Igreja de São Quintino | |||||||||||||
Designação | |||||||||||||
Designação | Igreja de São Quintino | ||||||||||||
Outras Designações / Pesquisas | Igreja de Nossa Senhora da Piedade / Igreja Paroquial de São Quintino (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt) | ||||||||||||
Categoria / Tipologia | Arquitectura Religiosa / Igreja | ||||||||||||
Tipologia | Igreja | ||||||||||||
Categoria | Arquitectura Religiosa | ||||||||||||
Inventário Temático | |||||||||||||
Localização | |||||||||||||
Divisão Administrativa | Lisboa/Sobral de Monte Agraço/Santo Quintino | ||||||||||||
Endereço / Local |
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Distrito | Lisboa | ||||||||||||
Concelho | Sobral de Monte Agraço | ||||||||||||
Freguesia | Santo Quintino | ||||||||||||
Proteção | |||||||||||||
Situação Actual | Classificado | ||||||||||||
Categoria de Protecção | Classificado como MN - Monumento Nacional | ||||||||||||
Cronologia | Decreto de 16-06-1910, DG, n.º 136, de 23-06-1910 (ver Decreto) | ||||||||||||
ZEP | |||||||||||||
Zona "non aedificandi" | |||||||||||||
CLASS_NAME | Monumento | ||||||||||||
Património Mundial | |||||||||||||
Património Mundial Designação | |||||||||||||
Cadastro | |||||||||||||
AFECTACAO | 9913929 | ||||||||||||
Descrição Geral | |||||||||||||
Nota Histórico-Artistica | A história da igreja de São Quintino de Sobral de Monte Agraço é, em muitos aspectos, análoga à da vizinha matriz de Arruda dos Vinhos. Na época medieval, o seu orago era outro (existem referências nas Inquirições de D. Afonso III a uma igreja dedicada a Santa Maria de Monte Agraço) e foi preciso esperar pelas primeiras décadas do século XVI para que o edifício adquirisse o seu aspecto geral actual. Ao anterior conjunto deve pertencer o arco quebrado entaipado, localizado a Norte do portal principal, e que se pressupõe ter sido a entrada principal do templo medieval, que deveria, desta forma, ser de nave única. Dessa primitiva igreja devem ser também três capitéis estilisticamente conotados com a transição para o Gótico, que se conservam no interior do actual monumento. A origem da renovação verificada é, tal como em Arruda, tradicionalmente atribuída ao rei D. Manuel. Em 1520, este terá ordenado a reedificação integral do monumento, datando dos anos imediatamente seguintes o essencial dos trabalhos. Ao que tudo indica, o projecto avançou com relativa rapidez, uma vez que o ano de 1530 está inscrito em duas cartelas do portal principal e que a imagem de São Quintino (que actualmente se conserva na capela lateral Sul) ostenta a data de 1532. Artisticamente, o templo é um produto caracteristicamente manuelino, de assinalável qualidade. O corpo é de três naves, seccionadas em cinco tramos por arcos formeiros de volta perfeita, cujas colunas possuem anéis de decoração vegetalista, numa solução espacial e estética muito próxima à da vizinha Matriz de Arruda dos Vinhos. O portal principal, pelo contrário, é mais cuidado: de arco canopial, é enquadrado por exuberante composição gabletada, com dupla moldura superior e múltiplos elementos decorativos, com nicho axial ladeado por dois medalhões. Finalmente, a cabeceira é tripartida e escalonada, com capela-mor rectangular e absidíolos quadrangulares, uniformemente cobertos com abóbadas polinervadas. Terminada a campanha de arquitectura, os promotores dedicaram-se a actualizar esteticamente o templo. Dos trabalhos efectuados nas décadas seguintes, destaca-se o que resta do retábulo de São Quintino, encomendado a Gregório Lopes em 1544. Ele não sobreviveu até aos nossos dias e as tábuas que se conservam no interior do templo, já de cronologia maneirista e reveladoras