Pesquisa de Património Imóvel

DETALHES

Poços da Neve e Capela de Santo António da Neve
Designação
DesignaçãoPoços da Neve e Capela de Santo António da Neve
Outras Designações / PesquisasPoços de Neve na Serra da Lousã / Fábrica das Neves (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt)
Categoria / TipologiaArquitectura Religiosa / Capela
TipologiaCapela
CategoriaArquitectura Religiosa
Inventário Temático
Localização
Divisão AdministrativaLeiria/Castanheira de Pêra/Castanheira de Pêra e Coentral
Endereço / Local
RUA LOCAL ZIP REF
-- -Serra da Lousã Número de Polícia:
LATITUDE LONGITUDE
40.079126-8.161701
DistritoLeiria
ConcelhoCastanheira de Pêra
FreguesiaCastanheira de Pêra e Coentral
Proteção
Situação ActualClassificado
Categoria de ProtecçãoClassificado como IIP - Imóvel de Interesse Público
CronologiaDecreto n.º 1/86, DR, I Série, n.º 2, de 3-01-1986 (ver Decreto)
ZEP
Zona "non aedificandi"
CLASS_NAMEConjunto
Património Mundial
Património Mundial Designação
Cadastro
AFECTACAO12700426
Descrição Geral
Nota Histórico-ArtisticaNa freguesia de Santo António da Neve subsistem três dos antigos sete poços de neve aí existentes, que serviam para armazenar a neve e conservá-la até ao verão. Nos poços, bastante profundos, era depositada a neve que os trabalhadores calcavam até ficar em gelo, protegendo-a com fetos e palha. De acordo com a Monografia de Castanheira de Pêra ( Kalidás Barreto, 1989) que seguimos, esta actividade encontra-se documentada a partir de 1757, por um alvará de D. José, onde o monarca revela grande preocupação com a "Real Fábrica que se acha no Cabeço do Coentral", ordenando atenção aos nevões e aos possíveis estragos nos poços e solicitando ainda mais trabalhadores para juntar neve. Para além dos poços há também notícia e vestígios de alagoas, ou seja, pequenos tabuleiros para depósito das águas da chuva, depois transformadas em gelo.
Uma vez chegado o verão, a neve era dividida em blocos e enviada para Lisboa, onde era utilizada em gelados, ainda que boa parte não chegasse nas melhores condições, devido os deficientes sistemas de acondicionamento (palha, fetos, caixotes) para uma viagem tão longa.
Exteriormente, os poços são octogonais e um deles circular, cobertos por abóbadas em forma de sino, executadas em pedra da região. A entrada é feita através de uma porta simples, e estreita, cuja abertura teve em consideração a menor intensidade possível de sol nesse local. O interior, muito profundo, apenas era acessível por escadas de madeira.
A actividade junto aos poços era de tal ordem que dificultava a assistência aos serviços religiosos e a deslocação dos trabalhadores à igreja de Coentral prejudicava a Real Fábrica. A solução do problema coube a Julião Pereira de Castro, neveiro-mor da Casa Real que, em 1786, decidiu erguer uma pequena capela no Cabeço do Pereiro. A inscrição que ainda hoje se pode ler assim o refere: "Esta capela do glorioso Santo António de Lisboa a mandou fazer Julião Pereira de Castro reposteiro do nosso reino da câmara de sua Majestade e neveiro de sua Real casa em terra sua ano 1786".
Conhece-se a data da licença do Bispo D. Miguel de Anunciação - 6 de Maio de 1778 -, época em que a capela estaria concluída ou, pelo menos, apta a ser palco das celebrações religiosas.
Trata-se de um pequeno templo de nave única com sacristia adossada à direita. A fachada principal, delimitada por pilastras nos cunhais, é marcada pela abertura do portal, com remate de cornija semicircular, e por duas janelas que o enquadram. Termina em frontão triangular, com cruz na empena e óculo no tímpano, sendo flanqueado pelos pináculos que coroam as pilastras.
(Rosário Carvalho)
Processo
Abrangido em ZEP ou ZP
Outra Classificação
Nº de Imagens0
Nº de Bibliografias1

BIBLIOGRAFIA

TITULO AUTOR(ES) TIPO DATA LOCAL OBS.
Monografia do Concelho de Castanheira de PeraBARRETO, KalidásEdição1989Castanheira de Pêra

IMAGENS

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