Povoado de Baldoeiro | |||||||||||||
Designação | |||||||||||||
Designação | Povoado de Baldoeiro | ||||||||||||
Outras Designações / Pesquisas | Castro de Baldoeiro / Povoado de Baldoeiro / Castro de Baldoeiro (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt) | ||||||||||||
Categoria / Tipologia | Arqueologia / Povoado | ||||||||||||
Tipologia | Povoado | ||||||||||||
Categoria | Arqueologia | ||||||||||||
Inventário Temático | |||||||||||||
Localização | |||||||||||||
Divisão Administrativa | Bragança/Torre de Moncorvo/Adeganha e Cardanha | ||||||||||||
Endereço / Local |
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Distrito | Bragança | ||||||||||||
Concelho | Torre de Moncorvo | ||||||||||||
Freguesia | Adeganha e Cardanha | ||||||||||||
Proteção | |||||||||||||
Situação Actual | Classificado | ||||||||||||
Categoria de Protecção | Classificado como IIP - Imóvel de Interesse Público | ||||||||||||
Cronologia | Decreto n.º 26-A/92, DR, I Série-B, n.º 126, de 1-06-1992 (ver Decreto) | ||||||||||||
ZEP | |||||||||||||
Zona "non aedificandi" | |||||||||||||
CLASS_NAME | Sítio | ||||||||||||
Património Mundial | |||||||||||||
Património Mundial Designação | |||||||||||||
Cadastro | |||||||||||||
AFECTACAO | 12707538 | ||||||||||||
Descrição Geral | |||||||||||||
Nota Histórico-Artistica | Tradicionalmente, a bibliografia arqueológica portuguesa tem apontado este arqueossítio como constituindo um dos múltiplos exemplares de povoados de altura edificados nesta região do Noroeste peninsular, neste caso num pequeno contraforte da vertente Sudoeste do planalto da Adeganha.
Não obstante, as investigações conduzidas no local desde meados dos anos oitenta ainda não foram por completo conclusivas sobre o assunto, embora tenham sido identificados alguns elementos que parecem confirmar a existência de um complexo defensivo datável da "Pré-história Recente", a exemplo dos enquadráveis no entendimento generalizado de "cultura castreja". Em contrapartida, recolheram-se inúmeros materiais corroboradores de alguns indicadores apresentados por diversos autores, desde, pelo menos, finais da década de vinte, nomeadamente por mão do conhecido investigador Joaquim Rodrigues dos Santos Júnior (ainda que a sua acção científica acabasse por se centrar, com o tempo, no território maçambicano), no âmbito do vasto projecto de prospecção que então empreendeu para levantamento dos sítios com gravuras e pinturas rupestres do Norte de Portugal, cujos resultados foram amplamente divulgados, designadamente durante algumas sessões do referencial Congresso Internacional de Antropologia e Arqueologia Pré-histórica. Um trabalho que foi seguido pela figura notável de Francisco Manuel Alves (1865-1947), mais conhecido por "Abade Baçal", arqueólogo e historiador bragantino, então já na sua condição de director e conservador do Museu Regional de Bragança, que hoje ostenta o seu nome. Com efeito, a expressiva quantidade de artefactos recolhidos no sítio desde esta altura permitem falar de uma ocupação humana bastante significativa, desde o Neo-calcolítico, passando pelo período de ocupação romana do actual território português até à medievalidade cristã destas paragens. É, assim, que, a par da existência de vários penedos com as superfícies insculturadas com motivos predominantemente serpentiformes, são visíveis alguns vestígios daquele que terá, eventualmente, constituído um povoado fortificado proto-histórico, com as suas características estruturas domésticas de planta predominantemente circular e/rectangular, protegidas por uma linha de muralha de dimensões bastante modestas. Tal como sucede na maioria dos testemunhos análogos desta zona do Noroeste peninsular, o sítio foi reutilizado em períodos subsequentes, o primeiro dos quais teve imediatamente lugar em pleno processo de ocupação romana, como indicam com bastante clareza os materiais de construção romana, como tegulae e imbrices, a denunciar, no fundo, a sua relevância estratégica para o processo de (a)firmação da nova administração emanada de Roma, reforçada pelo facto de o povoado integrar a Civitas Baniensium (do tempo de Augusto), a unidade político-administrativa