Pesquisa de Património Imóvel

DETALHES

Capela de São João Baptista (antiga Comenda da Ordem Hospitalar de São João de Jerusalém, dita de Rodes, dita de Malta)
Designação
DesignaçãoCapela de São João Baptista (antiga Comenda da Ordem Hospitalar de São João de Jerusalém, dita de Rodes, dita de Malta)
Outras Designações / PesquisasCapela de São João Baptista / Capela de Rodes / Capela de Malta (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt)
Categoria / TipologiaArquitectura Religiosa / Capela
TipologiaCapela
CategoriaArquitectura Religiosa
Inventário Temático
Localização
Divisão AdministrativaSetúbal/Palmela/Palmela
Endereço / Local
RUA LOCAL ZIP REF
Largo de São João BaptistaPalmela Número de Polícia:
LATITUDE LONGITUDE
38.571388-8.903084
DistritoSetúbal
ConcelhoPalmela
FreguesiaPalmela
Proteção
Situação ActualClassificado
Categoria de ProtecçãoClassificado como IM - Interesse Municipal
CronologiaA classificação como VC foi convertida para IM nos termos do n.º 2 do art.º 112.º da Lei n.º 107/2001, publicada no DR, I Série-A, N.º 209, de 8-09-2001
Decreto n.º 67/97, DR, I Série-B, n.º 301, de 31-12-1997 (ver Decreto)
Edital N.º 18 de 19-09-1995 da CM de Palmela
Despacho de homologação de 17-08-1980
Parecer de 12-08-1980 da COISPCN a propor a classificação como VC
Proposta de classificação de 10-02-1978 da DGPC
ZEP
Zona "non aedificandi"
CLASS_NAMEMonumento
Património Mundial
Património Mundial Designação
Cadastro
AFECTACAO12699926
Descrição Geral
Nota Histórico-ArtisticaImplantada num amplo largo, e plenamente integrada na malha urbana de Palmela, a capela de São João Baptista destaca-se pela sua depuração arquitectónica, mas também pela entrada principal, à qual se acede através de uma escadaria de lanços convergentes, que elevam o portal acima do nível da praça.
Foi edificada na primeira metade do século XVII graças à iniciativa de Frei Jerónimo de Brito e Melo, 25º Grão Prior da Ordem de Malta, que desempenhou outros cargos de relevância na zona de Setúbal. Desta capela, dedicada a São João Baptista, quis fazer o seu cenotáfio, aí se fazendo sepultar.
O templo, de características maneiristas chãs, desenvolve-se em planta de nave única que se articula com capela-mor, ladeada por sacristias. A fachada principal, delimitada por pilastras nos cunhais, encimadas por pináculos, termina em empena, aberta por óculo. Ao centro, o portal mantém a mesma depuração, desenhando linhas rectas e terminando num frontão triangular, em cujo tímpano se ostentam as armas do fundador.
O interior conserva a mesma linearidade, e quase total ausência de elementos decorativos. Na nave apenas se destaca um púlpito, com a base em mármore, mas já sem balaustrada. O pavimento encontra-se ligeiramente alteado logo a seguir ao púlpito, e o arco triunfal, de volta perfeita assenta sobre pilastras toscanas, revelando alguns vestígios de pintura mural seiscentista, com representações de enrolamentos, aves e a cruz de Malta, alusiva a Frei Jerónimo de Brito e Melo e à Ordem a que este presidia. A sua sepultura encontra-se junto ao arco e, na nave, está uma outra, de Manuel Rodrigues Carvalho, freire da Ordem de Santiago, que aqui jaz desde 1705.
Neste espaço, onde reina a depuração arquitectónica e decorativa, ganham especial importância os silhares de azulejo que revestem a nave e a capela-mor. Tratam-se de composições de padrão, tipicamente seiscentistas, e que se encontram devidamente identificadas por Santos Simões, no seu "Corpus da Azulejaria do século XVII". O padrão da nave é uma variante de um tema que entre nós ficou conhecido por massaroca ou pinha, mas que é originário da Pérsia, tendo resultado da estilização de uma flor ou de um fruto (SIMÕES, 1997, p. 41). No caso da capela de São João Baptista, a introdução de elementos lineares no padrão base, criou uma variante muito pouco usual (IDEM, vol. II, p. 196). Já o friso e a barra são bem mais comuns e muito utilizados noutras composições (IDEM, vol. I, p. 167). O mesmo autor refere que diversas marcas e vestígios, permitem defender a possibilidade do revestimento ter sido mais amplo, ultrapassando o silhar, o que hoje não acontece (IDEM, vol. II, p. 196).
A história desta capela não foi, todavia, muito feliz. Durante o reinado de D. Maria II foi profanada e, no decorrer do século XX, foi utilizada para os mais diversos fins, estando, actualmente, devoluta. O seu espólio encontra-se em depósito na Igreja de São Pedro (Câmara Municipal de Palmela).
(Rosário Carvalho)
Processo
Abrangido em ZEP ou ZPCastelo de PalmelaIgreja de São Tiago de Palmela, compreendendo o túmulo de D. Jorge de LencastrePelourinho de Palmela
Outra Classificação
Nº de Imagens2
Nº de Bibliografias3

BIBLIOGRAFIA

TITULO AUTOR(ES) TIPO DATA LOCAL OBS.
Azulejaria em Portugal no século XVIISIMÕES, J. M. dos SantosEdição1971Lisboa
Monografia de PalmelaFORTUNA, António MatosEdição1982Palmela
"A igreja de São João de Palmela e seu fundador Jerónimo de Brito e Melo", História de Palmela ou Palmela na HistóriaSALGADO, JoséEdição1988Palmela

IMAGENS

Capela de São João Baptista - Vista geral

Capela de São João Baptista - Fachada principal

MAPA

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