Pesquisa de Património Imóvel

DETALHES

Bairro Alto
Designação
DesignaçãoBairro Alto
Outras Designações / PesquisasBairro Alto de São Roque / Vila Nova de Andrade (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt)
Categoria / TipologiaArquitectura Civil / Bairro
TipologiaBairro
CategoriaArquitectura Civil
Inventário Temático
Localização
Divisão AdministrativaLisboa/Lisboa/Misericórdia
Endereço / Local
RUA LOCAL ZIP REF
Bairro AltoLisboa Número de Polícia:
LATITUDE LONGITUDE
38.714003-9.145835
DistritoLisboa
ConcelhoLisboa
FreguesiaMisericórdia
Proteção
Situação ActualClassificado
Categoria de ProtecçãoClassificado como CIP - Conjunto de Interesse Público
CronologiaPortaria n.º 398/2010, DR, 2.º série, n.º 112, de 11-06-2010 (sem restrições) (ver Portaria)
Edital N.º 114/2009 de 22-12-2009 da CM de Lisboa
Despacho de homologação de 11-11-2009 da Ministra da Cultura
Edital N.º 13/2009 de 3-02-2009 da CM de Lisboa (rectificou o anterior edital que tinha sido publicado com a ZGP e não com a proposta de ZEP)
Edital N.º 88/2008 de 19-09-2008 da CM de Lisboa
Parecer favorável de 23-04-2008 do Conselho Consultivo do IGESPAR, I.P.
Proposta de 18-11-2005 da DR de Lisboa do IPPAR para a classificação como IIP
Edital N.º 34/2005 de 5-05-2005 da CM de Lisboa
Em 23-12-2004 foi dado conhecimento do despacho à CM de Lisboa
Despacho N.º 109/2004 - PRES.de 11-11-2004 do presidente do IPPAR a determinar a abertura da instrução do processo de classificação
Despacho de 1-03-1989 do vice-presidente do IPPC a determinar a abertura da instrução do processo de classificação
Proposta de classificação de 10-02-1989 da ADPCRUBA
ZEPDeclaração de rectificação n.º 874/2011, DR, 2.ª série, n.º 98, de 20-05-2011 (retificou para ZEP do Bairro Alto e imóveis classificados na sua envolvente) (ver Declaração)
Portaria n.º 398/2010, DR, 2.º série, n.º 112, de 11-06-2010 (sem restrições) (fixou a ZEP do Bairro Alto) (ver Portaria)
Edital N.º 114/2009 de 22-12-2009 da CM de Lisboa
Despacho de homologação de 11-11-2009 da Ministra da Cultura
Edital N.º 13/2009 de 3-02-2009 da CM de Lisboa (rectificou o anterior edital que tinha sido publicado com a ZGP e não com a proposta de ZEP)
Edital N.º 88/2008 de 19-09-2008 da CM de Lisboa
Parecer favorável de 23-04-2008 do Conselho Consultivo do IGESPAR, I.P.
Nova proposta de 29-09-2005 da DR de Lisboa
Proposta de 22-02-2002 da DR de Lisboa para a ZEP Conjunta do Bairro Alto e Imóveis Classificados na sua Área Envolvente
Zona "non aedificandi"
CLASS_NAMEConjunto
Património Mundial
Património Mundial Designação
Cadastro
AFECTACAO9914631
Descrição Geral
Nota Histórico-ArtisticaA área que actualmente constitui o Bairro Alto foi-se estabelecendo entre os séculos XV e XVII, através da formação de um conjunto de aglomerados urbanos, podendo considerar-se "a primeira urbanização moderna de Lisboa" (TEIXEIRA, Manuel, VALLA, Margarida, 1999, p.90). Uma das primeiras áreas do futuro Bairro Alto era a Vila Nova de Andrade, construída em meados do século XV nas antigas propriedades do cirurgião judeu Guedelha Palaçano, situadas entre o aglomerado urbano de Cata-que-Farás e a porta de Santa Catarina.
No reinado de D. Manuel assistiu-se ao crescimento populacional e urbanístico da capital, devido à expansão do comércio marítimo. O monarca estabeleceu então um conjunto de regras urbanísticas e arquitectónicas, que se estenderam a toda a cidade.
