Pesquisa de Património Imóvel

DETALHES

Mercado Municipal de Santarém
Designação
DesignaçãoMercado Municipal de Santarém
Outras Designações / PesquisasMercado Municipal de Santarém (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt)
Categoria / TipologiaArquitectura Civil / Mercado
TipologiaMercado
CategoriaArquitectura Civil
Inventário Temático
Localização
Divisão AdministrativaSantarém/Santarém/União de Freguesias da cidade de Santarém
Endereço / Local
RUA LOCAL ZIP REF
Rua Cidade da CovilhãSantarém Número de Polícia:
Rua do MercadoSantarém Número de Polícia:
Largo do Infante SantoSantarém Número de Polícia:
LATITUDE LONGITUDE
39.238041-8.686763
DistritoSantarém
ConcelhoSantarém
FreguesiaUnião de Freguesias da cidade de Santarém
Proteção
Situação ActualClassificado
Categoria de ProtecçãoClassificado como MIP - Monumento de Interesse Público
CronologiaPortaria n.º 467/2012, DR, 2.ª série, n.º 183, de 20-09-2012 (ver Portaria)
Relatório final do procedimento aprovado por despacho de 14-02-2012 do diretor do IGESPAR, I.P.
Procedimento prorrogado até 31-12-2012 pelo Decreto-Lei n.º 115/2011, DR, 1.ª série, n.º 232, de 5-12-2011 (ver Diploma)
Edital N.º 102/2011 de 22-09-2011 da CM de Santarém
Anúncio n.º 13252/2011, DR, 2.ª série, n.º 183, de 22-09-2011 (ver Anúncio)
Procedimento prorrogado pelo Despacho n.º 19338/2010, DR, 2.ª série, n.º 252, de 30-12-2010 (ver Despacho)
Despacho de concordância de 14-10-2010 do director do IGESPAR, I.P.
Novo parecer de 13-10-2010 da SPAA do Conselho Nacional de Cultura
Parecer favorável de 26-08-2009 do Conselho Consultivo do IGESPAR, I.P.
Proposta de 10-07-2009 da DRC de Lisboa e Vale do Tejo para a classificação como IIP
Segundo indicação do vice-presidente do IPPAR o assunto deverá aguardar a decisão relativa ao processo de classificação do Centro Histórico de Santarém
Edital N.º 151/97 de 15-07-1997 da CM de Santarém
Despacho de abertura de 17-01-1997 do vice-presidente do IPPAR
Proposta de 30-12-1996 da DR de Lisboa do IPPAR para a abertura da instrução de processo de classificação
Proposta de classificação de 14-02-1992 da CM de Santarém
ZEPPortaria n.º 467/2012, DR, 2.ª série, n.º 183, de 20-09-2012 (sem restrições) (ver Portaria)
Relatório final do procedimento aprovado por despacho de 14-02-2012 do diretor do IGESPAR, I.P.
Anúncio n.º 13252/2011, DR, 2.ª série, n.º 183, de 22-09-2011 (ver Anúncio)
Novo parecer de 13-10-2010 da SPAA do Conselho Nacional de Cultura
Nova proposta de 15-03-2010 da DRC de Lisboa e Vale do Tejo
Devolvido à DRC de Lisboa e Vale do Tejo por despacho de 11-02-2010 do director do IGESPAR, I.P., para aplicação do Decreto-Lei n.º 309/2009, DR, 1.ª série, n.º 206 de 23-10-2009 (ver Diploma)
Parecer favorável de 26-08-2009 do Conselho Consultivo do IGESPAR, I.P.
Proposta de 10-07-2009 da DRC de Lisboa e Vale do Tejo
Zona "non aedificandi"
CLASS_NAMEMonumento
Património Mundial
Património Mundial Designação
Cadastro
AFECTACAO181501
Descrição Geral
