Restaurant Tavares, também denominado «Salão de Chá-Restaurante Tavares» ou «Restaurante Tavares Rico» | |||||||||||||||||
Designação | |||||||||||||||||
Designação | Restaurant Tavares, também denominado «Salão de Chá-Restaurante Tavares» ou «Restaurante Tavares Rico» | ||||||||||||||||
Outras Designações / Pesquisas | Restaurante Tavares (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt) | ||||||||||||||||
Categoria / Tipologia | Arquitectura Civil / Restaurante | ||||||||||||||||
Tipologia | Restaurante | ||||||||||||||||
Categoria | Arquitectura Civil | ||||||||||||||||
Inventário Temático | |||||||||||||||||
Localização | |||||||||||||||||
Divisão Administrativa | Lisboa/Lisboa/Misericórdia | ||||||||||||||||
Endereço / Local |
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Distrito | Lisboa | ||||||||||||||||
Concelho | Lisboa | ||||||||||||||||
Freguesia | Misericórdia | ||||||||||||||||
Proteção | |||||||||||||||||
Situação Actual | Classificado | ||||||||||||||||
Categoria de Protecção | Classificado como IM - Interesse Municipal | ||||||||||||||||
Cronologia | A classificação como VC foi convertida para IM nos termos do n.º 2 do art.º 112.º da Lei n.º 107/2001, publicada no DR, I Série-A, N.º 209, de 8-09-2001 Declaração de Rectificação n.º 10-E/96, DR, I Série-B, n.º 127, de 31-05-1996 (rectificou a designação) (ver Declaração) Decreto n.º 2/96, DR, I Série-B, n.º 56, de 6-03-1996 (ver Decreto) Edital N.º 53/86 de 7-08-1986 da CM de Lisboa Despacho de homologação de 5-11-1984 do Ministro da Cultura Despacho de concordância de 29-10-1984 do vice-presidente do IPPC Parecer de 23-10-1984 da Assessoria Técnica do IPPC a propor a classificação como VC Em 16-07-1984 a proprietária enviou documentação para um processo de classificação | ||||||||||||||||
ZEP | Declaração de rectificação n.º 874/2011, DR, 2.ª série, n.º 98, de 20-05-2011 (retificou para ZEP do Bairro Alto e imóveis classificados na sua envolvente) (ver Declaração) Portaria n.º 398/2010, DR, 2.º série, n.º 112, de 11-06-2010 (sem restrições) (fixou a ZEP do Bairro Alto) (ver Portaria) Despacho de homologação de 11-11-2009 da Ministra da Cultura para a ZEP Conjunta do Bairro Alto e Imóveis Classificados na sua Área Envolvente Parecer favorável de 23-05-2008 do Conselho Consultivo do IGESPAR, I.P. Proposta de 29-09-2005 da DRC de Lisboa e Vale do Tejo | ||||||||||||||||
Zona "non aedificandi" | |||||||||||||||||
CLASS_NAME | Monumento | ||||||||||||||||
Património Mundial | |||||||||||||||||
Património Mundial Designação | |||||||||||||||||
Cadastro | |||||||||||||||||
AFECTACAO | 181504 | ||||||||||||||||
Descrição Geral | |||||||||||||||||
Nota Histórico-Artistica | Imóvel O imóvel encontra-se situado numa zona histórica de máxima centralidade da cidade de Lisboa, a rua da Misericórdia, servindo de memória da ocupação tradicional do espaço circundante desde o século XIX, desde que aí se concentraram muitos teatros, clubes nocturnos, cafés, restaurantes, hotéis, jornais, livrarias, e estabelecimentos comerciais de maior requinte. O Restaurante Tavares, também denominado Salão de Chá-Restaurante Tavares ou Restaurante Tavares Rico, foi fundado em 1784 pelo italiano Nicolau Massa, que para aí transferia o seu café e salão de bilhar "O Talão", fundado em 1779. Teve vários proprietários até 1823, quando foi comprado pelos irmãos Manuel e António Tavares. Embora tenha estado apenas quarenta anos na posse destes, foi com o seu nome que o estabelecimento se tornou conhecido. No entanto, a faustosa decoração que hoje caracteriza os salões do restaurante foi introduzida apenas na década de 60 do século XIX, quando o novo proprietário, Vicente Caldeira, entrega o projecto a Hermógenes dos Reis, transformando-o num restaurante de luxo. No início do século XX a casa é ampliada com mais um piso, voltado para a Rua das Gáveas, e recebe a varanda da fachada principal, ainda desenhado por Hermógenes dos Reis. Depois de mais algumas mudanças de propriedade, o Tavares fechou, por falência, em 1940, mas reabriu logo no ano seguinte, com novo recheio. Foi mais uma vez renovado em 1959, e finalmente em 2003-2004, quando se recuperou a sala de refeições e a fachada, então já classificadas. As ampliações da sala térrea original fizeram com que o restaurante ocupasse também o primeiro piso do prédio pombalino de rendimento onde se insere, com fachada dinamizada por alguns elementos curvos, sacadas, frisos de estuque e ferros trabalhados. O piso térreo é aberto por três portas, as laterais de verga recta, em cantaria, e a central de maior vão e verga em arco abatido. A varanda do segundo andar, baixa (pela altura dos pisos) e relativamente avançada, funciona como alpendre, enobrecendo a entrada. É acessível por três portadas a eixo com os vãos do piso inferior, sendo também a central mais larga que as laterais, e todas rematadas em arco abatido. A varanda é triplamente curva, com guarda de ferro forjado decorado com grinaldas, e base ornada com florões, festões, e enrolamentos vegetalistas em estuque, que se prolongam pelo muro. Ao primeiro andar acede-se pela porta da direita. No interior, o salão principal, de planta rectangular, é enriquecido por revestimento de madeiras e tectos em estuques dourados, mármores, espelhos, lustres e bronzes. História Para além do seu valor patrimonial evidente, o restaurante é igualmente o mais antigo do país pois foi fundado em 1784, e o segundo mais antigo na Península Ibérica. Nas suas salas reuniram-se (e reúnem-se ainda) muitas individualidades da designada alta sociedade, tanto da política como das artes. Aí se formou também o célebre grupo dos Vencidos da Vida, e aí se encontravam personalidades como Eça de Queiróz, Ramalho Ortigão, Guerra Junqueiro, Almada Negreiros e Eduardo Viana entre tantos outros. Silvia Leite/IPPAR/2007, atualizado por Maria Ramalho/DGPC/2016 | ||||||||||||||||
Processo | |||||||||||||||||
Abrangido em ZEP ou ZP | Aqueduto das Águas Livres, seus aferentes e correlacionados (Concelhos de Lisboa, Amadora, Odivelas, Oeiras e Sintra)Castelo de São Jorge e resto das cercas de LisboaLisboa Pombalina | ||||||||||||||||
Outra Classificação | |||||||||||||||||
Nº de Imagens | 4 | ||||||||||||||||
Nº de Bibliografias | 1 |
TITULO | AUTOR(ES) | TIPO | DATA | LOCAL | OBS. |
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"Restaurante Tavares", in Dicionário da História de Lisboa | VALDEMAR, António | Edição | 1994 | Lisboa |
Restaurante Tavares «Tavares Rico» - Fachada principal: registo superior
Restaurante Tavares «Tavares Rico» - Fachada principal: varanda do primeiro andar
Restaurante Tavares «Tavares Rico» - Interior: sala do restaurante
Restaurante Tavares «Tavares Rico» - Interior: sala do restaurante