Ao longo da primeira metade do século XVI, a Vila Nova de Andrade foi crescendo em número de arruamentos e habitantes, de acordo com as directrizes régias, e em meados da centúria iniciou-se uma nova fase de urbanização da zona alta. A Estrada de Santos, que ligava o Loreto, pela zona do Combro, ao Poço dos Negros, marca a divisão destas duas zonas, e em 1553 a instalação dos Jesuítas em São Roque, originou a deslocação do centro do bairro da antiga Vila Nova de Andrade para o novo Bairro Alto de São Roque. Assim, a partir da segunda metade do século XVI, e até ao final do século XVII, assiste-se a "uma fase de urbanização polarizada pela acção cultural dos Jesuítas" (CARITA, Hélder, 1994, p.25).
A partir de então, o Bairro Alto torna-se um caso ímpar do urbanismo português, uma vez que não só cresce segundo um plano de regularidade "sem paralelo na cidade até ao período pombalino" (Idem, ibidem, p.27), como porque ao nível social vai crescendo em importância e nobreza, uma vez que se torna um centro cultural ligado ao ensino jesuíta.
O século XVII será o período de consolidação urbanística, arquitectónica e social do bairro, que se tornou uma malha ortogonal regular "em que os quarteirões, embora todos rectangulares, têm proporções e dimensões diferentes conforme se situam abaixo ou acima da antiga estrada de Santos" (TEIXEIRA, Manuel, VALLA, Margarida, 1999, p.91). Os palacetes e casas senhoriais construídos na época, segundo padrões arquitectónicos eruditos, adaptaram-se tanto à fisionomia das ruas como à tipologia vernácula das habitações já existentes, dando origem a um conjunto arquitectónico harmonioso.
Embora o terramoto de 1 de Novembro de 1755 tenha destruído a zona baixa da cidade, o Bairro Alto foi poupado na maior parte da sua área. Desta forma, o traçado do bairro permaneceu inalterado durante a grande reforma urbanística do período pombalino, embora muitos dos edifícios quinhentistas tenham sido substituídos.
Durante as últimas décadas do século XVIII, o Bairro Alto foi perdendo o seu carácter aristocrático, e embora voltasse a ser habitado por grupos mais populares, acabou por se tornar um dos centros da cidade de Lisboa.
A partir do século XIX, com o crescimento da cidade, foram os limites do Bairro Alto que se renovaram; o estabelecimento de aglomerados urbanos adjacentes levou a que o bairro se fechasse sobre si, afastado tanto das constantes renovações urbanísticas de que a cidade foi objecto ao longo dos séculos XIX e XX, como das transformações estilísticas ao nível da arquitectura.
Desde então, as casas e antigos palacetes do Bairro Alto passaram a hospedar artistas, intelectuais, redacções de vários jornais e estruturas de apoio social e médico, tornando-se também o centro da vida nocturna da cidade.
Desta forma, o Bairro Alto manteve intacta a estrutura urbana quinhentista, resistindo a quatro séculos de transformações urbanísticas da capital, e revelando na sua malha ortogonal os ideais das cidades renascentistas, ao qual se adaptaram os edifícios construídos nos dois séculos seguintes.
Catarina Oliveira
GIF/IPPAR/Junho de 2005
Processo
Abrangido em ZEP ou ZPAqueduto das Águas Livres, seus aferentes e correlacionados (Concelhos de Lisboa, Amadora, Odivelas, Oeiras e Sintra)Lisboa PombalinaPalácio Pombal, Largo e Chafariz fronteiro, incluindo as decorações em estuque, azulejos e motivos escultóricos do referido PalácioPalácio do Monteiro-Mor ou Palácio Marim-Olhão
Outra ClassificaçãoAqueduto das Águas Livres, seus aferentes e correlacionados (Concelhos de Lisboa, Amadora, Odivelas, Oeiras e Sintra)Palácio LudovicePalácio Pombal, Largo e Chafariz fronteiro, incluindo as decorações em estuque, azulejos e motivos escultóricos do referido PalácioPalácio do Monteiro-Mor ou Palácio Marim-Olhão
Nº de Imagens33
Nº de Bibliografias5

