Pesquisa de Património Imóvel

DETALHES

Edifício da Fábrica Real
Designação
DesignaçãoEdifício da Fábrica Real
Outras Designações / PesquisasAntigo Colégio de São Sebastião / Actual edifício da Câmara Municipal de Portalegre / Colégio de São Sebastião / Real Fábrica de Lanifícios de Portalegre / Fábrica Grande de Portalegre / Câmara Municipal de Portalegre (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt)
Categoria / TipologiaArquitectura Civil / Edifício
TipologiaEdifício
CategoriaArquitectura Civil
Inventário Temático
Localização
Divisão AdministrativaPortalegre/Portalegre/Sé e São Lourenço
Endereço / Local
RUA LOCAL ZIP REF
Rua Guilherme Gomes FernandesPortalegre Número de Polícia: 28
LATITUDE LONGITUDE
39.294905-7.429111
DistritoPortalegre
ConcelhoPortalegre
FreguesiaSé e São Lourenço
Proteção
Situação ActualClassificado
Categoria de ProtecçãoClassificado como MIM - Monumento de Interesse Municipal
CronologiaAviso n.º 18686/2022, DR, 2.ª série, n.º 187, de 27-09-2022 (ver Aviso)
Deliberação de 16-08-2022 da CM de Portalegre a aprovar a decisão final de classificação como MIM
Em 2-06-2022 foi dado conhecimento do despacho à CM de Portalegre
Despacho de concordância de 27-05-2022 do diretor-geral da DGPC
Informação favorável de 4-05-2022 da DRC do Alentejo, por o imóvel não ter um valor patrimonial de âmbito nacional
Pedido de parecer de 26-04-2021 da CM de Portalegre sobre a classificação como MIM
Aviso n.º 14162/2020, DR, 2.ª série, n.º 182, de 17-09-2020 (ver Aviso)
Deliberação de 8-07-2020 da CM de Portalegre a aprovar a abertura do procedimento de classificação como MIM do Edifício da Fábrica Real e Colégio de São Sebastião - Edifício da CMP
Procedimento caducado nos termos do artigo 78.º do Decreto-Lei n.º 309/2009, DR, 1.ª série, N.º 206 de 23-10-2009 (ver Diploma) , alterado pelo Decreto-Lei n.º 265/2012, DR, 1.ª série, n.º 251, de 28-12-2012 (ver Diploma)
Procedimento prorrogado até 31-12-2012 pelo Decreto-Lei n.º 115/2011, DR, 1.ª série, n.º 232, de 5-12-2011 (ver Diploma)
Procedimento prorrogado pelo Despacho n.º 19338/2010, DR, 2.ª série, n.º 252, de 30-12-2010 (ver Despacho)
Enviado à DRC Alentejo em 20-01-2009, para a instrução do processo de classificação
Parecer de 6-01-2009 do Departamento de Salvaguarda do IGESPAR, I.P., favorável à prossecução do processo de classificação
Memorando de 6-02-2008 da CM Portalegre, contrário ao eventual encerramento do processo de âmbito nacional
Despacho de 23-10 2006 da vice-presidente do IPPAR, no sentido de se proceder à audência prévia dos interessados
Proposta de encerramento de 25-09-2006 da DR de Évora do IPPAR, por o edifício já não ter valor nacional após as obras realizadas
Despacho de abertura de 14-01-1994 do presidente do IPPAR
Proposta de classificação de 13-01-1994 da DR de Évora do IPPAR
Proposta de 9-12-1992 da CM de Portalegre para a classificação do Edifício da Fábrica Real
ZEP
Zona "non aedificandi"
CLASS_NAMEMonumento
Património Mundial
Património Mundial Designação
Cadastro
AFECTACAO181601
Descrição Geral
Nota Histórico-ArtisticaEm 1771 e no contexto de experiências manufactureiras já avançadas noutras cidades, como a Covilhã, o Marquês de Pombal decidiu criar, em Portalegre, a Real Fábrica de Lanifícios. A sua viabilidade justificava-se plenamente pela vasta tradição do comércio de lã e gado existente nesta área do Alentejo. Muito embora produzisse panos, a abundância de matéria-prima deveria justificar a especialização no fabrico de lanifícios, isto é "artigos finos e droguetes destinados a outros fins, que não o exército" (CUSTÓDIO, 1992, p. 288), que a diferenciava da sua congénere covilhanense.