Nota Histórico-ArtisticaTrata-se de um interessante edifício público de traça tradicional, datado de 1928, ligando na sua concepção os modelos revivalistas e a 'arte do ferro' com adições de gosto modernista, e cuja implantação decorre do desejo, manifesto desde a última década do século XIX, em conciliar a maior sensibilidade em questões de higiene pública com a consciência de que faltava a Santarém um mercado adequado às necessidades da nova cidade. Após várias tentativas goradas e projectos não concretizados ao longo dos anos de 1890-1920, no curso dos quais o mercado diário continuou a decorrer ao ar livre e sem condições necessárias, em 1928 iniciou-se enfim o actual imóvel. A sua concepção coube ao arquitecto lisboeta Cassiano Branco, que começa a delinear o Mercado de Santarém projectando uma construção de planta rectangular, enquadrada no local onde actualmente se situa a Praça do Visconde da Serra do Pilar. O arquitecto, que ao longo da sua carreira imprimiu aos seus edifícios uma feição modernista - "talvez a personalidade mais poderosa e inventiva do modernismo" (TOSTÕES, 1997, p.521)-, concretiza nesta obra de fase inicial um edifício de sabor mais tradicionalista, aberto ao peso dos revivalismos. Cassiano Branco traduz assim os códigos formais de uma primeira geração de modernistas que ainda não conseguiu esquecer a herança construtiva de Oitocentos. Socorrendo-se de materiais como a alvenaria e a telha portuguesa, apela a uma linguagem eclética corrobada pela introdução de elementos neo-barrocos patentes nos painéis de azulejaria azul e branca e polícroma, com temas de iconografia ribatejana (monumentos e trechos da lezíria), que revestem o exterior do mercado. A enquadrar a porta principal, nota-se um conjunto de composições azulejares - datadas de 1930, como se vislumbra no corpo central- cuja temática é alusiva à vivência mercantil do Chão da Feira. Este conjunto é ornado por delicados concheados de forte feição neo-barroca, realizados pela Fábrica Aleluia - um dos núcleos mais activos responsável pela produção intensiva de azulejaria no início do século XX (MECO, 1989, p.242). Contudo, se este revestimento azulejar do corpo central estava incluído no projecto original de Cassiano Branco, o mesmo não acontece com os restantes painéis cerâmicos, que só em 1936 foram colocados, sendo estes originários da Fábrica de Sacavém, outro centro produtivo com uma actividade bastante dinâmica nas duas primeiras décadas do século XX (MECO, 1989, p.83). Ao todo, encontramos um conjunto de 63 painéis azulejares, em que se procura promover o dinamismo regional e mercantil de uma região que se assumia cada vez mais como polo comercial do Ribatejo (CUSTÓDIO, 1997, p.190). A fachada principal - cuja tipologia é rimada nas outras fachadas - destaca-se das restantes por possuir um corpo central mais elevado e enquadrado por dois torreões, rasgados no topo por pequenos óculos. Esta estrutura central, terminando em empena triangular é ladeada por dois corpos rectangulares onde se rasgam amplas portas, encimadas por arco de volta perfeita. O arquitecto Cassiano Branco revela não só a procura de uma harmonia e de uma uniformidade estética, como também um entendimento do espaço na sua totalidade, atendendo a uma funcionalidade e necessidades específicas. Habilmente, este articula a cobertura do amplo espaço central com os corpos laterais, conseguindo criar zonas de abertura de forma a alcançar um arejamento do recinto mais eficaz. A espacialidade interior, tripartida - onde se respiram as regras formais e funcionais da arquitectura do ferro (CUSTÓDIO, 1997, p. 190) - é definida através de estruturas de ferro forjado, colunas aliadas a pilastras hexagonais, sendo o resultado final de uma forte amplitude de espaço, corrobado pela cuidado posto na simetria em que se dispõem as bancas dos vendedores.SCP
Processo
Abrangido em ZEP ou ZP
Outra Classificação
Nº de Imagens21
Nº de Bibliografias19

