Edifício da Fábrica Real | |||||||||||||
Designação | |||||||||||||
Designação | Edifício da Fábrica Real | ||||||||||||
Outras Designações / Pesquisas | Antigo Colégio de São Sebastião / Actual edifício da Câmara Municipal de Portalegre / Colégio de São Sebastião / Real Fábrica de Lanifícios de Portalegre / Fábrica Grande de Portalegre / Câmara Municipal de Portalegre (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt) | ||||||||||||
Categoria / Tipologia | Arquitectura Civil / Edifício | ||||||||||||
Tipologia | Edifício | ||||||||||||
Categoria | Arquitectura Civil | ||||||||||||
Inventário Temático | |||||||||||||
Localização | |||||||||||||
Divisão Administrativa | Portalegre/Portalegre/Sé e São Lourenço | ||||||||||||
Endereço / Local |
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Distrito | Portalegre | ||||||||||||
Concelho | Portalegre | ||||||||||||
Freguesia | Sé e São Lourenço | ||||||||||||
Proteção | |||||||||||||
Situação Actual | Classificado | ||||||||||||
Categoria de Protecção | Classificado como MIM - Monumento de Interesse Municipal | ||||||||||||
Cronologia | Aviso n.º 18686/2022, DR, 2.ª série, n.º 187, de 27-09-2022 (ver Aviso) Deliberação de 16-08-2022 da CM de Portalegre a aprovar a decisão final de classificação como MIM Em 2-06-2022 foi dado conhecimento do despacho à CM de Portalegre Despacho de concordância de 27-05-2022 do diretor-geral da DGPC Informação favorável de 4-05-2022 da DRC do Alentejo, por o imóvel não ter um valor patrimonial de âmbito nacional Pedido de parecer de 26-04-2021 da CM de Portalegre sobre a classificação como MIM Aviso n.º 14162/2020, DR, 2.ª série, n.º 182, de 17-09-2020 (ver Aviso) Deliberação de 8-07-2020 da CM de Portalegre a aprovar a abertura do procedimento de classificação como MIM do Edifício da Fábrica Real e Colégio de São Sebastião - Edifício da CMP Procedimento caducado nos termos do artigo 78.º do Decreto-Lei n.º 309/2009, DR, 1.ª série, N.º 206 de 23-10-2009 (ver Diploma) , alterado pelo Decreto-Lei n.º 265/2012, DR, 1.ª série, n.º 251, de 28-12-2012 (ver Diploma) Procedimento prorrogado até 31-12-2012 pelo Decreto-Lei n.º 115/2011, DR, 1.ª série, n.º 232, de 5-12-2011 (ver Diploma) Procedimento prorrogado pelo Despacho n.º 19338/2010, DR, 2.ª série, n.º 252, de 30-12-2010 (ver Despacho) Enviado à DRC Alentejo em 20-01-2009, para a instrução do processo de classificação Parecer de 6-01-2009 do Departamento de Salvaguarda do IGESPAR, I.P., favorável à prossecução do processo de classificação Memorando de 6-02-2008 da CM Portalegre, contrário ao eventual encerramento do processo de âmbito nacional Despacho de 23-10 2006 da vice-presidente do IPPAR, no sentido de se proceder à audência prévia dos interessados Proposta de encerramento de 25-09-2006 da DR de Évora do IPPAR, por o edifício já não ter valor nacional após as obras realizadas Despacho de abertura de 14-01-1994 do presidente do IPPAR Proposta de classificação de 13-01-1994 da DR de Évora do IPPAR Proposta de 9-12-1992 da CM de Portalegre para a classificação do Edifício da Fábrica Real | ||||||||||||
ZEP | |||||||||||||
Zona "non aedificandi" | |||||||||||||
CLASS_NAME | Monumento | ||||||||||||
Património Mundial | |||||||||||||
Património Mundial Designação | |||||||||||||
Cadastro | |||||||||||||
AFECTACAO | 181601 | ||||||||||||
Descrição Geral | |||||||||||||
