores dimensões ao nível do segundo piso (também com ferro forjado). Todas as estruturas habitacionais são compostas por dois fogos por piso. O conjunto detém uma arquitetura eclética, aglutinando apontamentos de Arte Nova (e.g. friso de azulejos onde se lê Vila Bertha e na platibanda que percorre o conjunto de edifícios) através de ferro forjado com linhas ondulantes no gradeamento das varandas, denunciando um comprometimento estético com estas propostas arquitetónicas fin de siécle. Esta construção obedece aos modelos da época, verificando-se um misto de alvenaria em pedra e tijolo que inclui paredes interiores "à galega". Um alto soco de azulejos remata os peitos das janelas, todas elas com guarnecimentos de cantaria (Memória descritiva elaborada pelo proponente em 1983, anexada à proposta de classificação). História Seguindo o fenómeno de melhoramento das condições habitacionais e de salubridade operária a partir do final do século XIX, a Vila Berta foi projetada pelo arquiteto e industrial Joaquim Francisco Tojal e construída entre 1902 e 1908. Este singular conjunto de edifícios estavam, na sua génese, destinados a alojar operários provenientes de um estrato mais elevado, apesar de apresentar semelhanças tipológicas, formais e construtivas como outras vilas operárias da capital (PINTO, Sónia (2008), p. 40). Ao contrário das suas congéneres, a vila foi primeiramente ocupada pela família, parentes e amigos próximos do arquiteto, formando um núcleo residencial íntimo e coeso. A exceção verifica-se nos edifícios de cave sob os edifícios de rés-do-chão e primeiro piso, destinados ao alojamento dos operários e mestres do estaleiro de construção Tojal (PINTO, Sónia (2008), p.40). Primitivamente, o conjunto era fechado por dois portões, um no topo norte e outro no topo sul, reforçando o carácter privado da vila. Após a revolução de 1974, e perante a impossibilidade financeira da família Tojal, os imóveis passaram a propriedade horizontal e grande parte dos andares foram vendidos aos próprios moradores. Na mesma época foi submetido à Câmara Municipal de Lisboa um requerimento com proposta de doação da rua a esta autarquia, o que não se viria a concretizar (Memória descritiva da proposta de classificação, 1983). A Vila Berta é considerada um dos mais completos e interessantes exemplares do seu género e da sua época que subsiste em Lisboa, tendo sido classificada como de interesse público em 1996. No ano de 2021 a sua classificação foi revista, sendo alterada para conjunto de interesse público. Rosário Carvalho IPPAR, 2003 João Janes, 2021 | ||||||||||||||||||||
Processo | |||||||||||||||||||||
Abrangido em ZEP ou ZP | |||||||||||||||||||||
Outra Classificação | |||||||||||||||||||||
Nº de Imagens | 4 | ||||||||||||||||||||
Nº de Bibliografias | 2 |
TITULO | AUTOR(ES) | TIPO | DATA | LOCAL | OBS. |
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Vilas operárias em Lisboa: emergência de novos modos de habitar. O caso da Vila Berta | PINTO, Sónia Cristina Ildefonso | Edição | 2008 | Lisboa | |
"Vilas operárias". Dicionário da História de Lisboa | PEREIRA, Nuno Teotónio | Edição | 1994 | Lisboa |
«Vila Berta» - Rua com vista do conjunto
«Vila Berta» - Rua com vista do conjunto
«Vila Berta» - Edifício principal
Vila Berta - Planta anexa à portaria de revisão da classificação como CIP, com a delimitação do conjunto classificado, e a ASA, e a respetiva ZEP e as ASA