Pesquisa de Património Imóvel

DETALHES

Igreja de Santa Marinha, paroquial de Real, seu património móvel integrado, e respetivo adro e escadaria
Designação
DesignaçãoIgreja de Santa Marinha, paroquial de Real, seu património móvel integrado, e respetivo adro e escadaria
Outras Designações / PesquisasIgreja de Santa Marinha, paroquial de Real, com as imagens de granito na vedação do adro e a escadaria / Igreja Paroquial de Real / Igreja de Santa Marinha (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt)
Categoria / TipologiaArquitectura Religiosa / Igreja
TipologiaIgreja
CategoriaArquitectura Religiosa
Inventário Temático
Localização
Divisão AdministrativaAveiro/Castelo de Paiva/Real
Endereço / Local
RUA LOCAL ZIP REF
Largo da IgrejaReal Número de Polícia:
LATITUDE LONGITUDE
41.013808-8.267665
DistritoAveiro
ConcelhoCastelo de Paiva
FreguesiaReal
Proteção
Situação ActualClassificado
Categoria de ProtecçãoClassificado como MIP - Monumento de Interesse Público
CronologiaPortaria n.º 286/2023, DR, 2.ª série, n.º 117, de 19-06-2023 (reclassificou como MIP e alterou a designação) (ver Portaria)
Relatório final do procedimento aprovado por despacho de 4-04-2023 da subdiretora-geral da DGPC
Anúncio n.º 179/2022, DR, 2.ª série, n.º 163, de 24-08-2022 (ver Anúncio)
Despacho de concordância de 8-06-2022 do diretor-geral da DGPC
Proposta de 13-04-2022 da SPAA do Conselho Nacional de Cultura para a reclassificação da Igreja de Santa Marinha, paroquial de Real, incluindo o património móvel integrado, e respetivo adro e escadaria
Proposta de 6-02-2019 da DRC do Norte para a reclassificação como MIP
Anúncio n.º 2/2018, DR, 2.ª série, n.º 2, de 3-01-2018 (ver Anúncio)
Despacho de 23-11-2017 da diretora-geral da DGPC a determinar a abertura de procedimento de classificação de âmbito nacional da Igreja de Santa Marinha, paroquail de Real, seu património móvel integrado e respetivo adro e escadaria
Proposta de 14-09-2017 da DRC do Norte para a abertura do procedimento de classificação de âmbito nacional, com a designação de Igreja de Santa Marinha, paroquial de Real
A classificação como VC foi convertida para IM nos termos do n.º 2 do art.º 112.º da Lei n.º 107/2001, publicada no DR, I Série-A, N.º 209, de 8-09-2001
Decreto n.º 129/77, DR, I Série, n.º 226, de 29-09-1977 (classificou como VC, com a designação de Conjunto da igreja paroquial da freguesia de Real, com as imagens de granito integradas na vedação do adro e a escadaria) (ver Decreto)
ZEPPortaria n.º 286/2023, DR, 2.ª série, n.º 117, de 19-06-2023 (com restrições) (ver Portaria)
Relatório final do procedimento aprovado por despacho de 4-04-2023 da subdiretora-geral da DGPC
Anúncio n.º 179/2022, DR, 2.ª série, n.º 163, de 24-08-2022 (ver Anúncio)
Despacho de concordância de 8-06-2022 do diretor-geral da DGPC
Proposta favorável de 13-04-2022 da SPAA do Conselho Nacional de Cultura
Proposta de 6-02-2019 da DRC do Norte
Em 22-06-2018 a DRC do Norte enviou proposta de ZEP à CM de Castelo de Paiva com pedido de parecer, não tendo sido recebida resposta
Zona "non aedificandi"
CLASS_NAMEConjunto
Património Mundial
Património Mundial Designação
Cadastro
AFECTACAO12707538
Descrição Geral
Nota Histórico-ArtisticaDedicada a Santa Marinha, a igreja paroquial de Real encontra-se implantada num plano ligeiramente elevado, e é envolta por um adro definido por muro de balaustres, com estatuária a marcar as duas entradas - a principal, com escadaria, e a lateral.
As suas linhas exteriores revelam grande depuração, concentrando-se os elementos decorativos no portal principal. Este, é definido por pilastras, que suportam um duplo entablamento, sobre o qual assentam dois desproporcionados pináculos, e o nicho central, em concha, flanqueado por aletas. O alçado termina em frontão triangular com óculo aberto no tímpano. Do lado do Evangelho ergue-se a torre, de grandes dimensões, com sineiras de volta perfeita e cúpula bolbosa. A entrada lateral é marcada por uma porta de frontão triangular interrompido, e o volume correspondente à sacristia é, com certeza, posterior à abertura deste vão.
À sobriedade do exterior corresponde um espaço interno amplo e profusamente decorado. A nave única, com cobertura de abóbada de berço, coro alto assente sobre mísulas, e capelas laterais e colaterais, articula-se com a capela-mor, também rectangular, através do arco triunfal de volta perfeita. A talha rococó, de concheados assimétricos, dourada e polícromada, ganha especial importância por não se cingir aos altares, desenvolvendo-se pelas sanefas recortadas que rematam os muitos vãos (capelas, portas, janelas) do corpo do templo, e onde se inclui o arco triunfal, envolvido por uma composição de grandes dimensões. As caixas dos púlpitos denotam o mesmo gosto, a que acrescem as pinturas a imitar marmoreados. O retábulo-mor, com tribuna e trono, é rematado por ático de concheados assimétricos, e entre as colunas compósitas encontram-se as imagens de Santa Marinha e Santo Ovídio.
O tecto pintado da nave exibe elementos concheados, com cartelas de configuração diversa que enquadram vinte representações de cariz popular, devidamente legendadas e cuja iconografia corresponde aos episódios da vida de Cristo e da Virgem que constituem os mistérios do Rosário, a que se juntam representações de santas, destacando-se, naturalmente, Santa Marinha, a invocação do templo, e cujo nome aparece ainda registado em dois livros protegidos por anjos (IDEM). No sub-coro, é São Dâmaso o escolhido, a par da data de 1776, que deverá indicar a conclusão dos trabalhos.
Na verdade, as Memórias Paroquiais de Castelo de Paiva referem que este templo, considerado um dos maiores do concelho, dispunha de uma capela-mor feita de novo, magnífica e acabada a expensas do então abade António Vaz Pinto da Silva e Miranda, fidalgo da casa Real (ROCHA, LOUREIRO, 1988, p. 129). Esta informação, de grande utilidade para nós, permite concluir que, muito possivelmente, a igreja já existia, mas foi objecto de uma profunda campanha de obras que incidiu sobre a capela-mor, e que estaria concluída pouco antes de 1758. É certo que o retábulo aparenta uma qualidade superior relativamente à restante obra de talha, mas a cronologia da sua execução não se deverá afastar muito da década de 50 do século XVIII, pelo que cremos que à capela-mor seguiu-se a renovação da nave, terminada em 1776 com a pintura do tecto da nave.
(Rosário Carvalho)
Processo
Abrangido em ZEP ou ZP
Outra Classificação
Nº de Imagens18
Nº de Bibliografias2

