Pesquisa de Património Imóvel

DETALHES

Real Fábrica de Vidros de Coina
Designação
DesignaçãoReal Fábrica de Vidros de Coina
Outras Designações / PesquisasReal Fábrica de Vidros de Coina (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt)
Categoria / TipologiaArquitectura Civil / Fábrica
TipologiaFábrica
CategoriaArquitectura Civil
Inventário Temático
Localização
Divisão AdministrativaSetúbal/Barreiro/Palhais e Coina
Endereço / Local
RUA LOCAL ZIP REF
-- -Coina Número de Polícia:
LATITUDE LONGITUDE
38.592427-9.042323
DistritoSetúbal
ConcelhoBarreiro
FreguesiaPalhais e Coina
Proteção
Situação ActualClassificado
Categoria de ProtecçãoClassificado como IIP - Imóvel de Interesse Público
CronologiaDecreto n.º 67/97, DR, I Série-B, n.º 301, de 31-12-1997 (ver Decreto)
Edital de 9-10-1996 da CM do Barreiro
Despacho de autorização e classificação de 2-08-1996 do Ministro da Cultura
Novo parecer de 1-07-1996 do Conselho Consultivo do IPPAR a propor a classificação como IIP
Parecer de 20-01-1992 do Conselho Consultivo do IPPC a propor a classificação como IIP
Proposta de classificação de 21-07-1989 da CM do Barreiro, após deliberação camarária de 19-07-1989
ZEP
Zona "non aedificandi"
CLASS_NAMEMonumento
Património Mundial
Património Mundial Designação
Cadastro
AFECTACAO9914630
Descrição Geral
Nota Histórico-ArtisticaEmbora o concelho do Barreiro possa ser mais conhecido pelas igrejas que ostenta (Cf. ALMEIDA; J. A. F. de, 1976), a construção da "Real Fábrica de Vidros de Coina" dotou-o de inegável notoriedade, seguindo, no fundo, toda uma tradição vidreira existente em Lisboa, conquanto destituída da quantidade e da qualidade exigidas, razão pela qual perdurava a importação de vidros venezianos, franceses e alemães.
Concebida no âmbito da política manufactureira joanina (e de ampliação económica do país), a fábrica constituiu, à época, um enorme esforço de desenvolvimento industrial, da iniciativa do poder central, bem patente, por exemplo, no facto de ter ocupado uns expressivos 4 000 m2. Uma dimensão que, além de traduzir a capacidade produtiva que se impunha, demonstrava a própria singularidade dos produtos elaborados no seu interior, cuja excelência se pretendia equiparar aos referenciais vidros de Veneza, especialmente procurados pela transparência que exibiam, ainda que os da Boémia e da Inglaterra fossem conquistando, gradualmente, o mercado.
Fabricando, em três fornos de fusão, vidros branco e verde, a par de chapas vítreas para vidraças e espelhos, a fábrica destacou-se pela diversidade e grande qualidade de uma série de produtos (entre frascaria comum e vidro plano) que justificaram a sua importação por parte de países tão diferentes e longínquos quanto a Espanha e a China, tendo-se disseminado por vários recantos do Império português, chegando a terras brasileiras.
Fundada em 1719, a fábrica entraria, porém, num rápido e irreversível processo de declínio, nomeadamente após a sua transferência para a Marinha Grande, ainda na década de quarenta, na sequência da grave crise energética (designadamente pela carência da madeira necessária ao funcionamento dos fornos) ocorrida em toda aquela margem Sul do Tejo.
Hoje, pouco remanesce da outrora famosa Real Fábrica de Vidros, apesar das intervenções arqueológicas realizadas no local em 1981, altura em que se identificaram, entre outras, as zonas de trituração da matéria-prima, dos fornos de calcinação, de olaria, de armazém, etc., etc. (Cf. CUSTÓDIO, J., 2002).
[AMartins]
Processo
Abrangido em ZEP ou ZP
Outra Classificação
Nº de Imagens0
Nº de Bibliografias2

BIBLIOGRAFIA

TITULO AUTOR(ES) TIPO DATA LOCAL OBS.
A Real Fábrica de Vidros de Coina (1719-1747). Aspectos Históricos, Artísticos e ArqueológicosCUSTÓDIO, JorgeEdição2002Lisboa Tipo : Colecção - Cadernos Ensaio aprofundado sobre uma importante estrutura pré-industrial. O estudo do espólio exumado durante as intervenções arqueológicas permitiu, nesta obra, uma perspectiva inédita sobre a produção da fábrica, entrelaçando os dados da arqueologia, da documentação escrita e das análises físico-químicas da peças, com um resultado surpreendente que cruza a história económica e social e a história da arte, a história das técnicas e a iconografia.
"Barreiro", Tesouros Artísticos de PortugalALMEIDA, José António Ferreira deEdição1976Lisboapp. 127-128

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