Igreja e vestígios do Mosteiro de São Francisco do Monte | |||||||||||||
Designação | |||||||||||||
Designação | Igreja e vestígios do Mosteiro de São Francisco do Monte | ||||||||||||
Outras Designações / Pesquisas | Mosteiro de São Francisco do Monte de Orgens / Convento de São Francisco do Monte / Igreja Paroquial de Orgens / Igreja de São Francisco (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt) | ||||||||||||
Categoria / Tipologia | Arquitectura Religiosa / Igreja | ||||||||||||
Tipologia | Igreja | ||||||||||||
Categoria | Arquitectura Religiosa | ||||||||||||
Inventário Temático | |||||||||||||
Localização | |||||||||||||
Divisão Administrativa | Viseu/Viseu/Orgens | ||||||||||||
Endereço / Local |
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Distrito | Viseu | ||||||||||||
Concelho | Viseu | ||||||||||||
Freguesia | Orgens | ||||||||||||
Proteção | |||||||||||||
Situação Actual | Classificado | ||||||||||||
Categoria de Protecção | Classificado como MIP - Monumento de Interesse Público | ||||||||||||
Cronologia | Portaria n.º 191/2013, DR, 2.ª série, n.º 69, de 9-04-2013 (ver Portaria) Despacho de 28-01-2013 da diretora-geral da DGPC a alterar a designação para Igreja e vestígios do Mosteiro de São Francisco do Monte Procedimento prorrogado até 30-06-2013 pelo Decreto-Lei n.º 265/2012, DR, 1.ª série, n.º 251, de 28-12-2012 (ver Diploma) Relatório final do procedimento aprovado por despacho de 4-12-2012 da diretora-geral da DGPC Anúncio n.º 13470/2012, DR, 2.ª série, n.º 187, de 26-09-2012 (ver Anúncio) Procedimento prorrogado pelo Decreto-Lei n.º 115/2011, DR, 1.ª série, n.º 232, de 5-12-2011 (ver Diploma) Despacho de concordância de 23-11-2011 do diretor do IGESPAR, I.P. Parecer de 23-11-2011 da SPAA do Conselho Nacional de Cultura a propor a classificação como MIP da igreja, restos do Convento de que fazia parte, bem como do património integrado Proposta de 7-09-2011 da DRC do Centro para a classificação da igreja e do património integrado como MIP Procedimento prorrogado pelo Despacho n.º 19338/2010, DR, 2.ª série, n.º 252, de 30-12-2010 (ver Despacho) Devolvido em 11-04-2006 à DR de Coimbra do IPPAR para juntar proposta de ZEP Proposta de 7-08-1997 da DR de Coimbra do IPPAR para a classificação como IIP Edital de 6-11-1996 da CM de Viseu Despacho de abertura de 5-12-1991 do presidente do IPPC Proposta de 11-10-1991 do IPPC para a abertura da instrução do processo de classificação da igreja | ||||||||||||
ZEP | Portaria n.º 191/2013, DR, 2.ª série, n.º 69, de 9-04-2013 (sem restrições) (ver Portaria) Relatório final do procedimento aprovado por despacho de 4-12-2012 da diretora-geral da DGPC Anúncio n.º 13470/2012, DR, 2.ª série, n.º 187, de 26-09-2012 (ver Anúncio) Parecer favorável de 23-11-2011 da SPAA do Conselho Nacional de Cultura Proposta de 7-09-2011 da DRC do Centro | ||||||||||||
Zona "non aedificandi" | |||||||||||||
CLASS_NAME | Monumento | ||||||||||||
Património Mundial | |||||||||||||
Património Mundial Designação | |||||||||||||
Cadastro | |||||||||||||
AFECTACAO | 12700426 | ||||||||||||
Descrição Geral | |||||||||||||
Nota Histórico-Artistica | Do antigo mosteiro de São Francisco do Monte de Orgens apenas subsiste a igreja, transformada em paroquial aquando da extinção das ordens religiosas, parte do refeitório, o lageado do claustro e os perfis da arcaria a Sul, confinante com o templo. Fundado em 1410 por Frei Pedro de Alemanços, natural da Galiza, este mosteiro franciscano teve a sua origem numa pequena ermida dedicada a São Domingos que existia no local onde foi depois levantada a igreja e as dependências. Ao longo das centúrias seguintes foi objecto de múltiplas intervenções arquitectónicas, decorativas e das próprias vivências, com a transferência dos religiosos para a cidade de Viseu, na primeira metade do século XVII. A década de 1740 veio trazer nova vida ao mosteiro, e a igreja que hoje conhecemos é a face ainda visível desta campanha de obras que revalorizou uma casa então bastante arruinada. Estabelecidos os primeiros religiosos em Orgens, cedo a nobreza de Viseu beneficiou o mosteiro com donativos, tornando-se a sua igreja num dos espaços preferidos para enterramento destas famílias. Deve-se, no entanto, ao rei D. Afonso V a maior contribuição em esmolas e pedraria, que permitiram edificar a igreja e restantes dependências. Todavia, o relativo afastamento de Viseu, a necessidade de novas obras e a humidade do local, nefasta para os religiosos, veio a ditar a sua