Pesquisa de Património Imóvel

DETALHES

Palácio dos Condes de Vimieiro
Designação
DesignaçãoPalácio dos Condes de Vimieiro
Outras Designações / PesquisasQuinta e Palácio dos Condes do Vimieiro (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt)
Categoria / TipologiaArquitectura Civil / Palácio
TipologiaPalácio
CategoriaArquitectura Civil
Inventário Temático
Localização
Divisão AdministrativaÉvora/Arraiolos/Vimieiro
Endereço / Local
RUA LOCAL ZIP REF
Rua de AvisVimieiro Número de Polícia: 56-58
LATITUDE LONGITUDE
38.833268-7.838183
DistritoÉvora
ConcelhoArraiolos
FreguesiaVimieiro
Proteção
Situação ActualEm Vias de Classificação
Categoria de ProtecçãoEm Vias de Classificação (Homologado como IM - Interesse Municipal)
CronologiaEm 23-05-2018 a DGPC reafirmou à CM de Arraiolos que podia concluir o processo de classificação como de IM
Enviada cópia do processo pelo Ministério da Cultura à CM de Arraiolos em 3-05-2010 a fim de ponderar a conclusão do procedimento
Edital de 6-10-2005 da CM de Arraiolos
Despacho de homologação de 20-08-1990 da Subsecretária de Estado da Cultura
Despacho de concordância de 13-07-1990 do presidente do IPPC
Parecer de 28-06-1990 do Conselho Consultivo do IPPC a propor a classificação como VC
Despacho de abertura de 6-12-1989 do vice-presidente do IPPC
Proposta de 28-11-1989 do IPPC a propor a abertura da instrução de processo de classificação
Em 6-10-1989 a SCMV enviou documentação sobre o imóvel
Processo iniciado em 1989
ZEP
Zona "non aedificandi"
CLASS_NAMEMonumento
Património Mundial
Património Mundial Designação
Cadastro
AFECTACAO181601
Descrição Geral
Nota Histórico-ArtisticaOs fidalgos Sousa e Faro foram donatários da vila do Vimieiro entre 1437, data na qual D. Duarte deu o respectivo senhorio a D. Sancho de Noronha, 1.º conde de Odemira, e do século XIX, quando a casa titular foi extinta. Os paços velhos, ou a primeira habitação da família no Vimieiro, foram erguidos por D. Francisco de Faro e Noronha, 4.º senhor de Vimieiro, presumivelmente na primeira metade do século XVI. Foram substituídos pelo actual palácio, construído entre 1770 e 1790, por D. Sancho de Faro e Sousa (1735-1790), governador da praça de Estremoz, 11.º senhor e 4.º conde do Vimieiro, que aqui nasceu e viveu durante largos anos.
O edifício é composto por dois grandes corpos rectangulares em L, de dois registos, cobertos por telhados de quatro águas, com mansardas. O espaço quadrangular definido pelas duas alas é ocupado por um terraço, delimitado por dois altos muros rematados em torre-mirante, deitando sobre os jardins. Na fachada principal, voltada a O., rasga-se o portal principal, em mármore. A maior parte dos vãos do piso térreo são de peitoril. No piso superior destacam-se varandas de sacada, com grades de barrinhas de ferro. A escadaria do interior é iluminada por uma grande luneta ovóide, a meio da fachada. Um dos ângulos do edifício conserva ainda vestígios arquitectónicos do paço quinhentista, que se podem observar igualmente nas traseiras e no pátio (ESPANCA, Túlio, 1975). No interior, destacam-se alguns salões com tectos estucados, pintados e dourados, fogões de mármore barrocos, e muitos painéis decorativos de influência francesa.
Os jardins são directamente acessíveis pelo muro N. da cerca, onde se abre um grande pórtico, entre duas pilastras almofadadas, encimadas por cornijas molduradas muito salientes e urnas cilíndricas. Originalmente, tratava-se de um verdadeiro complexo agrícola, com cavalariças, lagar, celeiros e dependências anexas, pomar de laranjeiras e horta. O jardim propriamente dito era formado por áleas de canteiros e buxos, fontes com cascatas, e várias estátuas e bustos de figuras clássicas, incluindo uma urna dedicada a Luís de Camões, denotando a influência da poetisa D. Teresa de Melo Breyner, mulher de D. Sancho de Faro e Sousa.
No cruzamento das ruas de buxo destaca-se finalmente uma monumental fonte-obelisco, datada de 1774, cujo desenho neoclássico se deve atribuir ao engenheiro francês Guilherme Luís Antoine de Valleré, que trabalhou no Forte de Lippe, em Elvas, e igualmente na construção da Fonte de São Lourenço da mesma cidade. O monumento é constituído por uma larga taça circular, onde se levanta um pedestal central, com quatro carrancas antropomórficas, servindo de base a uma pirâmide quadrada de grande altura, em mármore branco. A pirâmide, ou agulha, é rematada por pequena pinha, e decorada na base por medalhões alegóricos das Artes e Letras, entre festões e grinaldas; inclui ainda o busto de D. Teresa de Melo Breyner, a quem o monumento celebra, de acordo com as várias inscrições latinas que nele se podem ler.
O palácio e os jardins, na posse de particulares, encontram-se muito degradados, com troços ameaçando ruína.
Sílvia Leite
Processo
Abrangido em ZEP ou ZP
Outra Classificação
Nº de Imagens11
Nº de Bibliografias1

BIBLIOGRAFIA

TITULO AUTOR(ES) TIPO DATA LOCAL OBS.
Inventário Artístico de Portugal - vol. VIII (Distrito de Évora, Zona Norte, volume I)ESPANCA, TúlioEdição1975LisboaO vol. II é totalmente dedicado às ilustrações.

IMAGENS

Palácio dos Condes de Vimieiro - Fachada lateral: escadaria e alpendre

Palácio dos Condes de Vimieiro - Jardim

Palácio dos Condes de Vimieiro - Fachada principal: portal e óculo superior

Palácio dos Condes de Vimieiro - Portal

Palácio dos Condes de Vimieiro - Jardim: obelisco

Palácio dos Condes de Vimieiro - Vista geral posterior e obelisco

Palácio dos Condes de Vimieiro - Terraço

Palácio dos Condes de Vimieiro - Planta de localização

Palácio dos Condes de Vimieiro - Fachada lateral

Palácio dos Condes de Vimieiro - Vista geral posterior

Palácio dos Condes de Vimieiro - Fachada principal

MAPA

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