Pesquisa de Património Imóvel

DETALHES

Mosteiro de São Cristóvão de Lafões
Designação
DesignaçãoMosteiro de São Cristóvão de Lafões
Outras Designações / PesquisasReal Mosteiro de São Cristóvão de Lafões / Mosteiro de São Cristóvão de Lafões (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt) / Aqueduto do Mosteiro de São Cristóvão de Lafões (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt)
Categoria / TipologiaArquitectura Religiosa / Convento
TipologiaConvento
CategoriaArquitectura Religiosa
Inventário Temático
Localização
Divisão AdministrativaViseu/São Pedro do Sul/Valadares
Endereço / Local
RUA LOCAL ZIP REF
-- --Valadares Número de Polícia:
LATITUDE LONGITUDE
40.76342-8.173074
DistritoViseu
ConcelhoSão Pedro do Sul
FreguesiaValadares
Proteção
Situação ActualClassificado
Categoria de ProtecçãoClassificado como MIP - Monumento de Interesse Público
CronologiaDeclaração de retificação n.º 1061/2015, DR, 2.ª série, n.º 237, de 3-12-2015 (retificou a localidade e a freguesia) (ver Declaração
Portaria n.º 837/2015, DR, 2.ª série, n.º 223, de 13-11-2015 (alterou a designação para Mosteiro de São Cristóvão de Lafões) (ver Portaria)
Despacho de concordância de 23-10-2015 do Secretário de Estado da Cultura
Despacho de concordância de 12-10-2015 do diretor-geral da DGPC
Informação favorável de 29-05-2015 do Departamento dos Bens Culturais da DGPC
Informação favorável de 29-09-2015 da DRC do Centro
Proposta de 3-09-2015 dos proprietários para a alteração da designação da classificação, de "Convento de São Cristóvão de Lafões" para "Mosteiro de São Cristóvão de Lafões", para corresponder à designação adotada para os cistercienses
Portaria n.º 399/2010, DR, 2.ª série, n.º 113, de 14-06-2010 (classificou o Convento de São Cristóvão de Lafões) (ver Portaria)
Edital de 31-01-2003 da CM de São Pedro do Sul
Despacho de homologação de 23-10-2002 do Ministro da Cultura
Parecer de 22-09-2002 do Conselho Consultivo do IPPAR a propor a classificação como IIP do Mosteiro de Lafões
Proposta de 26-07-1999 da DR de Coimbra do IPPAR para a classificação como IIP
Edital de 12-05-1998 da CM de São Pedro do Sul
Despacho de abertura de 17-06-1996 do vice-presidente do IPPAR
Proposta de 3-06-1996 da DR de Coimbra do IPPAR para a abertura do processo de instrução da classificação
Proposta de 24-05-1996, de particular, para a classificação do Convento de Lafões
ZEPDeclaração de retificação n.º 1061/2015, DR, 2.ª série, n.º 237, de 3-12-2015 (retificou a localidade e a freguesia) (ver Declaração
Portaria n.º 837/2015, DR, 2.ª série, n.º 223, de 13-11-2015 (alterou a designação para Mosteiro de São Cristóvão de Lafões) (ver Portaria)
Portaria n.º 399/2010, DR, 2.ª série, n.º 113, de 14-06-2010 (sem restrições) (fixou a ZEP do Convento de São Cristóvão de Lafões) (ver Portaria)
Edital de 4-08-2008 da CM de São Pedro do Sul
Despacho de concordância de 28-01-2008 da Ministra da Cultura
Edital de 31-07-2007 da CM de São Pedro do Sul
Despacho de concordância de 3-04-2007 do presidente do IPPAR
Parecer de 19-03-2007 do Conselho Consultivo do IGESPAR, I.P. a propor a alteração, seguindo, na maior parte do perímetro, a linha de água que envolve o mosteiro
Nova proposta de 27-08-2003 da DR de Coimbra
Despacho de homologação de 23-10-2002 do Ministro da Cultura
Parecer de 22-09-2002 do Conselho Consultivo do IPPAR a propor a revisão dos limites, tendo em consideração as linhas de água
Proposta de 26-07-1999 da DR de Coimbra
Zona "non aedificandi"
CLASS_NAMEMonumento
Património Mundial
Património Mundial Designação
Cadastro
AFECTACAO12707538
Descrição Geral
