Pesquisa de Património Imóvel

DETALHES

Fortaleza de Juromenha
Designação
DesignaçãoFortaleza de Juromenha
Outras Designações / PesquisasFortificações da Vila de Juromenha / Fortaleza de Juromenha (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt)
Categoria / TipologiaArquitectura Militar / Fortaleza
TipologiaFortaleza
CategoriaArquitectura Militar
Inventário Temático
Localização
Divisão AdministrativaÉvora/Alandroal/Alandroal (Nossa Senhora da Conceição), São Brás dos Matos (Mina do Bugalho) e Juromenha (Nossa Senhora do Loreto)
Endereço / Local
RUA LOCAL ZIP REF
-- -Juromenha Número de Polícia:
LATITUDE LONGITUDE
38.738116-7.239882
DistritoÉvora
ConcelhoAlandroal
FreguesiaAlandroal (Nossa Senhora da Conceição), São Brás dos Matos (Mina do Bugalho) e Juromenha (Nossa Senhora do Loreto)
Proteção
Situação ActualClassificado
Categoria de ProtecçãoClassificado como IIP - Imóvel de Interesse Público
CronologiaDecreto n.º 41 191, DG, I Série, n.º 162, de 18-07-1957 (ver Decreto)
ZEP
Zona "non aedificandi"
CLASS_NAMEMonumento
Património Mundial
Património Mundial Designação
Cadastro
AFECTACAO12736627
Descrição Geral
Nota Histórico-ArtisticaAs primeiras referências ao sítio da Juromenha datam da segunda metade do século IX. Durante mais de duzentos anos este local foi considerado a praça-forte de defesa da zona de Badajoz, pertencendo desde o século X ao Califado de Córdova. Em 1167 D. Afonso Henriques conquistou a fortaleza, mas esta voltaria ao domínio do Califa Almasor em 1191. Este espaço de defesa do Guadiana só seria definitivamente reconquistado pela Coroa portuguesa em 1242.
Apesar de ter sido objecto de uma total reconstrução em 1312 por ordem de D. Dinis, a fortaleza foi entrando em progressiva decadência a partir do século XVI, só sendo revitalizada no período pós-Restauração, devido à sua importância estratégica.
No ano de 1644 eram apresentados ao Conselho de Guerra de D. João IV três planos de fortificação de Juromenha, que tinham como objectivo adaptar a velha fortaleza medieval à artilharia seiscentista (ESPANCA, Túlio, 1978). O primeiro, desenhado pelo engenheiro italiano Pascoeli, terá sido imediatamente recusado; o segundo projecto, da autoria do Padre João Cosmander, foi escolhido pelo Conselho, embora algum tempo depois as obras tenham sido interrompidas devido aos elevados custos materiais e à inviabilidade técnica do mesmo. O terceiro plano, da autoria do engenheiro francês Nicolau de Langres, foi aprovado em 1646. As obras prolongaram-se pelos anos seguintes e decorriam ainda quando o paiol de pólvora explodiu em 1659, arruinando grande parte das estruturas já edificadas, bem como o antigo paço.
A fortaleza foi edificada segundo uma planta de modelo poligonal, composto por duas cinturas de muralhas, uma interna, onde se situa a torre de menagem, e outra externa, sendo esta de tipo abaluartado. No espaço interior da fortaleza foram edificadas as igrejas da Misericórdia e a matriz, bem como os antigos Paços do Concelho e respectiva cadeia, e uma cisterna de planta rectangular que abastecia a população.
Esta fortificação obedece "ao sistema dominante da sua época em toda a Europa, vulgarmente chamado tipo Vauban" (Idem, ibidem). Com o terramoto de 1755 a fortaleza ficou muito afectada, sobretudo a área de edificação seiscentista, pelo que foram feitas obras de reconstrução, que englobaram a construção de um fortim nas muralhas junto ao Guadiana, para aportarem as barcas.
Devido à sua posição estratégica na defesa das linhas fronteiriças, a Fortaleza da Juromenha foi sendo sucessivamente atacada ao longo dos séculos. Se em 1662 as tropas de D. João de Aústria ocuparam durante seis anos a fortificação, que regressaria à posse da Coroa Portuguesa na Paz Geral de 1668, no início do século XIX, durante a Guerra Peninsular, a fortificação era tomada pelo exército de D. Manuel Godoy, só sendo recuperada em 1808.
A partir de então foi entrando em progressiva decadência, e em 1920 ficou despovoada. No ano de 1950 a Direcção-Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais iniciou grandes obras de recuperação do espaço, numa campanha que se prolongou até 1996.
Catarina Oliveira
GIF/IPPAR/2005
Processo
Abrangido em ZEP ou ZP
Outra Classificação
Nº de Imagens15
Nº de Bibliografias3

BIBLIOGRAFIA

TITULO AUTOR(ES) TIPO DATA LOCAL OBS.
Inventário Artístico de Portugal - vol. IX (Distrito de Évora, Zona Sul, volume I)ESPANCA, TúlioEdição1978LisboaO vol. II é totalmente dedicado às ilustrações.
A fortaleza de Juromenha. Contributo para o estudo e conservação da muralha islâmica de taipa militar, Dissertação de Mestrado apresentada à Universidade de ÉvoraBRUNO, Carla Patrícia de AbreuEdição2000Évora
"Juromenha, Elvas e Alandroal: algumas reflexões em torno de fortificações islâmicas e cristãs do curso médio do Guadiana", Boletim Cultural Cira, nº7, pp.111-128CORREIA, Fernando M. R. BrancoEdição1997Vila Franca de Xira

IMAGENS

Fortaleza de Juromenha - Interior do recinto: igreja e construções envolventes (CME)

Fortaleza de Juromenha - Interior do recinto: Capela da Misericórdia (CME)

Fortaleza de Juromenha - Interior do recinto: baluarte e construções anexas (CME)

Fortaleza de Juromenha - Vista sobre o Rio Guadiana (CME)

Fortaleza de Juromenha - Interior do recinto: antiga igreja matriz (CME)

Fortaleza de Juromenha (Alandroal) interior do recinto e igreja. DRCA-Elsa Caeiro, 2017.

Fortaleza de Juromenha (Alandroal). DRCA-Elsa Caeiro, 2017.

Fortaleza de Juromenha (Alandroal) - altar-mor da igreja. DRCA-Elsa Caeiro, 2017.

Fortaleza de Juromenha (Alandroal) - panos de muralha. DRCA-Elsa Caeiro, 2017.

Fortaleza de Juromenha (Alandroal) - acesso da porta principal. DRCA-Elsa Caeiro, 2017.

Fortaleza de Juromenha (Alandroal) - interior do recinto amuralhado. DRCA-Elsa Caeiro, 2017.

Fortaleza de Juromenha (Alandroal) - ruína de estrutura em taipa. DRCA-Elsa Caeiro, 2017.

Fortaleza de Juromenha (Alandroal) - interior da fortificação. DRCA-Elsa Caeiro, 2017.

Fortaleza de Juromenha (Alandroal) - edificações no interior do recinto. DRCA-Elsa Caeiro, 2017.

Fortaleza de Juromenha (Alandroal) - interior da igreja. DRCA-Elsa Caeiro, 2017.

MAPA

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