romana, por excelência, correspondendo, grosso modo, ao actual conceito distrital, tendo sobretudo em atenção a área que normalmente abrangia. A importância factual e simbólica do local não se circunscreveu, porém, à romanização. Pelo contrário, ocorreu durante a medievalidade, numa tentativa de (re)apropriação das memórias que o povoavam, ao mesmo tempo que de sobreposição dos novos poderes através da força espiritual do Cristianismo, uma das razões pelas quais se ergueu a Igreja românica de S. Mamede e se formava uma necrópole constituída por sepulturas escavadas na rocha, enquanto se erguia uma torre roqueira, reaproveitando, decerto, alguns dos elementos preexistentes. [AMartins] | ||||||||||||
Processo | |||||||||||||
Abrangido em ZEP ou ZP | Alto Douro Vinhateiro | ||||||||||||
Outra Classificação | |||||||||||||
Nº de Imagens | 0 | ||||||||||||
Nº de Bibliografias | 7 |
TITULO | AUTOR(ES) | TIPO | DATA | LOCAL | OBS. |
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Memórias arqueológico-históricas do distrito de Bragança: arqueologia, etnografia e arte | ALVES, Francisco Manuel | Edição | 1934 | Porto | vol. 9, p. 718 |
"Escavações arqueológicas na igreja de S. Mamede (Torre de Moncorvo). Notícia preliminar", Arqueologia | REBANDA, Nelson | Edição | 1988 | Porto | vol. 17, pp. 231-234 |
"Cerâmicas medievais do Baldoeiro (Adeganha - Torre de Moncorvo)", Actas das 1ªs Jornadas de cerâmica medieval e pós-medieval: métodos e resultados para o seu estudo | REBANDA, Nelson | Edição | 1995 | Porto | pp. 51-66 |
"Escavações arqueológicas na Igreja de S. Mamede (Torre de Moncorvo)", Trabalhos da Sociedade Portuguesa de Antropologia e Etnologia | REBANDA, Nelson | Edição | 1988 | Porto | vol. 28, n.ºs 3-4, pp. 187-210 |
Apontamentos Arqueológicos | LOPO, Albino dos Santos Pereira | Edição | 1987 | Braga | pp. 15 - 16 |
"Escavações arqueológicas na igreja de S. Mamede (Torre de Moncorvo). Notícia preliminar", Arqueologia | GOMES, Paulo José Antunes Dórdio | Edição | 1988 | Porto | vol. 17, pp. 231-234 |
"Escavações arqueológicas na Igreja de S. Mamede (Torre de Moncorvo)", Trabalhos da Sociedade Portuguesa de Antropologia e Etnologia | GOMES, Paulo José Antunes Dórdio | Edição | 1988 | Porto | vol. 28, n.ºs 3-4, pp. 187-210 |
"Escavações arqueológicas na igreja de S. Mamede (Torre de Moncorvo). Notícia preliminar", Arqueologia | TEIXEIRA, Ricardo Jorge Coelho Marques Abrantes | Edição | 1988 | Porto | vol. 17, pp. 231-234 |
"Escavações arqueológicas na Igreja de S. Mamede (Torre de Moncorvo)", Trabalhos da Sociedade Portuguesa de Antropologia e Etnologia | TEIXEIRA, Ricardo Jorge Coelho Marques Abrantes | Edição | 1988 | Porto | vol. 28, n.ºs 3-4, pp. 187-210 |
"300 Sítios arqueológicos visitáveis em Portugal", Al-madan | RAPOSO, Jorge | Edição | 2001 | Almada | 2.ª série, n. º10, pp.100-157 |
"As serpentes gravadas do Castro do Baldoeiro", XV Congrès International d'Anthropologie & Archéologie Préhistorique- Porto 1930 | SANTOS JÚNIOR, Joaquim Rodrigues dos | Edição | 1931 | Paris | pp. 413-418 |
"Escavações arqueológicas na igreja de S. Mamede (Torre de Moncorvo). Notícia preliminar", Arqueologia | LIMA, Alexandra Cerveira Pinto Sousa | Edição | 1988 | Porto | vol. 17, pp. 231-234 |
"Escavações arqueológicas na Igreja de S. Mamede (Torre de Moncorvo)", Trabalhos da Sociedade Portuguesa de Antropologia e Etnologia | LIMA, Alexandra Cerveira Pinto Sousa | Edição | 1988 | Porto | vol. 28, n.ºs 3-4, pp. 187-210 |
"Escavações arqueológicas na igreja de S. Mamede (Torre de Moncorvo). Notícia preliminar", Arqueologia | RODRIGUES, Miguel Carlos Lopes Brandão Areosa | Edição | 1988 | Porto | vol. 17, pp. 231-234 |
"Cerâmicas medievais do Baldoeiro (Adeganha - Torre de Moncorvo)", Actas das 1ªs Jornadas de cerâmica medieval e pós-medieval: métodos e resultados para o seu estudo | RODRIGUES, Miguel Carlos Lopes Brandão Areosa | Edição | 1995 | Porto | pp. 51-66 |
"Escavações arqueológicas na Igreja de S. Mamede (Torre de Moncorvo)", Trabalhos da Sociedade Portuguesa de Antropologia e Etnologia | RODRIGUES, Miguel Carlos Lopes Brandão Areosa | Edição | 1988 | Porto | vol. 28, n.ºs 3-4, pp. 187-210 |