Pesquisa de Património Imóvel

DETALHES

Igreja de Nossa Senhora da Vila Velha
Designação
DesignaçãoIgreja de Nossa Senhora da Vila Velha
Outras Designações / PesquisasCapela de Nossa Senhora da Vila Velha da Fronteira / Capela de Nossa Senhora da Assunção (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt)
Categoria / TipologiaArquitectura Religiosa / Capela
TipologiaCapela
CategoriaArquitectura Religiosa
Inventário Temático
Localização
Divisão AdministrativaPortalegre/Fronteira/Fronteira
Endereço / Local
RUA LOCAL ZIP REF
- Outeiro da Vila VelhaFronteira Número de Polícia:
LATITUDE LONGITUDE
39.068549-7.652258
DistritoPortalegre
ConcelhoFronteira
FreguesiaFronteira
Proteção
Situação ActualClassificado
Categoria de ProtecçãoClassificado como MIP - Monumento de Interesse Público
CronologiaPortaria n.º 277/2014, DR, 2.ª série, n.º 81, de 28-04-2014 (ver Portaria)
Relatório final do procedimento aprovado por despacho de 12-08-2013 do subdiretor-geral da DGPC
Edital de 22-08-2005 da CM de Fronteira
Despacho de homologação de 25-11-1975
Parecer de 21-11-1975 da 4.º Subsecção da 2.ª Secção da JNE a propor a classificação como IIP
Proposta de classificação de 20-02-1975 do Dr. Rafael Salinas Calado
ZEPPortaria n.º 277/2014, DR, 2.ª série, n.º 81, de 28-04-2014 (sem restrições) (ver Portaria)
Relatório final do procedimento aprovado por despacho de 12-08-2013 do subdiretor-geral da DGPC
Anúncio n.º 228/2013, DR, 2.ª série, n.º 119, de 24-06-2013 (ver Anúncio)
Parecer favorável de 19-03-2007 do Conselho Consultivo do IPPAR
Proposta de 26-10-2006 da DR de Évora
Zona "non aedificandi"
CLASS_NAMEMonumento
Património Mundial
Património Mundial Designação
Cadastro
AFECTACAO12699926
Descrição Geral
Nota Histórico-ArtisticaA existência de uma ermida de Nossa Senhora de Vila Velha de Fronteira remonta ao século XIII, acreditando-se ter sido fundada em data próxima de 1226 (KEIL, 1943). Contudo, nada resta desta primitiva capela, a não ser, eventualmente, os contrafortes que apoiam a estrutura actual, "algumas cabeceiras de sepultura e uma tampa de sarcófago com inscrição muito apagada, mas que deve ser do século XVIII" (IDEM).
Na realidade, uma campanha de meados do século XVII reedificou a antiga ermida, transformando o espaço e imprimindo-lhe um sentido muito gráfico e de quase "horror ao vazio", bem presente nas pinturas murais e nos azulejos de tapete que revestem a totalidade do seu interior. Não se conhece com exactidão a data desta reestruturação, mas o registo de azulejos sobre o arco triunfal, representando a Virgem, com a legenda referindo "N. Sra. De Villa Velha de Fronteira", exibe a data de 1648, o que nos ajuda a balizar, pelo menos, a colocação dos azulejos, fazendo remontar esta intervenção á primeira metade do século XVII (SIMÕES, 1997, vol. II, p. 208).
A fachada principal exibe galilé de cinco arcos de diferentes dimensões, a que se sobrepõe um janelão. É contrafortada em rampa, nas extremidades do alçado, situação que se repete na fachada lateral, também contrafortada. O volume correspondente à capela-mor, coberto por lanternim, é rematado por uma alternância de coruchéus e esferas.
No interior, a nave rectangular e a capela-mor, de planta circular, são revestidas por azulejos de padrão, que enquadram as pinturas murais e os arcos de cantaria, terminando na sanca, a partir da qual se projecta o tecto em caixotões com pintura de temática religiosa.
Os azulejos foram identificados por Santos Simões, de acordo com o estabelecido no seu Corpus da Azulejaria do século XVII, como sendo o padrão n.º 401, o friso n.º 10 e a cercadura n.º 71. Contudo, o próprio levanta algumas dúvidas em relação ao padrão, que pensamos aproximar-se mais do n.º 431, pertencendo à família dos quadrílobos, e muito em voga na década de 1640, embora o seu uso se tenha prolongado até ao século XVIII (SIMÕES, 1997, vol. I, p. 72). O coro ergue-se sobre a galilé, e os arcos da nave exibem telas com a representação de cenas da vida de Cristo e de Nossa Senhora a que se acrescenta uma Visão de Santo António. Os dois altares colaterais são em talha dourada e em alvenaria, encontrando-se junto a um deles a pintura a fresco do Juízo Final O tecto, em abóbada de berço, é dividido em caixotões, com pinturas identificadas por legendas, e que representam episódios da Virgem de Cristo, e de alguns santos.
Na capela-mor, de planta circular, o retábulo é de alvenaria e o tecto segue o mesmo esquema de caixotões com pinturas de cenas da vida da Virgem. Os azulejos exibem um padrão ligeiramente diferente do da nave, o que levou Santos Simões a defender tratar-se de uma reposição bastante recente (SIMÕES, 1997, vol. II, p. 208). Neste contexto, importa chamar a atenção para uma das particularidades da aplicação do azulejo no nosso país, que é a de respeitar as pré-existências, ajustando-se aos elementos arquitectónicos, que contorna e destaca.
Respeitando tonalidades semelhantes, a pintura e o azulejo conjugam-se aqui de forma exemplar, criando um espaço etéreo em que a arquitectura parece desmaterializar-se para dar lugar aos brilhos e tonalidades que revestem todo o interior, mas que não deixam de respeitar um amplo programa iconográfico, merecedor de um estudo mais específico e integrado.
(Rosário Carvalho)
Processo
Abrangido em ZEP ou ZP
Outra Classificação
Nº de Imagens12
Nº de Bibliografias2

BIBLIOGRAFIA

TITULO AUTOR(ES) TIPO DATA LOCAL OBS.
Azulejaria em Portugal no século XVIISIMÕES, J. M. dos SantosEdição1971Lisboa
Inventário Artístico de Portugal - vol. I (Distrito de Portalegre)KEIL, LuísEdição1943Lisboa

IMAGENS

Igreja de Nossa Senhora da Vila Velha - Planta anexa à portaria de classificação, com a delimitação e a ZEP em vigor

Igreja de Nossa Senhora da Vila Velha - Interior: pormenor do revestimento de azulejos da nave (1975)

Igreja de Nossa Senhora da Vila Velha - Interior: pormenor do padrão do revestimento de azulejos da nave (1975)

Igreja de Nossa Senhora da Vila Velha - Fachada principal: contrafortes (1975)

Igreja de Nossa Senhora da Vila Velha - Fachada lateral direita

Igreja de Nossa Senhora da Vila Velha - Fachada lateral direita (1975)

Igreja de Nossa Senhora da Vila Velha - Interior: púlpito na nave (1975)

Igreja de Nossa Senhora da Vila Velha - Interior da capela-mor: pormenor da cúpula com pintura mural (1975)

Igreja de Nossa Senhora da Vila Velha - Fachada principal: nártex (1975)

Igreja de Nossa Senhora da Vila Velha - Fachada principal (1975)

Igreja de Nossa Senhora da Vila Velha - Interior: nave e capela-mor

Igreja de Nossa Senhora da Vila Velha - Planta com a delimitação e a ZEP proposta pela DRCA e o CC (não está em vigor)

MAPA

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