Nota Histórico-Artistica | As Inquirições de D. Dinis (1284) referem a honra do Lamegal, que D. Afonso III haveria doado a Pedro Anes e sua mulher D. Urraca, filha bastarda deste rei. Não há notícia de qualquer carta de foral, mas sabe-se que o Lamegal exercia justiças próprias ao longo da Idade Média, facto que pode estar relacionado com a construção do seu pelourinho (que, recorde-se, era o local onde se publicitavam e até aplicavam penas diversas). Ainda assim, e apesar de ser simplesmente mencionado como "lugar" no século XVI, veio a ter estatuto concelhio, que foi extinto em 1836. Foi então integrado em Jarmelo, depois na Guarda, e finalmente (em 1862) em Pinhel. Conserva o já mencionado pelourinho, bem como a antiga Casa da Câmara, e igualmente a memória do local onde se erguia a forca. O pelourinho, muito rústico, ergue-se sobre plataforma rochosa, não tendo degraus. Neste afloramento assenta directamente a coluna, com base constituída por bloco quadrangular que se eleva em fuste de secção oitavada, alto e delgado. Tem faces lisas na metade inferior, e depois parcialmente decoradas com rudes botões. O remate é uma peça em carapuço quadrangular, que se adelgaça no topo em pequeno cone mutilado, cobrindo o término do fuste. SML |