Azenha de Atrozela | |||||||||||||
Designação | |||||||||||||
Designação | Azenha de Atrozela | ||||||||||||
Outras Designações / Pesquisas | Azenha de Atrozela (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt) | ||||||||||||
Categoria / Tipologia | Arquitectura Civil / Azenha | ||||||||||||
Tipologia | Azenha | ||||||||||||
Categoria | Arquitectura Civil | ||||||||||||
Inventário Temático | |||||||||||||
Localização | |||||||||||||
Divisão Administrativa | Lisboa/Cascais/Alcabideche | ||||||||||||
Endereço / Local |
| ||||||||||||
Distrito | Lisboa | ||||||||||||
Concelho | Cascais | ||||||||||||
Freguesia | Alcabideche | ||||||||||||
Proteção | |||||||||||||
Situação Actual | Em Vias de Classificação | ||||||||||||
Categoria de Protecção | Em Vias de Classificação (Homologado como IM - Interesse Municipal) | ||||||||||||
Cronologia | Enviada cópia do processo pelo Ministério da Cultura à CM de Cascais em 11-05-2010 a fim de ponderar a conclusão do procedimento Edital de 21-05-1997 da CM de Cascais Despacho de autorização de 28-02-1997 do Ministro da Cultura Parecer de 4-02-1997 do Conselho Consultivo do IPPAR a propor a classificação como VC Proposta de 29-05-1995 da DR de Lisboa do IPPAR para a abertra da instrução de processo de classificação Proposta de 3-07-1990 da CM de Cascais para a classificação como IIP | ||||||||||||
ZEP | |||||||||||||
Zona "non aedificandi" | |||||||||||||
CLASS_NAME | Monumento | ||||||||||||
Património Mundial | |||||||||||||
Património Mundial Designação | |||||||||||||
Cadastro | |||||||||||||
AFECTACAO | 9914630 | ||||||||||||
Descrição Geral | |||||||||||||
Nota Histórico-Artistica | Imóvel A povoação da Atrozela é um local antigo, um vale fértil abrigado da serra e do mar, irrigado por uma ribeira que, correndo desde a serra de Sintra até à vila de Cascais, é conhecida no seu troço final como Ribeira das Vinhas. Atrozela foi perdendo, ao longo dos anos, a sua traça saloia, restando apenas as ruinas de algumas casas antigas, um velho casal saloio bastante degradado e a paisagem rural que confina com o verde natural dos campos. As azenhas assumem parte importante da estrutura verde desses campos, conjuntamente com os moinhos. Os muros que limitam a quinta onde se encontra a azenha da Atrozela são contrafortados e largos. No açude ficava a entrada para a levada (com um compartimento de madeira encaixada nos esteios de pedra) que impulsionava as duas rodas de copos de propulsão superior, protegidas também por um muro, reforçado ainda com grandes pedras de lado do rio para proteger todo o sistema. Existe ainda um pequeno troço de uma calçada medieval que constituía o primitivo acesso à azenha. A azenha da Atrozela, tal como hoje se encontra, é sinal de um tempo de grandezas pois possui duas mós, uma na edificação primitiva, outra num compartimento que foi posteriormente acrescentado. Normalmente uma das mós destinava-se ao trigo e outra ao milho. A área da azenha era composta pelos dois compartimentos destinados à moagem, um pequeno alpendre onde ficava o burro do moleiro e, finalmente, um pequeno espaço para arrumos. Do outro lado do quintal, já em simbiose com a penedia ficava a casa do moleiro que se supõe ser bastante antiga, possivelmente do séc. XVI/XVII, possuindo ainda um forno de pão na cozinha. Posteriormente, já no séc. XIX, foi acrescentado mais um edifício à casa primitiva. Ao longo do rio estendia-se a quinta para o cultivo do pomar, incluindo algumas figueiras e oliveiras. Para além do rio, contrafortando com a serra, existia ainda uma zona de pastagem para o gado que o moleiro possuía. História Num documento existente na Torre do Tombo - Tombo do Convento de Penha Longa - são enumeradas algumas das azenhas que se encontravam na sua posse: "Uma a sul que está na Ribeira da Penha Longa abaixo cerca do convento, outra abaixo desta, outra abaixo onde era o Pizão com o seu pomar, laranjal e várzea e olival". As azenhas