BIBLIOGRAFIA

TITULO AUTOR(ES) TIPO DATA LOCAL OBS.
Bairro Alto - tipologias e modos arquitectónicosCARITA, HelderEdição1994Lisboa
Lisboa: freguesia da Encarnação - Bairro AltoFERREIRA, Vitor MatiasEdição1992Lisboa
Lisboa Antiga: o Bairro AltoCASTILHO, Júlio deEdição1966Lisboa
Lisboa: freguesia da Encarnação - Bairro AltoCALADO, MariaEdição1992Lisboa
Lisboa DesaparecidaDIAS, Marina TavaresEdição1992LisboaData do Editor : 1992
O urbanismo português: séculos XIII-XVIII. Portugal - BrasilTEIXEIRA, Manuel C.Edição1999Lisboa
O urbanismo português: séculos XIII-XVIII. Portugal - BrasilVALLA, MargaridaEdição1999Lisboa

IMAGENS

Bairro Alto - Planta com a delimitação do conjunto e da ZP que esteve em vigor até ser fixada a ZEP

Bairro Alto - Largo do Camões (vista de nascente)

Bairro Alto - Largo do Camões (visto de poente)

Bairro Alto - Travessa do Sequeiro

Bairro Alto - Estátua de Camões (Largo de Camões)

Bairro Alto - Largo de Camões: edifício no começo da Rua da Horta Seca

Bairro Alto - Largo de Camões (vista de nascente)

Bairro Alto - Rua do Século: chafariz no largo fronteiro ao Palácio do Marquês de Pombal

Bairro Alto - Rua de O Século: mascarão do chafariz frente ao Palácio do Marquês de Pombal

Bairro Alto - Vista para o rio Tejo a partir do Miradouro de Santa Catarina

Bairro Alto - Rua dos Caetanos: painel de ladrilho do edifício construído para a Editora "Livros do Brasil"

Bairro Alto - Rua da Academia das Ciências

Bairro Alto - Calçada do Combro

Bairro Alto - Rua do Século (Palácio do Marquês de Pombal)

Bairro Alto - Paredão Sul do largo fronteiro ao Palácio do Marquês de Pombal (Rua do Século)

Bairro Alto - Rua da Bica (vista do elevador da Bica)

Bairro Alto - Travessa da Laranjeira

Bairro Alto - Rua dos Caetanos - painel de ladrilhos do edifício da "Editora Livros do Brasil"

Bairro Alto - Largo Trindade Coelho: estátua em bronze representando um cauteleiro

Bairro Alto - Chafariz da Rua de O Século: Mascarões das bicas

Bairro Alto - Rua Marechal Saldanha

Bairro Alto - Rua dos Caetanos fachada princial do Conservatório Nacional

Bairro Alto - Travessa da Portuguesa

Bairro Alto - Elevador da Bica

Bairro Alto - Rua de São Pedro de Alcântara (fachada lateral da Igreja de São Roque)

Bairro Alto - Calçada do Combro: escadas da Travessa Condessa do Rio

Bairro Alto - Rua da Atalaia

Bairro Alto - Travessa do Sequeiro

Bairro Alto - Travessa da Portuguesa

Bairro Alto - Rua da Atalaia

Bairro Alto - Planta com a delimitação e a ZEP em vigor

Bairro Alto - Pormenor da planta com a delimitação e a ZEP em vigor

Bairro Alto - Largo de Camões: pormenor da estátua a Luís Vaz de Camões

MAPA

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