Igreja de Nossa Senhora da Atalaia e três cruzeiros | |||||||||||||
Designação | |||||||||||||
Designação | Igreja de Nossa Senhora da Atalaia e três cruzeiros | ||||||||||||
Outras Designações / Pesquisas | Igreja de Nossa Senhora da Atalaia / Santuário de Nossa Senhora da Atalaia (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt) | ||||||||||||
Categoria / Tipologia | Arquitectura Religiosa / Igreja | ||||||||||||
Tipologia | Igreja | ||||||||||||
Categoria | Arquitectura Religiosa | ||||||||||||
Inventário Temático | |||||||||||||
Localização | |||||||||||||
Divisão Administrativa | Setúbal/Montijo/Atalaia e Alto Estanqueiro-Jardia | ||||||||||||
Endereço / Local |
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Distrito | Setúbal | ||||||||||||
Concelho | Montijo | ||||||||||||
Freguesia | Atalaia e Alto Estanqueiro-Jardia | ||||||||||||
Proteção | |||||||||||||
Situação Actual | Classificado | ||||||||||||
Categoria de Protecção | Classificado como MIP - Monumento de Interesse Público | ||||||||||||
Cronologia | Declaração de rectificação n.º 1148/2010, DR, 2.ª série, n.º 114, de 15-06-2010 (rectificação da palavra "Cltios" para "Círios" no preâmbulo da Portaria) (ver Declaração) Portaria n.º 259/2010, DR, 2.ª série, n.º 71, de 13-04-2010 (ver Portaria) Edital N.º 164/2009 de 27-11-2009 da CM de Montijo Despacho de homologação de 24-09-2009 do Ministro da Cultura Despacho de concordância de 1-03-2007 do presidente do IPPAR Parecer favorável de 12-02-2007 do Conselho Consultivo do IPPAR Proposta de 19-01-2007 da DR de Lisboa do IPPAR para que se conclua o processo de classificação como IIP Despacho de homologação como IIP de 30-06-2003 do Ministro da Cultura Despacho de 2-10-1995 do presidente do IPPAR a determinar a abertura da instrução do processo de classificação Parecer de 28-09-1995 do Conselho Consultivo do IPPAR a propor a classificação como IIP Em 4-02-1993 a CM de Montijo enviou novos elementos para a instrução do processo Informação favorável de 3-05-1989 do IPPC Proposta de classificação de 10-11-1988 da CM de Montijo | ||||||||||||
ZEP | Declaração de rectificação n.º 1148/2010, DR, 2.ª série, n.º 114, de 15-06-2010 (rectificação da palavra "Cltios" para "Círios" no preâmbulo da Portaria) (ver Declaração) Portaria n.º 259/2010, DR, 2.ª série, n.º 71, de 13-04-2010 (sem restrições) (ver Portaria) Edital N.º 164/2009 de 27-11-2009 da CM de Montijo Despacho de homologação de 24-09-2009 do Ministro da Cultura Parecer favorável de 12-02-2007 do Conselho Consultivo do IPPAR Proposta de 19-01-2007 da DR de Lisboa | ||||||||||||
Zona "non aedificandi" | |||||||||||||
CLASS_NAME | Conjunto | ||||||||||||
Património Mundial | |||||||||||||
Património Mundial Designação | |||||||||||||
Cadastro | |||||||||||||
AFECTACAO | 12699926 | ||||||||||||
Descrição Geral | |||||||||||||
Nota Histórico-Artistica | O culto a Nossa Senhora da Atalaia tem origem numa lendária aparição da Virgem, no topo de uma aroeira e junto à fonte que, depois, se tornou santa. Tal prodígio, cedo se tornou ponto de atracção de uma concorrida romaria, construindo-se, então, um primeiro edifício religioso, em cujo altar se colocou uma imagem de Nossa Senhora. Até ao momento, não foi possível identificar a exacta cronologia destes acontecimentos, mas é certo que, nos inícios do século XVI, o culto à Virgem da Atalaia era já bastante importante, a ponto de os oficiais das alfândegas se obrigarem a fazer uma romaria anual logo em 1507 (FONSECA, 1944, p.6). Por outro lado, e tendo em conta algumas informações do século XIX, alguns círios (dos muitos que se desenvolveram em torno da devoção) reclamavam ser anteriores ao reinado de D. Manuel (COSTA, 1887, p.31). Finalmente, temos indicação de que, por 1540, concluía-se a cobertura da fonte santa, a expensas da Câmara de Alcochete. Com base nestas indicações, fácil se torna sugerir que a primeira metade de Quinhentos terá sido um período de forte incremento do culto na Atalaia, eventualmente relacionada com a própria afirmação das vilas de Alcochete e de Aldeia Galega enquanto sedes concelhias, sem esquecer a conjuntura religiosa da época, fértil em novos cultos, marcados pela modernidade, em detrimento das antigas devoções baixo-medievais. A construção do principal cruzeiro no adro do Santuário não escapa a estas condicionantes e a sua cronologia reflecte bem o período de apogeu que, então, o monte da Atalaia viveu. Construído em 1551, conforme dupla inscrição na base da cruz, ficou a dever-se à confraria de Lisboa, certamente uma das mais importantes (senão, mesmo, a mais importante) de quantas chegaram a constituir-se. O monumento