BIBLIOGRAFIA

TITULO AUTOR(ES) TIPO DATA LOCAL OBS.
Inventário Artístico de Portugal - Distrito de AveiroGONCALVES, António NogueiraEdição1959Lisboa
Memórias Paroquiais de Castelo de Paiva e Outros DocumentosROCHA, Manuel Joaquim Moreira daEdição1988Castelo de Paiva
Memórias Paroquiais de Castelo de Paiva e Outros DocumentosLOUREIRO, Olímpia Maria da CunhaEdição1988Castelo de Paiva

IMAGENS

Igreja Paroquial de Real - Vista geral (fachada principal)

Igreja Paroquial de Real - Fachada principal (JNE)

Igreja Paroquial de Real - Escadaria com esculturas em granito (JNE)

Igreja Paroquial de Real - Escadaria: escultura em granito representando São Paulo? (JNE)

Igreja Paroquial de Real - Escadaria: imagem em granito representando São Pedro, papa (JNE)

Igreja Paroquial de Real - Fachada principal (JNE)

Igreja de Santa Marinha, paroquail de Real, seu património móvel integrado e respetivo adro e escadaria - Planta anexa ao aviso de abertura do procedimento de classificação de âmbito nacional, com a delimitação e a ZGP em que esteve em vigor (já foi publicada a ZEP)

Igreja de Santa Marinha, paroquial de Real, seu património móvel integrado, e respetivo adro e escadaria - Planta anexa à portaria de reclassificação como MIP e fixação da respetiva ZEP, com a delimitação do imóvel classificado, da ZEP, dos zonamentos e da ASA

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