Pesquisa de Património Imóvel

DETALHES

Mosteiro de Santa Maria de Seiça
Designação
DesignaçãoMosteiro de Santa Maria de Seiça
Outras Designações / PesquisasMosteiro de Ceiça / Mosteiro de Santa Maria de Ceiça / Mosteiro de Seiça (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt)
Categoria / TipologiaArquitectura Religiosa / Mosteiro - Itinerário de Cister
TipologiaMosteiro - Itinerário de Cister
CategoriaArquitectura Religiosa
Inventário TemáticoItinerários de Cister
Localização
Divisão AdministrativaCoimbra/Figueira da Foz/Paião
Endereço / Local
RUA LOCAL ZIP REF
-- SeiçaPaião Número de Polícia:
LATITUDE LONGITUDE
40.045986-8.781405
DistritoCoimbra
ConcelhoFigueira da Foz
FreguesiaPaião
Proteção
Situação ActualClassificado
Categoria de ProtecçãoClassificado como MN - Monumento Nacional
CronologiaDecreto n.º 13/2023, DR, 1.ª série, n.º 131, de 7-07-2023 (ampliou a área classificada do Mosteiro de Santa Maria de Seiça e reclassificou-o como «monumento nacional») (ver Decreto)
Relatório final do procedimento aprovado por despacho de 8-06-2022 do diretor-geral da DGPC
Anúncio n.º 81/2021, DR, 2.ª série, n.º 81, de 27-04-2021 (ver Anúncio)
Despacho de concordância de 12-11-2020 do subdiretor-geral da DGPC
Parecer favorável de 17-06--2020 da SPAA do Conselho Nacional de Cultura
Proposta de 12-06-2019 da DRC do Centro para a ampliação e reclassificação como MN
Anúncio n.º 66/2019, DR, 2.ª série, n.º 72, de 11-04-2019 (ver Anúncio)
Despacho de abertura de 11-02-2019 da diretora-geral da DGPC
Parecer favorável de 28-11-2018 da SPAA do Conselho Nacional de Cultura
Proposta de 2-07-2018 da DRC do Centro para abertura de procedimento de ampliação e reclassificação
Em 12-06-2018 a CM da Figueira da Foz completou a fundamentação do solicitado
Em 6-04-2018 a CM da Figueira da Foz solicitou igualmente a ampliação da classificação
Em 2-04-2018 a CM da Figueira da Foz enviou a fundamentação relativa ao requerimento de reclassificação
Requerimento de reclassificação, de IIP para MN, de 15-11-2017 da CM da Figueira da Foz
Decreto n.º 5/2002, DR, I Série-B. n.º 42, de 19-02-2002 (classificou o Mosteiro de Santa Maria de Seiça como «imóvel de interesse público») (ver Decreto)
Edital de 21-09-1998 da CM da Figueira da Foz
Despacho de homologação de 10-08-1998 do Ministro da Cultura
Parecer de 29-07-1998 do Conselho Consultivo do IPPAR a propor a classificação como IIP
Proposta de 3-10-1997 da DR de Coimbra do IPPAR para a classificação como VC
Edital de 25-07-1997 da CM da Figueira da Foz
Despacho de abertura de 26-04-1991 do presidente do IPPC
Proposta de 14-02-1991 do IPPC para a abertura da instrução de processo de classificação
Informação de 15-01-1991 do IPPC (coimbra) sobre o estado de degradação do mosteiro
ZEP
Zona "non aedificandi"
CLASS_NAMEMonumento
Património Mundial
Património Mundial Designação
Cadastro
AFECTACAO181502
Descrição Geral
Nota Histórico-ArtisticaEmbora se desconheça a data exacta da fundação do cenóbio de Seiça, a mais antiga referência documental que se conhece ao mosteiro situado junto ao rio Mondego data de 1162, pertencendo então aos Crúzios. Alguns anos depois, em 1175 D. Afonso Henriques doou à comunidade uma carta de couto.
Na mesma época, a Ordem de Cister crescia em Portugal, espalhando as suas casas conventuais pelo território então reconquistado. No reinado de D. Sancho I o estabelecimento de comunidades cistercienses diminuiu, registando-se apenas duas filiações de mosteiros em Alcobaça, Santa Maria de Maceira Dão em 1188, e Santa Maria de Seiça, em 1195 (REAL, 1998, p. 51). Foi assim a partir desta época que Seiça passou a albergar uma comunidade de monges brancos .
Protegido pela Coroa ao longo da Idade Média, o Mosteiro de Seiça foi suprimido por D. João III, devido aos desentendimentos constantes com a casa-mãe de Alcobaça. Seria D. Sebastião que em 1560 restituiria o mosteiro novamente à alçada da grande abadia cisterciense (BORGES, 1987, p. 175).
Entre os últimos anos do século XVI e o início do século XVII o edifício conventual foi totalmente reedificado, segundo um projecto da autoria de Mateus Rodrigues (DIAS, 1990), passando a funcionar como centro de estudos filosóficos da ordem, devido à sua proximidade do Colégio de Santa Cruz de Coimbra (PEREIRA, 1998, p. 245).
Embora o convento se encontre actualmente bastante arruinado, destaca-se o edifício da igreja, sendo esta considerada a "peça mais interessante" do conjunto (Idem, ibidem). Apresentando um traçado de linhas austeras, que se sublinham pela sua verticalidade e robustez, bem ao gosto do maneirismo chão , o templo possui uma fachada marcada pelos volumes das torres laterais, com "remates bolbosos", que "enquadram um núcleo central onde o grande tema arquitectónico se resume à aplicação de pilastras de ordem colossal que unifica a superfície e confere a todo o frontispício um certo tom majestoso" (Idem, ibidem).
O interior foi muito alterado com a instalação de uma fábrica de descasque de arroz no século XIX. No entanto, a sua planimetria obedecia aos modelos maneiristas da época, pelo que o templo possuía nave única com capelas laterais intercomunicantes, possuindo originalmente coro-alto. O espaço do transepto, que seria coberto por cúpula, bem como a capela-mor, foram-se degradando depois da venda do edifício em 1834, acabando por ruir. O conjunto monacal mantém ainda algumas das dependências, como duas alas do claustro, algumas das celas, o refeitório e a livraria.
Catarina Oliveira
IPPAR/2006
ProcessoAo lado da passagem de nível, ao km 197 da linha férrea, caminho público não classificado, junto à Ribeira de Seiça
Abrangido em ZEP ou ZP
Outra Classificação
Nº de Imagens3
Nº de Bibliografias5