de uma estética aparentada com a de Giulio Romano, saíram da oficina de Diogo Contreiras (SERRÃO, 2002, pp.126 e 228). Do mesmo período, ou ligeiramente anterior, é o frontal de altar, revestido com azulejos hispano-árabes, um dos conjuntos mais importantes desta modalidade artística que se conserva no aro de Lisboa. As obras continuaram pelas décadas seguintes, contando-se a capela baptismal (em cuja cúpula existe a inscrição de 1592) e o revestimento azulejar das paredes da nave (datado de 1618), e que tem a particularidade de integrar painéis figurativos com representações de São Quintino, Anunciação e Visitação. No século XVIII, registaram-se outras importantes empreitadas artísticas. Admite-se que, ainda na primeira metade da centúria, se tenham verificado alterações nos alçados, mas o monumento carece de um estudo monográfico rigoroso que esclareça cabalmente as dúvidas que presentemente subsistem a esse respeito. O que não levanta problemas de atribuição setecentista são os vários painéis de azulejos azuis e branco, saídos das oficinas lisboetas dos grandes mestres azulejadores do reinado de D. João V, com cenas da vida de São Quintino. O restauro do monumento iniciou-se na década de 30 do século XX e continuou pelos anos seguintes. A uma primeira iniciativa de carácter consolidador, realizada em 1934, seguiu-se a campanha de intervenção integral, realizada a partir de 1940. Dos trabalhos então efectuados conta-se a demolição de alguns anexos, a substituição de azulejos em mau estado, bem como acções de grande impacto ao nível dos telhados e dos alçados do conjunto. PAF | ||||||||||||
Processo | |||||||||||||
Abrangido em ZEP ou ZP | |||||||||||||
Outra Classificação | |||||||||||||
Nº de Imagens | 1 | ||||||||||||
Nº de Bibliografias | 12 |
TITULO | AUTOR(ES) | TIPO | DATA | LOCAL | OBS. |
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A Arquitectura Gótica em Portugal | CHICÓ, Mário Tavares | Edição | 1981 | Lisboa | |
A Obra Silvestre e a Esfera do Rei | PEREIRA, Paulo | Edição | 1990 | Coimbra | |
História da Arte em Portugal - o Renascimento e o Maneirismo | SERRÃO, Vítor | Edição | 2002 | Lisboa | |
As mais belas igrejas de Portugal, vol. II | GIL, Júlio | Edição | 1988 | Lisboa | |
Apontamentos sobre o Manuelino no Distrito de Lisboa | BASTOS, Fernando Pereira | Edição | 1990 | Lisboa | |
Manuelino. À descoberta da arte do tempo de D. Manuel I | DIAS, Pedro | Edição | 2002 | Lisboa | |
Monumentos e Edifícios Notáveis do Distrito de Lisboa | AZEVEDO, Carlos de | Edição | 1963 | Lisboa | Lisboa Data do Editor : 1973 |
Monumentos e Edifícios Notáveis do Distrito de Lisboa | GUSMÃO, Adriano de | Edição | 1963 | Lisboa | Lisboa Data do Editor : 1973 |
Monumentos e Edifícios Notáveis do Distrito de Lisboa | FERRÃO, Julieta | Edição | 1963 | Lisboa | Lisboa Data do Editor : 1973 |
Sobral, nossa Terra. Uma evocação da vila e concelho de Sobral de Monte Agraço | MORAIS, Carlos | Edição | 1984 | Sobral de Monte Agraço | |
Concelho de Sobral de Monte Agraço. Inventário artístico | SOARES, Maria Micaela | Edição | 1987 | Sobral de Monte Agraço | |
Concelho de Sobral de Monte Agraço. Inventário artístico | JORGE, Virgolino Ferreira | Edição | 1987 | Sobral de Monte Agraço | |
Monte Agraço e o seu foral | SOARES, Maria Micaela | Edição | 1990 | Sobral de Monte Agraço | |
Foral manuelino de Sobral de Monte Agraço | BORGES, França | Edição | 1948 | Sobral de Monte Agraço | |
A freguesia de São Quintino no século XVIII | SOARES, Maria Micaela | Edição | 1986 | Sobral de Monte Agraço |
Igreja de São Quintino - Fachada principal
Palacete Vilar de Allen
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