Casa da Amiosa | |||||||||||||
Designação | |||||||||||||
Designação | Casa da Amiosa | ||||||||||||
Outras Designações / Pesquisas | Casa da Amiosa (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt) | ||||||||||||
Categoria / Tipologia | Arquitectura Civil / Casa | ||||||||||||
Tipologia | Casa | ||||||||||||
Categoria | Arquitectura Civil | ||||||||||||
Inventário Temático | |||||||||||||
Localização | |||||||||||||
Divisão Administrativa | Viana do Castelo/Monção/Messegães, Valadares e Sá | ||||||||||||
Endereço / Local |
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Distrito | Viana do Castelo | ||||||||||||
Concelho | Monção | ||||||||||||
Freguesia | Messegães, Valadares e Sá | ||||||||||||
Proteção | |||||||||||||
Situação Actual | Classificado | ||||||||||||
Categoria de Protecção | Classificado como IIP - Imóvel de Interesse Público | ||||||||||||
Cronologia | Decreto n.º 129/77, DR, I Série, n.º 226, de 29-09-1977 (ver Decreto) | ||||||||||||
ZEP | |||||||||||||
Zona "non aedificandi" | |||||||||||||
CLASS_NAME | Monumento | ||||||||||||
Património Mundial | |||||||||||||
Património Mundial Designação | |||||||||||||
Cadastro | |||||||||||||
AFECTACAO | 12707538 | ||||||||||||
Descrição Geral | |||||||||||||
Nota Histórico-Artistica | A Quinta da Amiosa é uma das muitas casas apalaçadas e brasonadas existentes no concelho de Monção, destacando-se pela sua imponência e acesso profundamente cenográfico: uma longa alameda, delimitada por um muro, conduz directamente ao portão, aberto num outro muro, ameado e encimado por vasos esculpidos. Duas figuras de espingardeiros enquadram o portão, definido por pilares rematados por pináculos, e ostentando as armas dos Araújo, Machado, Barbeito y Padron e Amaral (GOMES, 1962, p. 291). Esta composição parece ser posterior à configuração da casa de habitação, situada no terreiro, ao fundo da alameda. Na realidade, os elementos em ferro forjado aparentam remontar já ao final do século XVIII ou inícios da centúria seguinte. A casa de habitação segue modelos relativamente comuns no contexto da arquitectura portuguesa de Setecentos, tirando partido da utilização das pilastras e dos vãos que, numa linha privilegiadora da depuração, marcam os ritmos dos alçados. Assim acontece em relação à fachada principal, dividida em três panos, e com o desenvolvimento horizontal reforçado pelo friso de separação entre ambos os andares. As janelas do piso térreo ligam-se às de sacada do andar nobre, formando conjuntos verticais que equilibram a composição, convergindo ao centro, no portal encimado pela janela flanqueada por aletas. No cunhal esquerdo, encontram-se as armas esquarteladas dos Araújo, Machado, Barbeito y Padron e Amaral. No corpo que forma o L, a estrutura mantém-se, mas a janela de sacada é substituída por um vão mais reduzido, em cuja base se exibem dois vasos. No seu prolongamento, ergue-se uma varanda alpendrada, assente sobre um arco abatido, e com acesso através de escadaria de lanço único. Estes elementos imprimem ao edifico algum dinamismo, e um mais acentuado desenvolvimento em diferentes volumes. Se o corpo principal deverá remontar ao século XVIII (depois da instituição do morgado por André Machado de Almeida), esta varanda alpendrada é, muito possivelmente, de época posterior, talvez contemporânea da intervenção já referida ao nível dos acessos e portão de entrada (AZEVEDO, 1969, p. 110). No cunhal da fachada principal com a lateral exibe-se o brasão da família e, do lado oposto, o alçado estruturava-se em função de uma loggia, a que se sobrepunha uma varanda alpendrada. Contudo, o encerramento desta última, já no século XX, veio perturbar bastante a leitura do conjunto. No interior, ganha especial interesse a escadaria, de ligação entre os pisos, com balaustrada de cantaria, o tecto brasonado da sala principal, onde se inscreve o oratório, com retábulo de talha polícroma, e a cozinha, com chaminé assente em colunas toscanas. Como podemos verificar, as várias obras de que a Casa da Amiosa foi alvo contribuíram para evidenciar o seu carácter cenográfico, tão caro ao período barroco, impondo ainda, em diversos locais, as armas dos seus proprietários. Por outro lado, a vitalidade construtiva de Monção, a que nos referimos inicialmente, pode ser justificada pela actividade termal iniciada nos primeiros anos do século XIX (ALMEIDA, 1987, p. 171), época que deverá ter coincidindo com a segunda intervenção na casa da Amiosa. (Rosário Carvalho) | ||||||||||||
Processo | |||||||||||||
Abrangido em ZEP ou ZP | |||||||||||||
Outra Classificação | |||||||||||||
Nº de Imagens | 0 | ||||||||||||
Nº de Bibliografias | 4 |
TITULO | AUTOR(ES) | TIPO | DATA | LOCAL | OBS. |
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Alto Minho | ALMEIDA, Carlos Alberto Ferreira de | Edição | 1987 | Lisboa | |
Solares Portugueses | AZEVEDO, Carlos de | Edição | 1988 | Lisboa | |
Nobres Casas de Portugal | SILVA, António Lambert Pereira da | Edição | 1958 | Porto | |
Monção e seu alfoz na heráldica nacional: heráldica, genealogia e história | GOMES, José Garção | Edição | 1969 | Barcelos |