Nota Histórico-ArtisticaIsolado, no cimo da serra da Arada e nas proximidades do rio Barosa, o Convento de São Cristóvão de Lafões homenageia São Bento e o local do seu primeiro retiro em Itália (Bubiaco ou Sublaco) (COCHERIL, 1978, pp. 125-132), mas também o santo padroeiro deste complexo conventual, uma vez que São Cristóvão é o protector dos "caminhantes nos lugares solitários" (VARELA GOMES, 1998, p. 362). Parece certo que lhe antecedeu uma ermida, com a mesma invocação, que ainda hoje se conserva com a data de 1672. A fundação conventual tem suscitado muitas dúvidas e interpretações, mas, hoje, e à luz da documentação, parece relativamente consensual considerar-se D. João Peculiar, Bispo do Porto, como fundador deste convento que, de início, abraçou a regra de Santo Agostinho (ALVES, 1995, pp. 11-12). O célebre Frei João Cerita foi, assim, prior e abade ao tempo de D. Afonso Henriques, período em que terá ocorrido a mudança da Regra para a de São Bento. Por fim, a adesão a Cister (com filiação directa em Claraval) foi última alteração da regra a observar no convento, que ocorreu em data próxima do ano de 1161.
Durante o período medieval, São Cristóvão de Lafões foi uma instituição muito rica, com rendimentos consideráveis (ALVES, 1995, pp. 13-17). Contudo, e à semelhança de boa parte dos mosteiros cistercienses, chegou ao século XVI num estado de considerável ruína, devido à gestão danosa dos abades comendatários. Disso mesmo nos deu conta o secretário do abade de Claraval (Dom Edme de Saulieu) que, em 21 de Dezembro de 1532 visitou o convento de São Cristóvão, então totalmente em ruínas e, onde apenas viviam 4 religiosos (ALVES, 1995, p. 18). Sobre o primitivo templo medieval, apenas sabemos que tinha três altares, cruzeiro com torre sineira ou campanário, constituindo, muito possivelmente um modelo semelhante ao da primeira igreja do Lorvão, "com cabeceira de três absides e nave aproximadamente quadrada" (VARELA GOMES, 1998, p. 363; e GOMES, 1998, p. 391 e ss; BORGES, 1992).
Foi necessário esperar pela criação da Congregação Autónoma Portuguesa, em 1567 (e reconhecida por D. Sebestião em 1560) para se criar, em Portugal, um movimento centralizador, capaz de restaurar e ou reconstruir as casas cistercienses do nosso país, actualizando ainda a sua linguagem estética, de acordo com as nomas tridentinas e o gosto barroco que se fez sentir entre o final do século XVI e o século XVIII (MOURA, 1998, p. 329). São Cristóvão de Lafões integrou-se nesta dinâmica renovadora, e a sua reconstrução iniciou-se na segunda metade do século XVII, embora nunca tenha chegado a ser concluída, uma vez que, em 1834, a extinção das Ordens Religiosas interrompeu o processo.
O convento, que dispunha das habituais dependências, organizava-se em torno do claustro, de dois pisos, formado por cinco arcos de volta perfeita e definidos por pilastras de ordem toscana. A zona Este encontra-se incompleta e a igreja situa-se no ângulo Sudeste do claustro. Reconstruído pela terceira vez em 1704, após um incêndio, o templo apresenta nave de planta quadrada mas com os cantos cortados, a que se acede através de uma profunda galilé, oposta à capela-mor, igualmente longa. De acordo com os estudos recentes de Paulo Varela Gomes, esta configuração forma um triplo quadrado, cuja concepção pode ser anterior ao início do século XVIII, e que remete para uma série de exemplos de planta centralizada existentes no Centro e Norte litoral (VARELA GOMES, 1998, p. 364). O zimbório que remata a nave é mais tardio, tal como o óculo de moldura rococó, que se abre sobre o coro. Por sua vez, as molduras em granito do exterior e do interior, de fomas compactas, ou de "um austero estilo de placas" recorda o trabalho executado á época no Norte do país e na Galiza (VARELA GOMES, 1998, p. 364).
Actualmente, e depois de décadas de abandono, o convento foi recuperado encontrando-se na posse de particulares.
(Rosário Carvalho)
Processo
Abrangido em ZEP ou ZP
Outra Classificação
Nº de Imagens11
Nº de Bibliografias8

