Pesquisa de Património Imóvel

DETALHES

Igreja paroquial de São Paio e escadaria
Designação
DesignaçãoIgreja paroquial de São Paio e escadaria
Outras Designações / PesquisasIgreja Paroquial de São Paio (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt)
Categoria / TipologiaArquitectura Religiosa / Igreja
TipologiaIgreja
CategoriaArquitectura Religiosa
Inventário Temático
Localização
Divisão AdministrativaViana do Castelo/Arcos de Valdevez/Arcos de Valdevez (São Salvador), Vila Fonche e Parada
Endereço / Local
RUA LOCAL ZIP REF
-- -Arcos de Valdevez Número de Polícia:
LATITUDE LONGITUDE
41.842867-8.416306
DistritoViana do Castelo
ConcelhoArcos de Valdevez
FreguesiaArcos de Valdevez (São Salvador), Vila Fonche e Parada
Proteção
Situação ActualClassificado
Categoria de ProtecçãoClassificado como IM - Interesse Municipal
CronologiaA classificação como VC foi convertida para IM nos termos do n.º 2 do art.º 112.º da Lei n.º 107/2001, publicada no DR, I Série-A, N.º 209, de 8-09-2001
Decreto n.º 28/82, DR, I Série, n.º 47, de 26-02-1982 (ver Decreto)
ZEP
Zona "non aedificandi"
CLASS_NAMEMonumento
Património Mundial
Património Mundial Designação
Cadastro
AFECTACAO12707538
Descrição Geral
Nota Histórico-ArtisticaSitua-se na margem esquerda do rio Vez, e é a igreja paroquial da freguesia de São Paio, a quem deve a sua invocação. Do templo primitivo, edificado no sítio da igreja velha nada resta, pois o seu estado avançado de ruína levou a que, em 1781, tivesse início a construção de uma nova igreja, mais perto do rio e de dimensões superiores, por forma a responder de forma eficaz ao crescimento da população. De acordo com os dados disponíveis, as obras prolongaram-se durante longos anos e, muito embora no final do século XVIII o edifício estivesse adiantado, somente em 1831 foi dado como concluído. Em todo o caso, o revestimento azulejar, de padrão, que cobre a fachada principal, foi aplicado apenas em 1929, a expensas de José Nuno Gomes.
A fachada, de linhas sóbrias, denota já a influência do neoclassicismo, ainda que a estrutura da escadaria que antecede a igreja possa ser considerada barroca, desenvolvendo-se em lanços opostos e convergentes, com parapeitos encimados por fogaréus, o que empresta ao conjunto um carácter cenográfico, constituindo-se como caminho ascensional, a percorrer para quem pretende aceder ao templo.
No alçado principal, o esquema compositivo, marcado pela divisão do pano murário através de pilastras (nesse caso prolongadas nos extremos por urnas e ao centro no frontão curvo interrompido), é bastante comum no Norte do país, principalmente na região do Porto, onde poderíamos citar, a título de exemplo, as igrejas de São Pedro de Miragaia ou de São Nicolau. O próprio revestimento azulejar das fachadas, na sua grande maioria datado do século XX, conheceu, também, grande fortuna no Norte, manifestando-se igualmente nos templos portuenses mencionados. O portal, ao centro, é definido por duas pilastras e encimado por frontão circular em cujo tímpano se exibe o brasão de armas de Portugal. Sobrepõe-se-lhe uma amplo janelão, que complementa os outros dois, nas secções laterais, mais reduzidos e sobre os quais se abre um óculo, com um motivo concheado na zona superior.
A torre, que se projecta atrás do frontão, no eixo do alçado, inscreve esta composição nas denominadas "fachadas torre", cujo modelo é comum na região portuense, não deixando de nos recordar o esquema utilizado na igreja da Trindade, no Porto, edificada a partir de 1802. Assim, num primeiro nível encontramos o relógio (aí colocado em 1946), num segundo os arcos e, por fim, o remate piramidal. À semelhança da fachada, também a torre é revestida pelo mesmo padrão de azulejos.
O interior, de nave única, é bastante depurado. Uma cimalha percorre a nave única, coberta por abóbada de berço pintada. As três capelas laterais são abertas por arcos de volta perfeita com impostas salientes, apresentando retábulos de talha policromada. O arco triunfal é idêntico, mas possuí sanefa de talha dourada. Na capela-mor, com cobertura de abóbada de berço pintada, destaca-se o retábulo, também de talha policroma e acusando a feição tardia e neoclássica, tal como as caixas dos púlpitos.
Num espaço de relativa sobriedade, ganha especial significado a composição em cantaria que envolve a entrada e se prolonga em altura pelo coro. Esta estrutura, que salienta a verticalidade da nave e recorda a presença torre, apenas visível do exterior, parece ter sido abruptamente interrompida no remate, não deixando, por isso, de causar alguma estranheza, levando-nos a colocar a possibilidade de que a falta de recursos, sentida à época de construção, não tenha permitido concluir o edifício conforme o plano previamente traçado.
(Rosário Carvalho)
Processo
Abrangido em ZEP ou ZP
Outra Classificação
Nº de Imagens0
Nº de Bibliografias1

BIBLIOGRAFIA

TITULO AUTOR(ES) TIPO DATA LOCAL OBS.
Alto MinhoALMEIDA, Carlos Alberto Ferreira deEdição1987Lisboa

IMAGENS

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