Nota Histórico-Artistica | Em 1771 e no contexto de experiências manufactureiras já avançadas noutras cidades, como a Covilhã, o Marquês de Pombal decidiu criar, em Portalegre, a Real Fábrica de Lanifícios. A sua viabilidade justificava-se plenamente pela vasta tradição do comércio de lã e gado existente nesta área do Alentejo. Muito embora produzisse panos, a abundância de matéria-prima deveria justificar a especialização no fabrico de lanifícios, isto é "artigos finos e droguetes destinados a outros fins, que não o exército" (CUSTÓDIO, 1992, p. 288), que a diferenciava da sua congénere covilhanense. O Governador de Armas da Província do Alentejo, Manuel Bernardo de Melo e Castro, foi o responsável pelo estabelecimento da Fábrica, oficialmente criada em 15 de Julho de 1772 (CUSTÓDIO, 1992, p. 289). Para as suas instalações foi escolhido o antigo Colégio Jesuíta de São Sebastião, situado na Corredoura de Baixo. Este havia sido fundado em 1605, mas encontrava-se desabitado desde 1759, ano em que ocorreu a expulsão da Ordem e a nacionalização dos seus bens. Através das plantas subsistentes, é possível perceber as profundas alterações sofridas pelo edifício, muito embora a construção conventual tivesse obedecido a "(...) conceitos relacionados com as regras de clausura e de ordem interna do universo monástico, conceitos que, bem vistas as coisas, se integravam na lógica da disciplina fabril" (CUSTÓDIO, 1992, p. 292). As dependências conventuais definiam-se em torno da igreja-salão, de característica maneiristas. Esta, apresentava capela-mor profunda, com duas capelas laterais. A nave, coberta por abóbada de berço, exibia três capelas laterais intercomunicantes. A entrada para o complexo conventual era feita através do alpendre que ainda hoje existe, e que tanto caracteriza o edifício na malha urbana da cidade. Muito embora subsistam vestígios da sua anterior vocação, como é o caso das pinturas da abóbada da igreja, da primeira metade do século XVIII, todo o conjunto, incluindo a cerca, foi transformado de forma a poder receber a nova estrutura industrial, que representava a ascensão da burguesia e de uma mentalidade racional e profana (CUSTÓDIO, 1992, p. 292). A reabilitação do espaço conventual foi concebida com grande rigor, espelhando a organização das oficinas próprias da indústria de lanifícios do século XVIII. O que permitiu a adaptação da Fábrica aos diferentes períodos que atravessou, sendo derrotada apenas pelas novas tecnologias do século XX. Neste espaço funcionou a manufactura das Tapeçarias de Portalegre, da firma Fino, o que, de alguma forma, manteve viva a história e a memória da antiga Fábrica Real. (Rosário Carvalho) | ||||||||||||
Processo | |||||||||||||
Abrangido em ZEP ou ZP | |||||||||||||
Outra Classificação | |||||||||||||
Nº de Imagens | 2 | ||||||||||||
Nº de Bibliografias | 5 |
TITULO | AUTOR(ES) | TIPO | DATA | LOCAL | OBS. |
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"A Real Fábrica de Lanifícios de Portalegre. Algumas achegas documentais e iconográficas", A Cidade | CUSTÓDIO, Jorge | Edição | 1992 | Portalegre | |
História dos Lanifícios | DIAS, Luís Fernando Carvalho | Edição | 1962 | Lisboa | |
Lanifícios de Portalegre - do passado ao presente | MONTEIRO, Ângelo | Edição | 1963 | ||
A Real Fábrica de Lanifícios de Portalegre | QUEIRÓS, Francisco Fortunato | Edição | 1981 | Edição da Assembleia Distrital de Lisboa | |
A Real Fábrica de Lanifícios de Portalegre (1772-1788) - Separata do I Encontro Nacional sobre o Património Industrial | MATOS, Ana Maria Cardoso de | Edição | 1990 | Coimbra | II volume das Actas e Comunicações |
Edifício da Fábrica Real - Fachada principal: vista parcial
Edifício da Fábrica Real - Fachada principal: alpendre do portal de acesso