Pesquisa de Património Imóvel

DETALHES

Casa situada na Avenida Sidónio Pais e Avenida António Augusto Aguiar, 3-D (casa do Sr. Artur Prat, actualmente sede da Ordem dos Engenheiros)
Designação
DesignaçãoCasa situada na Avenida Sidónio Pais e Avenida António Augusto Aguiar, 3-D (casa do Sr. Artur Prat, actualmente sede da Ordem dos Engenheiros)
Outras Designações / PesquisasCasa Artur Prat / Casa de Artur Prat / Sede da Ordem dos Engenheiros (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt)
Categoria / TipologiaArquitectura Civil / Casa
TipologiaCasa
CategoriaArquitectura Civil
Inventário Temático
Localização
Divisão AdministrativaLisboa/Lisboa/Avenidas Novas
Endereço / Local
RUA LOCAL ZIP REF
Avenida Sidónio PaisLisboa Número de Polícia:
Avenida António Augusto de AguiarLisboa Número de Polícia: 3 D
LATITUDE LONGITUDE
38.728206-9.149151
DistritoLisboa
ConcelhoLisboa
FreguesiaAvenidas Novas
Proteção
Situação ActualClassificado
Categoria de ProtecçãoClassificado como IIP - Imóvel de Interesse Público
CronologiaDecreto n.º 1/86, DR, I Série, n.º 2, de 3-01-1986 (ver Decreto)
Edital N.º 147/82 de 28-10-1982 da CM de Lisboa
Despacho de concordância de 3-07-1981 do Secretário de Estado da Cultura
Parecer de 26-06-1981 da Comissão "ad hoc" do IPPC a propor a classificação como IIP
Proposta de classificação de 18-03-1976 do IJF
ZEP
Zona "non aedificandi"
CLASS_NAMEMonumento
Património Mundial
Património Mundial Designação
Cadastro
AFECTACAO181505
Descrição Geral
Nota Histórico-ArtisticaNo início do século XX, com a expansão da malha urbana de Lisboa, os terrenos situados ao cimo da Avenida da Liberdade, que pertenciam a Maria da Visitação Almeida Castelo Branco, foram expropriados pela Câmara Municipal de Lisboa para que aí se fizesse um parque público.
O projecto para o então designado Parque da Liberdade foi realizado pelo arquitecto Ventura Terra em 1908, e previa uma "linha contínua de construções pensadas para todo o perímetro da mancha verde disposta ao cimo da Avenida" (ATAÍDE; SOARES, 2000, p. 129).
Este plano não chegaria a ser realizado, mas foi precisamente o arquitecto quem projectou a primeira moradia edificada junto ao parque, mais tarde denominado Parque Eduardo VII.
Num terreno delimitado entre o parque e a futura Avenida António Augusto de Aguiar, o escultor e pintor Artur Prat e a sua mulher, Clementina Prat, mandaram edificar, cerca de 1912, a sua residência, projectada pelo arquitecto Ventura Terra.
O edifício, de gosto "afrancesado", recebeu a Menção Honrosa do Prémio Valmor de 1913, "por também nelle concorrerem predicados estheticos que encarecem a belleza e harmonia de proporções do edifício" (BAIRRADA, 1988, p. 74).
De planta rectangular, a casa divide-se em três pisos, possuindo pátio, terraço e jardim. A fachada apresenta, no piso térreo, porta ao centro, ladeada por duas janelas, sobre moldura com relevos. No piso intermédio, foi edificada uma varanda com guarda de ferro, para a qual abrem três janelas de sacada com recorte superior. No último piso, desenhado como se fosse uma mansarda, rasgam-se três janelas com frontão triangular.
O alçado posterior, que apresenta uma estrutura mais imponente, divide-se em dois pisos. No registo térreo, abrindo para o jardim, foi aberta uma porta, com moldura em arco abatido, cujos espaços entre aduelas foram decorados com relevos de motivos vegetalistas. Do lado direito, foram rasgadas três janelas. No andar superior abre-se uma loggia com colunata jónica, que do lado esquerdo forma uma varanda saliente, com arco de volta perfeita, formando frontão, decorado com folhagens em relevo. No eixo deste foi colocado um grande grupo escultórico, composto por três figuras femininas, da autoria de Artur Prat.
Em 1918, o edifício foi adquirido pela Condessa de Arrochela, Brites de Miranda Montenegro, e em 1935, devido aos elevados montantes que a proprietária devia ao banco Montepio Geral, a casa foi hipotecada por esta entidade e posta à venda em hasta pública. Foi então adquirida pela Associação dos Engenheiros Civis Portuguezes, que a partir de então ficou aí sediada.
No ano de 1936, o decreto-lei que criou a Ordem dos Engenheiros levou a que a associação suspendesse a sua actividade, arrendado o edifício à nova ordem, que aí instalou a sede, aproveitando não só o espaço como todo o recheio da casa.
Esta instalação seria definitiva com a extinção da Associação dos Engenheiros Civis em 1956, em consequência da qual todos os seus bens, incluindo a Casa Artur Prat, foram incorporados na Ordem dos Engenheiros.
Catarina Oliveira
DIDA/IGESPAR, I.P./ 1 de Outubro de 2007
Processo
Abrangido em ZEP ou ZP
Outra Classificação
Nº de Imagens2
Nº de Bibliografias5

BIBLIOGRAFIA

TITULO AUTOR(ES) TIPO DATA LOCAL OBS.
Monumentos e edifícios notáveis do distrito de Lisboa, vol. V (4º tomo)ATAÍDE, M. MaiaEdição2000Lisboa
Monumentos e edifícios notáveis do distrito de Lisboa, vol. V (4º tomo)SOARES, Maria MicaelaEdição2000Lisboa
"A criação da Ordem dos Engenheiros", Ingenium, nº 1LEMOS, Manuel SandeEdição1986Lisboa
"Ventura Terra (Miguel)", Dicionário da História de LisboaGONÇALVES, Julieta CunhaEdição1994Lisboa
Prémio Valmor : 1902-1952BAIRRADA, Eduardo MartinsEdição1988Lisboa
Cozinhas. Espaço e ArquitecturaPEREIRA, Ana MarquesEdição2006Lisboa

IMAGENS

Casa de Artur Prat - Fachada principal

Casa de Artur Prat - Fachada principal: varanda do primeiro piso

MAPA

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