transferência para um novo convento, a construir na cidade. O primeiro requerimento a solicitar a mudança data de 1603, mas diversos problemas atrasaram a efectivação desta medida, apenas concretizada a 6 de Março de 1635, quando foi lançada a primeira pedra na Quinta de Mançorim. Entretanto, todos estes atrasos motivaram novas obras de conservação no antigo mosteiro, tendo-se mesmo refeito a capela-mor. Mas aqui só vieram a ficar oito religiosos e um presidente, funcionando o antigo mosteiro como oratório. As obras sucedem-se em Orgens e em 1741, graças à esmola do Reverendo Manuel Ferreira, abade de Povolide, iniciou-se uma grande reforma de todos os espaços, que ficaria concluída em 1749. Foi autor do projecto o irmão arquitecto Frei Francisco de Jesus Maria, de Vila Real, construindo-se então três dormitórios de vinte celas, livraria, hospedaria, claustros com varandas no andar superior, e a igreja. A fachada do templo enquadra-se no modelo de tantas outras destes religiosos, sendo definida por pilastras de aparelho rusticado, rematadas por fogaréus, nos cunhais, e apresentando arco abatido na galilé, sobrepujado por janelão do coro que, por sua vez, é enquadrado por nichos com a imagem de São Francisco e de São Domingos. No mesmo eixo central abre-se ainda um óculo e o frontão é contracurvado, com cruz na empena. No interior, a nave única e a capela-mor, cobertas por abóbada de berço, articulam-se através de arco triunfal, sobre o qual se observa uma Crucificação ladeada pelas imagens de Nossa Senhora e São João, e em baixo o brasão do Reverendo Manuel Ferreira. Um lambril de azulejos de figura avulsa, certamente executado nas oficinas coimbrãs, cerca de 1745, percorre o espaço, no qual se destaca, ainda, o retábulo-mor, de talha dourada maneirista, atribuível ao entalhador local Francisco Lopes de Matos. Há também a assinalar os retábulos colaterais, de talha dourada, as capelas na nave abertas por arcos de pedraria, e o coro alto, com balaustres a que se sobrepõe, ao centro, uma maquineta com a imagem de São Francisco. Com a extinção das ordens religiosas, em 1834, o edifício conventual e a cerca foram vendidos e depois praticamente demolidos. A igreja passou para a posse da paróquia, que ainda hoje a conserva. O processo de extinção regista um inventário de todas as peças existentes à época. Uma referência final para o terreiro que antecede a igreja e onde se pode observar um cruzeiro com uma imagem de São Francisco datada de 1711, e a denominada fonte de ouro, inscrita num arcossólio quinhentista que pertencia, muito possivelmente, à igreja anterior. (RC) | ||||||||||||
Processo | |||||||||||||
Abrangido em ZEP ou ZP | |||||||||||||
Outra Classificação | |||||||||||||
Nº de Imagens | 9 | ||||||||||||
Nº de Bibliografias | 4 |
TITULO | AUTOR(ES) | TIPO | DATA | LOCAL | OBS. |
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Historia Serafica da Ordem dos Frades Menores de S. Francisco na Provincia de Portugal. | SOLEDADE, Frei Fernando da | Edição | Publicado a 1656-1720 | ||
Historia Serafica da Ordem dos Frades Menores de S. Francisco na Provincia de Portugal. | ESPERANCA, Frei Manuel da | Edição | Publicado a 1656-1720 | ||
"Memórias do extinto Mosteiro de São Francisco do Monte de Orgens (Viseu)", Revista Millenium, nº 22, Abril de 2001 | ALVES, Alexandre | Edição | 2001 | Viseu | |
"Artistas e artífices nas dioceses de Lamego e de Viseu", Revista "Beira Alta". | ALVES, Alexandre | Edição | |||
"O Convento de S. Francisco d'Orgens", Almanaque de Vizeu Ilustrado, 1884 | LUCENA, Gabriel de | Edição | 1884 |
Mosteiro de São Francisco do Monte - Planta anexa à portaria de classificação e fixação da respetiva ZEP, com a delimitação e a ZEP em vigor
Mosteiro de São Francisco do Monte - Cerca: fonte com espaldar
Mosteiro de São Francisco do Monte - Interior da igreja: varandim do coro-alto
Mosteiro de São Francisco do Monte - Interior da igreja parede da nave do lado do Evangelho (púlpito)
Mosteiro de São Francisco do Monte - Planta com a delimitação e a ZEP proposta pela DRCC e a SPAA do CNC (a ZEP só entra em vigor após publicação da portaria no DR)
Mosteiro de São Francisco do Monte - Interior da igreja: capela-mor
Mosteiro de São Francisco do Monte - Interior da igreja: nave e capela-mor
Mosteiro de São Francisco do Monte - Fachada principal da igreja
Mosteiro de São Francisco do Monte - Planta com a delimitação e a ZP que esteve em vigor até ser fixada a ZEP
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