Capela de São João Baptista (antiga Comenda da Ordem Hospitalar de São João de Jerusalém, dita de Rodes, dita de Malta) | |||||||||||||
Designação | |||||||||||||
Designação | Capela de São João Baptista (antiga Comenda da Ordem Hospitalar de São João de Jerusalém, dita de Rodes, dita de Malta) | ||||||||||||
Outras Designações / Pesquisas | Capela de São João Baptista / Capela de Rodes / Capela de Malta (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt) | ||||||||||||
Categoria / Tipologia | Arquitectura Religiosa / Capela | ||||||||||||
Tipologia | Capela | ||||||||||||
Categoria | Arquitectura Religiosa | ||||||||||||
Inventário Temático | |||||||||||||
Localização | |||||||||||||
Divisão Administrativa | Setúbal/Palmela/Palmela | ||||||||||||
Endereço / Local |
| ||||||||||||
Distrito | Setúbal | ||||||||||||
Concelho | Palmela | ||||||||||||
Freguesia | Palmela | ||||||||||||
Proteção | |||||||||||||
Situação Actual | Classificado | ||||||||||||
Categoria de Protecção | Classificado como IM - Interesse Municipal | ||||||||||||
Cronologia | A classificação como VC foi convertida para IM nos termos do n.º 2 do art.º 112.º da Lei n.º 107/2001, publicada no DR, I Série-A, N.º 209, de 8-09-2001 Decreto n.º 67/97, DR, I Série-B, n.º 301, de 31-12-1997 (ver Decreto) Edital N.º 18 de 19-09-1995 da CM de Palmela Despacho de homologação de 17-08-1980 Parecer de 12-08-1980 da COISPCN a propor a classificação como VC Proposta de classificação de 10-02-1978 da DGPC | ||||||||||||
ZEP | |||||||||||||
Zona "non aedificandi" | |||||||||||||
CLASS_NAME | Monumento | ||||||||||||
Património Mundial | |||||||||||||
Património Mundial Designação | |||||||||||||
Cadastro | |||||||||||||
AFECTACAO | 12699926 | ||||||||||||
Descrição Geral | |||||||||||||
Nota Histórico-Artistica | Implantada num amplo largo, e plenamente integrada na malha urbana de Palmela, a capela de São João Baptista destaca-se pela sua depuração arquitectónica, mas também pela entrada principal, à qual se acede através de uma escadaria de lanços convergentes, que elevam o portal acima do nível da praça. Foi edificada na primeira metade do século XVII graças à iniciativa de Frei Jerónimo de Brito e Melo, 25º Grão Prior da Ordem de Malta, que desempenhou outros cargos de relevância na zona de Setúbal. Desta capela, dedicada a São João Baptista, quis fazer o seu cenotáfio, aí se fazendo sepultar. O templo, de características maneiristas chãs, desenvolve-se em planta de nave única que se articula com capela-mor, ladeada por sacristias. A fachada principal, delimitada por pilastras nos cunhais, encimadas por pináculos, termina em empena, aberta por óculo. Ao centro, o portal mantém a mesma depuração, desenhando linhas rectas e terminando num frontão triangular, em cujo tímpano se ostentam as armas do fundador. O interior conserva a mesma linearidade, e quase total ausência de elementos decorativos. Na nave apenas se destaca um púlpito, com a base em mármore, mas já sem balaustrada. O pavimento encontra-se ligeiramente alteado logo a seguir ao púlpito, e o arco triunfal, de volta perfeita assenta sobre pilastras toscanas, revelando alguns vestígios de pintura mural seiscentista, com representações de enrolamentos, aves e a cruz de Malta, alusiva a Frei Jerónimo de Brito e Melo e à Ordem a que este presidia. A sua sepultura encontra-se junto ao arco e, na nave, está uma outra, de Manuel Rodrigues Carvalho, freire da Ordem de Santiago, que aqui jaz desde 1705. Neste espaço, onde reina a depuração arquitectónica e decorativa, ganham especial importância os silhares de azulejo que revestem a nave e a capela-mor. Tratam-se de composições de padrão, tipicamente seiscentistas, e que se encontram devidamente identificadas por Santos Simões, no seu "Corpus da Azulejaria do século XVII". O padrão da nave é uma variante de um tema que entre nós ficou conhecido por massaroca ou pinha, mas que é originário da Pérsia, tendo resultado da estilização de uma flor ou de um fruto (SIMÕES, 1997, p. 41). No caso da capela de São João Baptista, a introdução de elementos lineares no padrão base, criou uma variante muito pouco usual (IDEM, vol. II, p. 196). Já o friso e a barra são bem mais comuns e muito utilizados noutras composições (IDEM, vol. I, p. 167). O mesmo autor refere que diversas marcas e vestígios, permitem defender a possibilidade do revestimento ter sido mais amplo, ultrapassando o silhar, o que hoje não acontece (IDEM, vol. II, p. 196). A história desta capela não foi, todavia, muito feliz. Durante o reinado de D. Maria II foi profanada e, no decorrer do século XX, foi utilizada para os mais diversos fins, estando, actualmente, devoluta. O seu espólio encontra-se em depósito na Igreja de São Pedro (Câmara Municipal de Palmela). (Rosário Carvalho) | ||||||||||||
Processo | |||||||||||||
Abrangido em ZEP ou ZP | Castelo de PalmelaIgreja de São Tiago de Palmela, compreendendo o túmulo de D. Jorge de LencastrePelourinho de Palmela | ||||||||||||
Outra Classificação | |||||||||||||
Nº de Imagens | 2 | ||||||||||||
Nº de Bibliografias | 3 |
TITULO | AUTOR(ES) | TIPO | DATA | LOCAL | OBS. |
---|---|---|---|---|---|
Azulejaria em Portugal no século XVII | SIMÕES, J. M. dos Santos | Edição | 1971 | Lisboa | |
Monografia de Palmela | FORTUNA, António Matos | Edição | 1982 | Palmela | |
"A igreja de São João de Palmela e seu fundador Jerónimo de Brito e Melo", História de Palmela ou Palmela na História | SALGADO, José | Edição | 1988 | Palmela |
Capela de São João Baptista - Vista geral
Capela de São João Baptista - Fachada principal