Pesquisa de Património Imóvel

DETALHES

Nora, tanque e portal anexos, na quinta da família Bívar Cúmano
Designação
DesignaçãoNora, tanque e portal anexos, na quinta da família Bívar Cúmano
Outras Designações / PesquisasQuinta Bívar Cúmano (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt)
Categoria / TipologiaArquitectura Civil / Nora
TipologiaNora
CategoriaArquitectura Civil
Inventário Temático
Localização
Divisão AdministrativaFaro/Faro/Faro (Sé e São Pedro)
Endereço / Local
RUA LOCAL ZIP REF
- EN 125, parcela nº 12, entre o km 107,300 e km 107,400, Quinta da Família Bívar Cumano, Rio SecoFaro Número de Polícia:
LATITUDE LONGITUDE
37.0289-7.909941
DistritoFaro
ConcelhoFaro
FreguesiaFaro (Sé e São Pedro)
Proteção
Situação ActualClassificado
Categoria de ProtecçãoClassificado como IM - Interesse Municipal
CronologiaA classificação como VC foi convertida para IM nos termos do n.º 2 do art.º 112.º da Lei n.º 107/2001, publicada no DR, I Série-A, N.º 209, de 8-09-2001
Decreto n.º 45/93, DR, I Série-B, n.º 280, de 30-11-1993 (ver Decreto)
ZEP
Zona "non aedificandi"
CLASS_NAMEConjunto
Património Mundial
Património Mundial Designação
Cadastro
AFECTACAO9914630
Descrição Geral
Nota Histórico-ArtisticaImóvel
A antiga Quinta da Família Bívar Cúmano corresponde a uma propriedade rural localizada no sítio do Rio Seco, a nordeste da cidade de Faro, encontrando-se hoje parcialmente cortada pela EN 125 (entre o Km 107.300 e o Km 107.400). A Sul e a Poente a quinta confrontava com a Ribeira do Rio Seco e, a Nascente, com a propriedade dos herdeiros de Manuel Amaro.
Hoje lamentavelmente em ruínas, esta propriedade associava, de forma exemplar, as áreas de produção agrícola com espaços de uma típica quinta de lazer e recreio do século XVIII, reunindo os valores da cultura local com elementos eruditos cortesãos. Do conjunto que seria formado por um imponente portal de entrada, casa de habitação da família, casa dos caseiros e um importante sistema hidráulico, apenas subsiste um portal secundário e um conjunto arruinado formado por tanque retangular e nora, apresentando, este tanque, um espaldar triangular ricamente decorado com elementos ornamentais de gesso em relevo, de gosto idêntico aos dois portais. Na decoração deste elemento destacam-se dois golfinhos policromados, ladeados por duas grandes volutas. Todo este trabalho de gesso faz parte da tradição de um artesanato algarvio com contaminações mais ou menos eruditas que se desenvolveu pelo menos desde o século XVI e de que o exemplo mais conhecido é a Casa das Figuras, classificada como Imóvel de Interesse Público. Junto à nora, no alinhamento do segundo portal, tem origem uma estrutura formada por alguns pilares de seção quadrada, rematados por um octógono formado pelos mesmos pilares, em que os lados diagonais (em relação aos primeiros pilares) formam bancos. Esta estrutura parece corresponder ao suporte de um caramanchão onde outrora se poderia desfrutar da sombra, da frescura e de uma vista panorâmica sobre a Ria Formosa e sobre os campos cultivados. A parte superior da estrutura que serviria de suporte ao caramanchão já não existe embora seja possível observar algumas marcas da sua presença nos pilares.


História
A presença de solos de boa capacidade agrícola, associada à disponibilidade de água, fizeram desta quinta uma importante área de regadio dedicada, sobretudo, à produção de hortícolas e arvenses que ocupavam a maior parte dos seus 4.4 hectares. O conjunto edificado remonta à segunda metade do século XVIII, embora alguns elementos sugerem terem existido construções anteriores, nomeadamente a presença de elementos de cantaria chanfrados habitualmente associados ao século XVI.
A família Bívar Cúmano adquire a quinta na centúria seguinte à da sua construção, ou seja já no século XIX, destinando-a a espaço de recreio dado que a sua residência principal era o Palácio Bívar, localizado no centro da cidade de Faro. A quinta mantém-se na posse desta família até 1974, sendo Ana Mafalda Paiva Simões Bivar Cúmano, residente em Lisboa, sua legítima proprietária. Em 1974 a propriedade é alvo de um complexo processo de expropriação que decorre até 1982 com o objetivo de proceder ao alargamento do traçado da EN 125. Apesar de ter sido uma das mais significativas quintas da Campina de Faro, em fevereiro de 1985 a Junta Autónoma de Estradas (JAE) inicia a demolição do portal monumental e da casa nobre de dois pisos com uma chaminé datada de 1768.
Maria Ramalho/DGPC/2016 com o contributo de Margarida Costa.
Processo
Abrangido em ZEP ou ZP
Outra Classificação
Nº de Imagens13
Nº de Bibliografias2

BIBLIOGRAFIA

TITULO AUTOR(ES) TIPO DATA LOCAL OBS.
Faro. Edificações NotáveisLAMEIRA, FranciscoEdição1995Faro
"As quintas da Campina de Faro. Elementos para a sua caracterização", Revista Estudos / Património, nº9, pp.109-121COSTA, MargaridaEdição2006Lisboa

IMAGENS

Quinta da família Bívar Cúmano - Portal secundário de entrada, 2006.

Quinta da família Bívar Cúmano - frontão do portal secundário. C.M.Faro, 2006.

Quinta da família Bívar Cúmano - tanque. C.M.Faro, 2006.

Quinta da família Bívar Cúmano - vista da antiga pergula. C.M.Faro, 2006.

Quinta da família Bívar Cúmano - pormenor decorativo do tanque. C.M.Faro, 2006.

Quinta da família Bívar Cúmano - pormenor decorativo do tanque. C.M.Faro, 2006.

Quinta da família Bívar Cúmano - pormenor decorativo do tanque. C.M.Faro, 2006.

Quinta da família Bívar Cúmano - pomenor do frontão do portal secundário. C.M.Faro, 2014.

Quinta da família Bívar Cúmano - portal secundário. C.M.Faro, 2014.

Quinta da família Bívar Cúmano - portal secundário. C.M.Faro, 2014.

Quinta da família Bívar Cúmano - vista da pergula. C.M.Faro, 2014.

Quinta da família Bívar Cúmano - tanque. C.M.Faro, 2014.

Quinta da família Bívar Cúmano - tardoz do portal secundário. C.M.Faro, 2006.

MAPA

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