Pesquisa de Património Imóvel

DETALHES

Igreja Matriz do Salvador, também denominada «Igreja Matriz de Alcáçovas», incluindo o Adro e Cruzeiro
Designação
DesignaçãoIgreja Matriz do Salvador, também denominada «Igreja Matriz de Alcáçovas», incluindo o Adro e Cruzeiro
Outras Designações / PesquisasIgreja Matriz do Salvador, adro e cruzeiro / Igreja Matriz de Alcáçovas, adro e cruzeiro / Igreja Paroquial de Alcáçovas / Igreja de São Salvador (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt)
Categoria / TipologiaArquitectura Religiosa / Igreja
TipologiaIgreja
CategoriaArquitectura Religiosa
Inventário Temático
Localização
Divisão AdministrativaÉvora/Viana do Alentejo/Alcáçovas
Endereço / Local
RUA LOCAL ZIP REF
Largo da IgrejaAlcáçovas Número de Polícia:
LATITUDE LONGITUDE
38.397224-8.154893
DistritoÉvora
ConcelhoViana do Alentejo
FreguesiaAlcáçovas
Proteção
Situação ActualClassificado
Categoria de ProtecçãoClassificado como IIP - Imóvel de Interesse Público
CronologiaDecreto n.º 45/93, DR, I Série-B, n.º 280, de 30-11-1993 (ver Decreto)
ZEP
Zona "non aedificandi"
CLASS_NAMEMonumento
Património Mundial
Património Mundial Designação
Cadastro
AFECTACAO12699926
Descrição Geral
Nota Histórico-ArtisticaA primitiva igreja matriz de Alcáçovas, dedicada a Santa Maria, foi fundada em 1308 pelo bispo de Évora D. Fernando II (ESPANCA, Túlio, 1975). O templo foi comenda da Ordem de Cristo, e posteriormente da Ordem de Avis, tendo como padroeiros os donatários da vila, os Henriques de Trastâmara.
Em meados do século XVI, a igreja foi reconstruída segundo um novo projecto, de gosto maneirista, sendo o risco da fachada muito semelhante à estrutura da igreja do Espírito Santo de Évora. Desconhece-se o autor da traça, sabendo-se porém que durante alguns anos a obra de edificação foi dirigida pelo mestre de pedraria Baltazar Fernandes (Idem, ibidem).
Nesta época, a matriz terá mudado de orago, tendo então como padroeiro São João Baptista, e no século XVIII passou a ser dedicada a Cristo Salvador, orago que se manteve até hoje.
De planta rectangular, desenvolvida longitudinalmente, o templo apresenta uma fachada que se divide em três registos e cinco panos. Estes são marcados pela disposição de pilares dóricos, que separam o corpo principal, os corpos laterais, correspondentes às naves colaterais, e os dois torreões.
Da edificação quinhentista são os portais, o principal de moldura rectangular encimada por frontão, de gosto classicista, e os laterais, de moldura rectangular simples, e os torreões coroados por sineiras e pináculos piramidais. O programa decorativo barroco, que englobou as molduras dos janelões do segundo registo, o remate do frontão do corpo central e os fogaréus, foi executado cerca de 1748 (Idem, ibidem).
O espaço interior divide-se em três naves de cinco tramos, antecedidas por coro-alto e cobertas por abóbada de nervura assentes sobre colunas dóricas. Da campanha quinhentista subsistem também o púlpito, de mármore, e as pias de água benta. Em cada nave colateral foram abertas quatro capelas. Do lado do Evangelho foram consagradas as capelas de Nossa Senhora do Rosário, decorada com pintura mural, Nossa Senhora dos Remédios, que alberga no retábulo uma tela maneirista com a representação da Santíssima Trindade , a capela do Senhor Jesus do Pereira, e a capela-panteão dos Henriques, ou do Senhor dos Passos, reaproveitada da estrutura original do templo, mas que sofreu algumas transformações no século XVII, que no entanto não alteraram o arco gótico da entrada e os túmulos dos instituidores. Posteriormente, este espaço foi decorado com pintura mural a seco, durante duas campanhas decorativas, uma realizada no século XVIII, que corresponde ao camarim da capela, outra do século XIX, na abóbada e alçados (SOUSA, Catarina, 2003, p. 125).
Do lado da Epístola situam-se as capelas de Santo António, decorada com painéis de azulejos seiscentistas, a de São João Evangelista, a de São Miguel, e a de São Francisco Xavier, onde foi inserido o túmulo de Pedro Fernandes Colaço da Fonseca, mordomo-mor do infante D. João, que havia sido enterrado na igreja primitiva.
A capela-mor, de planta quadrangular, é antecedida por arco triunfal pleno assente em pilastras dóricas. O espaço é coberto por abóbada de caixotões de pedra, que em época posterior à sua edificação foi estucada e policromada, e as paredes laterais são forradas com painéis de azulejo de tapete, policromos e com figuração naturalista, executados por uma oficina lisboeta cerca de 1696. O retábulo-mor, de talha maneirista dourada e policromada, foi executado pelo mestre eborense Sebastião Vaz em 1640, albergando no centro uma tábua pintada em 1712, representando Cristo Salvador (ESPANCA, Túlio, 1975).
Catarina Oliveira
GIF/IPPAR/2005
Processo
Abrangido em ZEP ou ZP
Outra Classificação
Nº de Imagens1
Nº de Bibliografias3

BIBLIOGRAFIA

TITULO AUTOR(ES) TIPO DATA LOCAL OBS.
Inventário Artístico de Portugal - vol. IX (Distrito de Évora, Zona Sul, volume I)ESPANCA, TúlioEdição1978LisboaO vol. II é totalmente dedicado às ilustrações.
"Igreja de S. Salvador de Alcáçovas", A Cidade de Évora, nº 60, pp. 211-225ESPANCA, TúlioEdição1968Évora
Rota do Fresco - RoteiroSOUSA, Catarina Vilaça deEdição2003Cuba

IMAGENS

Igreja Matriz de Alcáçovas - Interior: naves e capela-mor (CME)

MAPA

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