Pelourinho de Vinhais | |||||||||||||
Designação | |||||||||||||
Designação | Pelourinho de Vinhais | ||||||||||||
Outras Designações / Pesquisas | Pelourinho de Vinhais (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt) | ||||||||||||
Categoria / Tipologia | Arquitectura Civil / Pelourinho | ||||||||||||
Tipologia | Pelourinho | ||||||||||||
Categoria | Arquitectura Civil | ||||||||||||
Inventário Temático | |||||||||||||
Localização | |||||||||||||
Divisão Administrativa | Bragança/Vinhais/Vinhais | ||||||||||||
Endereço / Local |
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Distrito | Bragança | ||||||||||||
Concelho | Vinhais | ||||||||||||
Freguesia | Vinhais | ||||||||||||
Proteção | |||||||||||||
Situação Actual | Classificado | ||||||||||||
Categoria de Protecção | Classificado como IIP - Imóvel de Interesse Público | ||||||||||||
Cronologia | Decreto n.º 23 122, DG, I Série, n.º 231, de 11-10-1933 (ver Decreto) Ver inventário elaborado pela ANBA | ||||||||||||
ZEP | |||||||||||||
Zona "non aedificandi" | |||||||||||||
CLASS_NAME | Monumento | ||||||||||||
Património Mundial | |||||||||||||
Património Mundial Designação | |||||||||||||
Cadastro | |||||||||||||
AFECTACAO | 181501 | ||||||||||||
Descrição Geral | |||||||||||||
Nota Histórico-Artistica | Inserido na bacia do Rio Douro e banhado pelos Rios Tuela, Rabaçal, Mente e Baceiro, o território correspondente, na actualidade, ao concelho de Vinhais distingue-se pelo acentuado recorte das suas paisagens, de uma beleza incomparável, acentuada pelos rigores extremos das estações de Inverno e de Verão.
A fertilidade dos seus solos e os diversos morros que o pontuam contribuíram, certamente, para a fixação, no seu termo, de diferentes comunidades humanas ao longo dos milénios, a julgar pela multiplicidade de vestígios arqueológicos encontrados e estudados até ao momento e que, no conjunto, evidenciam bem a sua situação estratégica e a variedade de recursos cinegéticos essenciais à sobrevivência. Com efeito, e a par de exemplares megalíticos e de Arte Rupestre, sobressai o número de povoados fortificados de altura (caso do 'Monte da Cidadela', sobranceiro à própria povoação de Vinhais), em zona dotada de boas condições naturais de defesa e de um excelente domínio sobre a paisagem envolvente, a par de arqueossítios datados do período romano [entre os quais troços da viaa militar que ligaria Bracara Augusta (Braga) a Asturica Augusta (Astorga), passando por Aquae Flaviae (Chaves)], altura em que se terá iniciado a exploração de recurso central da economia local, o vinho, do qual resultará, aliás, a designação de 'Vinhais', atendendo aos inúmeros e extensos vinhedos que predominam a sua paisagem desde tempos imorredouros. A importância estratégica desta vasta área foi rapidamente reconhecida ao tempo do processo de formação e consolidação das fronteiras do jovem reinado português, nomeadamente por mão de D. Sancho II (1209-1248), a quem se deverá a elevação do povoado a 'Vila', seguramente para garantir a sua defesa através da concentração de um maior número de habitantes. Uma iniciativa reiterada com a obtenção de foral, dessa feita por ordem de D. Afonso III (1210-1279), em 1253, assim como por D. Manuel I (1469-1521), que lhe doou novo documento, decorria o ano de 1512, depois de um período assaz conturbado, quando a população recusou (ainda que temporariamente) reconhecer a legitimidade de D. João I (1357-1433) ao trono nacional. É justamente ao período manuelino que remonta a edificação do pelourinho que, até à sua destruição em finais do século XIX, se erguia nas proximidades da 'Casa da Câmara' e da cadeia (estruturas que simbolizavam, por excelência, a autonomia administrativa e judicial da qual desfrutava o burgo), resultando, assim, o exemplar que hoje observamos de um restauro com reutilização do remate, de indiscutível interesse plástico e iconográfico. Construído numa das matérias-primas mais abundantes na região - o granito -, é sobre soco hexagonal de cinco degraus que repousa a base prismática da qual arranca o fuste liso da coluna, de igual configuração, despojado, porém, de capitel. No topo sobressai, no entanto, o volumoso bloco profusamente lavrado com motivos manuelinos - escudo nacional, duas mãos, dois pés e duas maças -, envolvido por "corrente" (também ela inscrita na gramática decorativa manuelina) e coroado por quatro braços culminados em cabeça de serpente com argola na boca e ladeada de florões, suportando base tronco-cónica ostentando esfera armilar pétrea que, na origem, terminaria na característica cruz de Cristo. É, pelo menos, o que sugere a aguarela, datada de 1937, do conhecido ilustrador Alberto de Sousa (1880-1961), um dos artistas plásticos portugueses que mais se empenhou na fixação de inúmeros monumentos existentes no país. [AMartins] | ||||||||||||
Processo | |||||||||||||
Abrangido em ZEP ou ZP | Castelo de Vinhais | ||||||||||||
Outra Classificação | |||||||||||||
Nº de Imagens | 2 | ||||||||||||
Nº de Bibliografias | 9 |
TITULO | AUTOR(ES) | TIPO | DATA | LOCAL | OBS. |
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O Leste do Território Bracarense | NETO, Joaquim Maria | Edição | 1975 | Torres Vedras | p. 363 |
Povoamento Romano de Trás-os-Montes Oriental, 6 vols., Dissertação de Doutoramento apresentada à Universidade do Minho | LEMOS, Francisco Sande | Edição | 1993 | Braga | 6 Vols. |
Pelourinhos Portugueses, Tentâmen de Inventário Geral | MALAFAIA, E. B. de Ataíde | Edição | 1997 | Lisboa | |
"Notas históricas da vila e concelho de Vinhais", Ronda Bragançana, pp.11-24 | COSTA, David | Edição | 1939 | Bragança | |
A vila de Vinhais | Elmano | Edição | 1934 | Porto | |
Vinhais : terra e gentes | SILVA, Eugénio (Coord.) | Edição | 1993 | Vinhais | |
Memórias arqueológico-históricas do distrito de Bragança: arqueologia, etnografia e arte | ALVES, Francisco Manuel | Edição | 1934 | Porto | vol. 9, p. 718 |
"Vinhais", Tesouros Artísticos de Portugal | ALMEIDA, José António Ferreira de | Edição | 1976 | Lisboa | p. 588 |
Pelourinhos do distrito de Bragança | FERREIRA, Luís | Edição | 2005 | Bragança | |
Pelourinhos do distrito de Bragança | CANOTILHO, Luís | Edição | 2005 | Bragança |
Pelourinho de Vinhais - Vista geral
Pelourinho de Vinhais - Enquadramento geral (DGEMN)