BIBLIOGRAFIA

TITULO AUTOR(ES) TIPO DATA LOCAL OBS.
Inventário Artístico de Portugal: distrito de CoimbraGONCALVES, António NogueiraEdição1952Lisboa
"Mateus Rodrigues, mestre construtor do Mosteiro de Seiça", in Mundo da Arte, 2ª série, Janeiro - Março 1990DIAS, PedroEdição1990Coimbra
"A construção cisterciense em Portugal durante a Idade Média", Arte de Cister em Portugal e na Galiza, catálogo de exposição, pp.43-96REAL, Manuel LuísEdição1998Lisboa
"Cister, a arquitectura e a cultura artística na época moderna", Arte de Cister em Portugal e Galiza (catálogo da exposição), pp. 230-279PEREIRA, José FernandesEdição1998Lisboa
Coimbra e RegiãoBORGES, Nelson CorreiaEdição1987Lisboa
Inventário Artístico de Portugal: distrito de CoimbraCORREIA, VergílioEdição1952Lisboa

IMAGENS

Mosteiro de Santa Maria de Seiça - Vista geral da igreja

Mosteiro de Santa Maria de Seiça - Planta relativa ao anúncio de abertura do procedimento de ampliação e reclassificação como MN

Mosteiro de Santa Maria de Seiça - Planta anexa ao diploma de ampliação e reclassificação como MN, com a delimitação do bem e da ZGP em vigor

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