BIBLIOGRAFIA

TITULO AUTOR(ES) TIPO DATA LOCAL OBS.
A Arte e a Sociedade Portuguesa no Século XX (1910-1990)FRANÇA, José-AugustoEdição1991
SantarémSERRÃO, VítorEdição1990Local de Edição - Lisboa
Santarém, Cidade do MundoCUSTÓDIO, JorgeEdição1996CMS
Santarém: candidatura de Santarém a património mundial, 3º v., Património monumental de Santarém : inventário, estudos descritivosCUSTÓDIO, JorgeEdição1996
Santarém, Princesa das Nossas VilasFEIO, A. AreosaEdição1929Local de Edição - Santarém Data do Editor : 1929
"A Arquitectura Moderna em Portugal", in História da Arte em Portugal, vol.14ALMEIDA, Pedro Vieira de; FERNANDES, José ManuelEdição1986Lisboa
José Luiz Monteiro. Na Arquitectura da Transição do SéculoFERREIRA, Fátima CordeiroEdiçãos.l.
Arquitectura de Engenheiros. Séculos XIX e XXCOSTA, Maria HelenaEdição1980Lisboa Data do Editor : 1980
"Santarém", História da Arte em PortugalSARMENTO, ZeferinoEdição1931Local de Edição - Porto
Tesouros Artísticos de PortugalALMEIDA, José António Ferreira deEdição1976Lisboa
A Arte em Portugal no Século XIX (2 vols.)FRANÇA, José-AugustoEdição1990LisboaLisboa Data do Editor : 1966
História Crítica da Arquitectura ModernaFRAMPTON, KennethEdição
Os Anos Quarenta na Arte PortuguesaFRANÇA, José-AugustoEdição
A Arquitectura Portuguesa dos Anos 30 à ActualidadeDUARTE, CarlosEdição
Ribatejo Histórico e MonumentalCÂNCIO, FranciscoEdição1938Lisboa
A Arquitectura do Princípio do Século em Lisboa (1900-1925).FERNANDES, José ManuelEdição1991LisboaLisboa
A Arquitectura Modernista em Portugal (1890-1940)FERNANDES, José ManuelEdição1993Lisboa
Da afirmação das Gerações Modernas aos Novos Territórios de Intervenção ArquitectónicaEdição
História da Arte PortuguesaEdição1995

IMAGENS

Mercado Municipal de Santarém - Fachada principal: corpo central (entrada)

Mercado Municipal de Santarém - Fachada principal: remate do corpo central

Mercado Municipal de Santarém - Vista geral e envolvente (ao fundo, a Torre da Trindade)

Mercado Municipal de Santarém - Interior: pormenor das colunas de ferro que suportam a cobertura

Mercado Municipal de Santarém - Fachada lateral: corpo do canto extremo

Mercado Municipal de Santarém - Interior: vista geral da praça

Mercado Municipal de Santarém - Interior: vista geral da praça e sistema de cobertura

Mercado Municipal de Santarém - Fachadas central e lateral: vista parcial

Mercado Municipal de Santarém - Fachada principal: canto extremo com painéis de azulejos

Mercado Municipal de Santarém - Fachada lateral: painel azulejos representando a fachada da igreja da Graça de Santarém

Mercado Municipal de Santarém - Fachada lateral: painel de azulejos representando a venda junto ao mercado

Mercado Municipal de Santarém - Fachada lateral: painel de azulejos representando carros de bois

Mercado Municipal de Santarém - Planta com a delimitação e a ZP que esteve em vigor até ser fixada a ZEP

Mercado Municipal de Santarém - Planta com a delimitação e a ZEP em vigor

Mercado Municipal de Santarém - Fachada principal: painel de azulejos no remate da entrada

Mercado Municipal de Santarém - Interior: vista geral da praça do mercado

Mercado Municipal de Santarém - Pormenor de painel de azulejos representando tourada

Mercado Municipal de Santarém - interior: vista geral da praça e sistema de cobertura em asnas metálicas

Mercado Municipal de Santarém - fachada principal: corpo central (entrada) pormenor do paínel azulejar no remate do vão de entrada.

Mercado Municipal de Santarém - fachada lateral e principal: painéis de azulejos representando o comércio do gado e a ceifa.

Mercado Municipal de Santarém - interior: vista geral da praça e sistema de cobertura em asnas metálicas.

MAPA

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