BIBLIOGRAFIA

TITULO AUTOR(ES) TIPO DATA LOCAL OBS.
Visitações a Mosteiros Cistercienses em Portugal. Séculos XV e XVIGOMES, Saul AntónioEdição1998Lisboa Tipo : Colecção - Documenta A presente obra cuja publicação coincidiu com o 9º centenário da Ordem de Cister traz um olhar novo ao rico conjunto dos imóveis deixados pelos seguidores de S. Bernardo, aclarando tipologias construtivas e funcionais, dando na conhecer espaços entretanto desaparecidos ou revelando aspirações de encomendantes e artistas.
Arquitectura, Religião e Política em Portugal no século XVII - A Planta CentralizadaGOMES, Paulo VarelaEdição2001Porto
"Cister, a arquitectura e a cultura artística na época moderna", Arte de Cister em Portugal e Galiza (catálogo da exposição), pp. 230-279PEREIRA, José FernandesEdição1998Lisboa
"Da figuração à abstracção. O percurso artístico dos mosteiros cistercienses em Portugal entre os séculos XVI e XVIII", Arte de Cister em Portugal e Galiza (catálogo da exposição), pp.328- 375.MOURA, Carlos Alberto LouzeiroEdição1998Lisboa
O Real Mosteiro de São Cristóvão de LafõesALVES, AlexandreEdição1995Viseu
Arte Monástica em Lorvão, Sombras e Realidade, Dissertação de DoutoramentoBORGES, Nelson CorreiaEdição1992Coimbra
Routier des abbayes cisterciennes du PortugalCOCHERIL, MaurEdição1986Paris
"Património Histórico-Cultural da Região de Lafões", Millenium - Revista do ISPV - n.º 22 - Abril de 2001OLIVEIRA, A. NazaréEdição2001Viseun.º 22

IMAGENS

Mosteiro de São Cristóvão de Lafões - Enquadramento geral

Mosteiro de São Cristóvão de Lafões - Claustro

Mosteiro de São Cristóvão de Lafões - Enquadramento geral

Mosteiro de São Cristóvão de Lafões - Enquadramento geral (antes da intervenção)

Mosteiro de São Cristóvão de Lafões - Fachada principal da igreja

Mosteiro de São Cristóvão de Lafões - Planta com a delimitação e a ZEP em vigor (a designação da primeira portaria era Convento)

Convento de São Cristóvão de Lafões - Planta com a delimitação e a ZP que esteve em vigor até ser fixada em ZEP em 14.06.2010 (a designação foi mais tarde alterada para Mosteiro)

Mosteiro de São Cristóvão de Lafões - Fachada principal da igreja

Mosteiro de São Cristóvão de Lafões - Fachada principal da igreja

Mosteiro de São Cristóvão de Lafões - Portão da cerca conventual

Mosteiro de São Cristóvão de Lafões - Portal da cerca: pedra de armas do remate

MAPA

Abrir

Palácio Nacional da Ajuda
1349-021 Lisboa
T.: +351 21 361 42 00
NIF 600 084 914
dgpc@dgpc.pt