compõe-se de duas partes distintas. Ao centro, ergue-se o cruzeiro propriamente dito, com representação escultórica de Nossa Senhora da Piedade, numa das faces, e Cristo na Cruz, noutra, ambas repousando num capitel que, por sua vez, assenta sobre uma coluna monolítica de base rectangular. A envolver o cruzeiro, existe uma estrutura quadrangular alpendrada, suportada por quatro colunas e rematada em cúpula, por sua vez sublinhada por pináculos triangulares nos ângulos. O grupo escultórico é o principal elemento deste monumento, apesar de se encontrar em mau estado de conservação e, em algumas partes, truncado. A Piedade constitui uma das cenas mais representadas em cruzeiros deste género, razão por que aparece em primeiro plano, a todos quantos cheguem à Atalaia; na face voltada ao santuário, retratou-se a Crucificação, completando, desta forma, os dois momentos essenciais da Paixão de Cristo. No conjunto, merece também destaque o capitel que suporta este conjunto escultórico, onde se inseriu um pequeno laço terminando em volutas, composição que, pela técnica fina de execução e pela forma, se integra nitidamente no vocabulário renascentista. Até 1987, o nível do terreno esteve à altura das bases das colunas, tendo-se, nesse ano, desafrontado o monumento e construído a actual caixa de cimento que o protege. Esta foi a solução encontrada para fazer face à constante subida da cota do terreno, particularmente gravosa nas últimas décadas, em consequência do notório abrandamento do culto dos círios no arraial. Do grupo de cruzeiros da Atalaia fazem ainda parte outros dois, colocados lateralmente ao santuário, respectivamente nas estradas para Pegões e Alcochete. São elementos posteriores ao primeiro, provavelmente do século XVII (um deles possui a inscrição de 1669) e testemunham o carinho com que os vários círios - forma de religiosidade colectiva, assente na romaria, que dispensa a intercessão de ministros da igreja (MARQUES, 1996, p.55) - foram enriquecendo a aldeia de referentes religiosos, para lá das suas próprias casas de acolhimento, que rodeiam ainda o arraial. PAF | ||||||||||||
Processo | |||||||||||||
Abrangido em ZEP ou ZP | |||||||||||||
Outra Classificação | |||||||||||||
Nº de Imagens | 9 | ||||||||||||
Nº de Bibliografias | 12 |
TITULO | AUTOR(ES) | TIPO | DATA | LOCAL | OBS. |
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Coisas da Nossa Terra - breves notícias da Villa de Aldeia Gallega do Riba-Tejo | RAMA, José de Sousa | Edição | 1906 | ||
Edifícios e monumentos notáveis do concelho do Montijo | GRAÇA, Luís | Edição | 1989 | Montijo | |
Subsídios para a História do Concelho do Montijo - cronologia geral | LUCAS, Isabel | Edição | 1992 | Montijo | |
Ribatejo Histórico e Monumental | CÂNCIO, Francisco | Edição | 1938 | Lisboa | |
Montijo Aldeia Galega - Cem anos de História Municipal | AZEVEDO, Rosa Bela | Edição | 2003 | Lisboa | |
Montijo Aldeia Galega - Cem anos de História Municipal | LEAL, Armando | Edição | 2003 | Lisboa | |
Tradições religiosas entre o Tejo e o Sado. Os círios do Santuário da Atalaia | MARQUES, Luís | Edição | 1996 | Lisboa | |
Narrativa histórica da imagem de Nossa Senhora da Atalaya | COSTA, Manuel Frederico Ribeiro da | Edição | 1887 | Lisboa | |
Nossa Senhora da Atalaia. Padroeira das Alfândegas | FONSECA, Francisco Belard da | Edição | 1944 | Lisboa | |
Nossa Senhora das Alfândegas. 1507-1968 | FONSECA, Fernando da | Edição | 1968 | Lisboa | |
"Os círios. II Parte", Nova Gazeta, ano VI, nº332, 07/9 | DIAS, Mário Balseiro | Edição | 1996 | Montijo | |
Cruzeiros de Portugal: contribuições para o seu catálogo descriptivo, Sep. do Boletim da Real Associação dos Architectos Civis e Archeologos Portuguezes | VITERBO, Francisco M. de Sousa | Edição | 1910 | Lisboa | |
Igrejas e Capelas da Costa Azul | DUARTE, Ana Luisa | Edição | 1993 | Setúbal |
Igreja de Nossa Senhora da Atalaia e três cruzeiros - Cruzeiro-mor - Vista geral
Igreja de Nossa Senhora da Atalaia e três cruzeiros - Cruzeiro-mor - Vista geral
Igreja de Nossa Senhora da Atalaia e três cruzeiros - Cruzeiro junto a EN 4
Igreja de Nossa Senhora da Atalaia e três cruzeiros - Igreja - Vista geral
Igreja de Nossa Senhora da Atalaia e três cruzeiros - Adro da igreja
Igreja de Nossa Senhora da Atalaia e três cruzeiros - Escadaria da igreja e envolvente próxima
Igreja de Nossa Senhora da Atalaia e três cruzeiros - Cruzeiro do Jardim do Círio
Igreja de Nossa Senhora da Atalaia e três cruzeiros - Planta com a delimitação dos imóveis e da ZP que esteve em vigor até ser fixada a ZEP
Igreja de Nossa Senhora da Atalaia e três cruzeiros - Planta com a delimitação e a ZEP em vigor