aqui referidas ainda hoje existem, como a da Penha Longa, da qual apenas subsistem alguns vestígios, a da Atrozela e a de Porto Côvo. O documento é omisso em relação a outras três que também se encontram neste território, o que leva a crer tratarem-se de construções mais tardias. A presença de tão elevado número de azenhas permite supor um caudal razoável nas ribeiras, alimentado pelas águas vindas da Serra de Sintra e a importância da cultura cerealífera na região. No início da década de 50 do século XX, ainda se tentou introduzir outras formas de energia nas azenhas, nomeadamente motores a gasóleo, procurando assim competir com a moagem industrial, no entanto sem grandes resultados. Foi devido às cheias de novembro de 1983 que a azenha da Atrozela termina definitivamente de funcionar, iniciando-se um processo de degradação, situação esta apenas revertida em 1989, com uma campanha de recuperação e refuncionalização a cargo da Câmara Municipal de Cascais. António Paraíso Nunes/CMCascais/2015. Revisão Maria Ramalho/DGPC/2015 | ||||||||||||
Processo | |||||||||||||
Abrangido em ZEP ou ZP | |||||||||||||
Outra Classificação | |||||||||||||
Nº de Imagens | 45 | ||||||||||||
Nº de Bibliografias | 2 |
TITULO | AUTOR(ES) | TIPO | DATA | LOCAL | OBS. |
---|---|---|---|---|---|
"Alcabideche", Jornal da Costa do Sol, 17 de Fevereiro | CARDOSO, Guilherme | Edição | 1982 | Cascais | |
Monografia de Cascais | ANDRADE, Ferreira de | Edição | 1969 | Cascais | |
Monografia de Cascais | CASTELO BRANCO, António de | Edição | 1969 | Cascais |
Azenha de Atrozela - Planta de localização do imóvel
Azenha de Atrozela - Vista geral e área envolvente
Azenha de Atrozela - Entrada da azenha
Azenha de Atrozela - Represa do rio, onde se faz a precipitação de água
Azenha de Atrozela - Calha para regular a entrada da água, que se vai precipitar nas rodas de copos
Azenha de Atrozela - Rodas de copos e respectiva calha, por onde circula a água
Azenha de Atrozela - Interior: mó da primeira sala e materiais
Azenha de Atrozela - Interior: Inferno da primeira sala, onde se destaca a entrosga que faz a ligação entre a mó e a roda de copos
Azenha de Atrozela - Interior: vista geral da segunda sala
Azenha de Atrozela - Interior: Vista geral da segunda sala
Azenha de Atrozela - Interior: segunda sala, destacando-se a mó, o tegão, o cachimbo, o caixão, as cambeiras e ainda a porta para o inferno.
Azenha de Atrozela - Interior: pormenor do inferno da segunda sala, destacando-se a roda de ferro que faz a ligação com o motor através de correia
Azenha de Atrozela - Interior: porta que dá acesso ao rio e à calha de água que se precipita nas rodas de copos
Azenha de Atrozela - Alçado poente
Azenha de Atrozela - Alçado nascente
Azenha de Atrozela - Alçados Sul e Norte
Azenha de Atrozela - Corte AB
Azenha de Atrozela - Corte BA
Azenha de Atrozela - Planta da azenha ao nível do piso térreo, com indicação dos elementos estruturantes do equipamento
Azenha de Atrozela - Planta da azenha ao nível da cobertura
Azenha de Atrozela - Interior: engenho
Azenha de Atrozela - Vista parcial
Azenha de Atrozela - Muro
Azenha de Atrozela - Porta de acesso
Azenha de Atrozela - Mó de pedra
Azenha de Atrozela - Vista parcial
Azenha de Atrozela - Vista parcial
Azenha de Atrozela - Roda da azenha
Azenha de Atrozela - Vista parcial
Azenha de Atrozela - Vista parcial
Azenha de Atrozela - Interior: vista parcial
Azenha de Atrozela - Vista parcial
Azenha de Atrozela - Interior: vista parcial da sala
Azenha de Atrozela - Interior: engenho de moagem
Azenha de Atrozela - Levada
Azenha de Atrozela - Roda do engenho
Azenha de Atrozela - Vista parcial
Azenha de Atrozela - Interior: passagem entre salas
Azenha de Atrozela - Janela
Azenha de Atrozela - Acesso
Azenha de Atrozela - Muro da levada
Azenha de Atrozela - Porta de acesso
Azenha de Atrozela - Vista parcial
Edital de Classifcação da Azenha da Atrozela
Edital de Classificação - Localização do imóvel