Villa Romana de Rio Maior | |||||||||||||
Designação | |||||||||||||
Designação | Villa Romana de Rio Maior | ||||||||||||
Outras Designações / Pesquisas | Villa Romana de Rio Maior (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt) | ||||||||||||
Categoria / Tipologia | Arqueologia / Villa | ||||||||||||
Tipologia | Villa | ||||||||||||
Categoria | Arqueologia | ||||||||||||
Inventário Temático | |||||||||||||
Localização | |||||||||||||
Divisão Administrativa | Santarém/Rio Maior/Rio Maior | ||||||||||||
Endereço / Local |
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Distrito | Santarém | ||||||||||||
Concelho | Rio Maior | ||||||||||||
Freguesia | Rio Maior | ||||||||||||
Proteção | |||||||||||||
Situação Actual | Classificado | ||||||||||||
Categoria de Protecção | Classificado como SIP - Sítio de Interesse Público | ||||||||||||
Cronologia | Portaria n.º 22/2014, DR, 2.ª série, n.º 7, de 10-01-2014 (sem restrições) (ver Portaria) Despacho de 19-06-2012 do diretor-geral da DGPC a determinar que se conclua o procedimento cuja classificação se encontra homologada desde 23-02-2010 Nova proposta de 31-05-2012 da DRCLVTejo para a classificação como SIP Despacho de homologação de 23-02-2010 da Ministra da Cultura Parecer favorável de 31-10-2007 do Conselho Consultivo do IGESPAR, I.P. Proposta de 28-05-2007 da DRLisbia para a classificação como IIP Despacho de abertura de 22-03-1996 do vice-presidente do IPPAR Proposta de abertura de 20-03-1996 do IPPAR | ||||||||||||
ZEP | Portaria n.º 22/2014, DR, 2.ª série, n.º 7, de 10-01-2014 (sem restrições) (ver Portaria) Despacho de 19-06-2012 do diretor-geral da DGPC a determinar que se conclua o procedimento homologado desde 23-02-2010 Nova proposta de 31-05-2012 da DRCLVTejo Anúncio n.º 16468/2011, DR, 2.ª série, n.º 216, de 10-10-2011 (ver Anúncio) Despacho de homologação de 23-02-2010 da Ministra da Cultura Parecer favorável de 31-10-2007 do Conselho Consultivo do IGESPAR, I.P. Proposta de 28-05-2007 da DRLisboa | ||||||||||||
Zona "non aedificandi" | |||||||||||||
CLASS_NAME | Sítio | ||||||||||||
Património Mundial | |||||||||||||
Património Mundial Designação | |||||||||||||
Cadastro | |||||||||||||
AFECTACAO | 181501 | ||||||||||||
Descrição Geral | |||||||||||||
Nota Histórico-Artistica | Única estação arqueológica romana escavada até à data no concelho, a "Villa romana de Rio Maior" sobressai pela presença de um número considerável de mosaicos romanos relativamente bem conservados.
Descoberta em 1983 pelo "Sector de Museus, Património Histórico, Arqueológico e Cultural" da Câmara Municipal de Rio Maior, o sítio foi apenas objecto de investigação no início da década seguinte, altura em que se abriu uma vala de sondagem, ocorrendo a primeira escavação arqueológica sistemática em 1995 (Cf.. MOREIRA, J. B., 1995), por solicitação do IPPAR, que a prolongou até 1999 (OLIVEIRA, C. F. de, 2003, P. 17). Pertencendo, do ponto de vista administrativo, à civitas de Scallabis (Santarém), constituindo uma das múltiplas unidades político-administrativas romanas (as mais vulgares, na realidade), aproximadas, no que à área abrangida se referia, aos actuais distritos, centralizadas em torno de uma capital, à qual se subordinavam outras unidades urbanas e a respectiva população rural, com a particularidade de Scallabis ter assumido, em simultâneo, o papel de Conventus, circunscrição administrativa que congregava um determinado número de cidades. Os trabalhos conduzidos ao longo da segunda metade dos anos noventa (vide supra) colocaram a descoberto uma área total de 772m2, correspondendo grosso modo à pars urbana, ou seja, à área habitacional dos proprietários, embora o espólio recolhido não se revelasse propriamente abundante, permitindo, contudo, a sua atribuição ao Baixo-Império. Foram os casos, em particular, de fragmentos de terra sigillata hispânica e africana tardias, conjuntamente a numismas e pequenas peças realizadas em bronze e parcelas de estatuária (Id., Idem, pp. 17-21). Uma presença que nos poderá dizer algo mais, nomeadamente acerca da inserção deste sítio, obviamente em época romana, num modelo de circulação alargada de determinados produtos, os quais, como no caso desta louça fina, de mesa, não chegaram a ser fabricados no actual solo português. Cerâmica importada, por excelência, a presença de terra sigillata demonstra bem como o povoado desfrutava, à época, de uma economia aberta, certamente proporcionada pelas vias naturais (mas não só) de circulação, assim como pelo poder económico fruído pelas gentes que então o ocuparam. Em relação ao edifício, a "[...] estrutura da sua construção define-se através dos seus negativos entre os pavimentos de mosaicos." (Id., Idem, p. 21) presentes em todos os compartimentos identificados até ao momento. Dependências estas que também ostentavam estuques pintados de fraca qualidade, embora compensando, de alguma forma, a relativa pobreza construtiva do conjunto, uma vez que foi de igual modo escavado um tanque preenchido com entulho, isto é, com fragmentos de "[...] cerâmica comum, estuque pintado, escória de vidro, cavilhas [...] e peças em ferro [...], tesselas de vidro, fragmentos de placas [...]." (Id., Idem, p. 23) As realidades materiais configurarão, assim, um exemplar das denominadas "villae fechadas", "[...] cujos longos corredores, porticados ou não, marcam a fachada do edifício." (Id., Idem, p. 25), enquanto o compartimento circular, com ca de doze metros de diâmetro, confere uma inegável singularidade ao edifício, embora sem indícios esclarecedores da sua utilização primeva, conquanto seja possível que se destinasse a actividades sociais e de lazer. Agrupados em dois grandes conjuntos de materiais/cores, ou seja, entre os calcários e os vidros, os mosaicos desta villa distinguem-se pela heterogeneidade "[...] da gramática decorativa, fruto de uma encomenda que nos parece pouco coerente. Não se trata de uma produção com grande qualidade técnica, nem muito original no programa decorativo." (Id., Idem, p. 153), posto que expressem influências norte-africanas e orientalizantes. [AMartins] | ||||||||||||
Processo | Rua da Igreja Velha, junto ao cemitério. | ||||||||||||
Abrangido em ZEP ou ZP | |||||||||||||
Outra Classificação | |||||||||||||
Nº de Imagens | 1 | ||||||||||||
Nº de Bibliografias | 2 |
TITULO | AUTOR(ES) | TIPO | DATA | LOCAL | OBS. |
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"Villa romana de Rio Maior", Boletim de Estudos Clássicos | MOREIRA, José Beleza | Edição | 1995 | Coimbra | 24, p. 160-161 |
A villa romana de Rio Maior. Estudo de mosaicos | OLIVEIRA, Cristina Fernandes de | Edição | 2003 | Lisboa | Trabalhos de Arqueologia, n.º 31 |
Villa Romana de Rio Maior - Planta com a delimitação e a ZEP em vigor
Palacete Vilar de Allen
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