O Governador de Armas da Província do Alentejo, Manuel Bernardo de Melo e Castro, foi o responsável pelo estabelecimento da Fábrica, oficialmente criada em 15 de Julho de 1772 (CUSTÓDIO, 1992, p. 289).
Para as suas instalações foi escolhido o antigo Colégio Jesuíta de São Sebastião, situado na Corredoura de Baixo. Este havia sido fundado em 1605, mas encontrava-se desabitado desde 1759, ano em que ocorreu a expulsão da Ordem e a nacionalização dos seus bens. Através das plantas subsistentes, é possível perceber as profundas alterações sofridas pelo edifício, muito embora a construção conventual tivesse obedecido a "(...) conceitos relacionados com as regras de clausura e de ordem interna do universo monástico, conceitos que, bem vistas as coisas, se integravam na lógica da disciplina fabril" (CUSTÓDIO, 1992, p. 292).
As dependências conventuais definiam-se em torno da igreja-salão, de característica maneiristas. Esta, apresentava capela-mor profunda, com duas capelas laterais. A nave, coberta por abóbada de berço, exibia três capelas laterais intercomunicantes. A entrada para o complexo conventual era feita através do alpendre que ainda hoje existe, e que tanto caracteriza o edifício na malha urbana da cidade.
Muito embora subsistam vestígios da sua anterior vocação, como é o caso das pinturas da abóbada da igreja, da primeira metade do século XVIII, todo o conjunto, incluindo a cerca, foi transformado de forma a poder receber a nova estrutura industrial, que representava a ascensão da burguesia e de uma mentalidade racional e profana (CUSTÓDIO, 1992, p. 292).
A reabilitação do espaço conventual foi concebida com grande rigor, espelhando a organização das oficinas próprias da indústria de lanifícios do século XVIII. O que permitiu a adaptação da Fábrica aos diferentes períodos que atravessou, sendo derrotada apenas pelas novas tecnologias do século XX. Neste espaço funcionou a manufactura das Tapeçarias de Portalegre, da firma Fino, o que, de alguma forma, manteve viva a história e a memória da antiga Fábrica Real.
(Rosário Carvalho)
Processo
Abrangido em ZEP ou ZP
Outra Classificação
Nº de Imagens2
Nº de Bibliografias5

BIBLIOGRAFIA

TITULO AUTOR(ES) TIPO DATA LOCAL OBS.
"A Real Fábrica de Lanifícios de Portalegre. Algumas achegas documentais e iconográficas", A CidadeCUSTÓDIO, JorgeEdição1992Portalegre
História dos LanifíciosDIAS, Luís Fernando CarvalhoEdição1962Lisboa
Lanifícios de Portalegre - do passado ao presenteMONTEIRO, ÂngeloEdição1963
A Real Fábrica de Lanifícios de PortalegreQUEIRÓS, Francisco FortunatoEdição1981Edição da Assembleia Distrital de Lisboa
A Real Fábrica de Lanifícios de Portalegre (1772-1788) - Separata do I Encontro Nacional sobre o Património IndustrialMATOS, Ana Maria Cardoso deEdição1990CoimbraII volume das Actas e Comunicações

IMAGENS

Edifício da Fábrica Real - Fachada principal: vista parcial

Edifício da Fábrica Real - Fachada principal: alpendre do portal de acesso

MAPA

Abrir

Palácio Nacional da Ajuda
1349-021 Lisboa
T.: +351 21 361 42 00
NIF 600 084 914
dgpc@dgpc.pt